quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Maturidade e a lei do casamento dinástico

A diferença entre mim e Sua Alteza é a de que ela ostenta a coroa e tem um dever cívico e moral a zelar sua imagem e seu futuro. O que isso significa? Que devo satisfações e poucos contatos íntimos, palavras trocadas descontraidamente e total atenção, auxílio e apoio para qualquer decisão que ela tome e necessite, sem maiores reclamações e apontamentos.

O que significa? Que desde a retomada, ela mal fala comigo a não ser algo superficial e praticamente sem sentimento. Ainda não peguei ela pra conversar, com sentimento, com dúvidas quanto a nós ou com afeições. E nem é de meu direito, de meus deveres e competências falar disso com ela.

Somos distante pela vida, destino e distância que nos impuseram. Não nos encontramos, nos vemos ou nos beijamos. Estamos longe.

Eu de suporte, enquanto me dás migalhas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Atualização 20/01/16 ou Como Destruir Sua Imagem Completamente Para Um Inocente

Uma semana desde que voltei de Minas, seis dias na verdade.
A semana passada toda foi um porre, eu fiquei entediado, e, bom, apesar do papo sempre ser bom, ela não é uma pessoa que distrai e alegra muito, sabe. O comando das conversas, depois da retomada, é sempre meu. Se não o fizer, não há conversa, não há interesse, não há partilhamento ou planos futuros mais. Não há nada da parte dela. Ela não quer me ver, ela não me quer, e tudo isso por uma falha, ou algumas.

Acontece que, desde meus últimos dois textos, o primeiro desacreditado por aquilo estar acontecendo comigo e eu ficar me gabando da situação e o segundo já preocupado por ela ter virado o jogo e ter me deixado pra baixo, como quem manda na situação e eu, de cabeça preocupado, mas respondendo positivamente e acatando cada palavra dela, as coisas mudaram e muito, sinceramente.

O frio chegou em Minas, e como você, avido leitor deste blog e de meus relatos e memórias bem sabe, o frio significa majoritariamente o tédio, o mal, o depressivo, o triste, o negativo, o cinza, as trevas, o maligno, o corrupto e o indigno. O frio, é a desesperança que toma conta de mim e leva todo meu espirito e estado de meu ser. É o não-eu que toma conta.

Partindo desse princípio, logo esclareço que, não, não houve briga, eu simplesmente me apaguei e de um cara "KKKK XAN VC É DEMAIS" pra um cara é "xan, só toma bronca em.", com ponto final e tudo. É, é triste, mas fui de um cara extremamente legal, um partido alto, pra um coitado. Um sofredor, um zé ninguém, um zero à esquerda.

A escalada recessiva partiu das festas. Ela foi vendo como eu era, a família, onde eu morava, meu comportamento e minhas ideias sob todos os aspectos e situações, ela ia atrás, e, bom, a gente combina sim. Muito. Até no jeito de se expressar, nos parentes, nas origens de nossas famílias, nos nossos comportamentos quando está tarde no bairro, as músicas que ouvimos... Tudo a gente combina, até em nome de bicho, gosto por animais e respeito aos mais velhos. Tudo. Ela sou eu com 17 aninhos recém-formados, claro, de saias e calcinha. Acontece que, sim, eu consegui estragar tudo nesses poucos dias de tristeza, chuva e céu nublado. E frio. Estraguei sendo um mala. Um reclamão. Já tinha caído na cachoeira e perdido a ponta da unha, choraminguei por três dias incessantemente sobre como nada estava dando certo e como 2016 começou uma bosta. Ela, claro, sempre cativante e radiante me ouvindo e respondendo beeeeem depois. Tudo acabou na quinta. Eu ia pra missa do Padre Marcelo, finalmente, depois de anos, eis que dá tudo errado, eu faço piadinhas e ela leva a mal, ela que levou... Eu tava indo bem, ganhando intimidade em Minas e estraguei absolutamente tudo, enfim. Ficamos de quinta até domingo sem nos conversar, claro que a minha primeira bebedeira.
Aguentamos domingo, segunda. Hoje, terça, ela já não havia mais falado comigo até eu mandar mensagem já colocando alguns padrões pra ela. Eu nunca procurei prejudicá-la, sempre mostrei boa vontade em falar e ajudar ela tanto na carreira quanto nos estudos, hoje ela não procura mais me ver, reparei bem nisso quando falei de alguns lugares que gosto de ir e ela "é, um dia eu passo por lá", não como uma dama esperando um cavalheiro para a dança, mas um "vou com minhas amigas, não, não estou disponível para convite", e meu irmão ainda perguntou se eu a quero levar para a praia no fim de semana...

Bom, a questão é, eu já a perdi.
Quantas vezes a chamei pra sair e levei bolo, desculpas horrorosas... Ela se quer ver livre de mim, e eu nada posso fazer. No máximo, ela quer sair de bonde, pra que eu não faça nada. Ela me quer longe.
Não sei se é pelo sentimento que acabou ou a vontade de algo, ou a aventura, ou ela caiu na real que eu sou um bosta. Deve ser a última opção. Como sempre, mais uma garota deve estar com nojo de mim. Asco, e medo. Por isso não gosta da ideia de ficar perto de mim. É isso. Matei a charada.

De um cara legal e demais, passei para um coitado e agora, um tarado nojento e inoportuno. E nunca falei nada além do limite aceitável. Nunca serei interessante a essas meninas, eu nunca serei um cara bom pra se conversar, eu nem sei como fazer isso...

Foi bom enquanto durou, foi bom perceber que ainda bate um coração em meu peito com o qual posso ficar sofrendinho por alguém, que posso sentir angústia, felicidade e ansiedade pra ter qualquer contato com aquela pessoa, e ainda ter a esperança de que mais pra frente pode acontecer algo, a janela se mantém aberta pra ela, como aconteceu com todas, mas duvido que alguém volte pra me ver. Eu vou morrer sozinho, e já aceitei isso.
Aqui bate a porra do coração, que faz chorar, sentir angústia e temer pelo pior, contar os minutos pra receber aquela resposta e agradecer a DEUS pela rápida mensagem de resposta. O meu coração estava quebrado desde a flor oriental, a qual eu cozinhei, ajudei a tirar de uma foça e que rapidamente veio outro, viu que o prato estava servido e quente, e pulou na minha frente. Dessa vez, ela é mais fechada, mais nova e mais recatada, o problema é o nojo que tens por mim mesmo. O asco. Eu não vou conseguir conquistá-la, espero que ela me procure quinta por causa do vestibular ou data parecida. Se vier, que bom, vou parabenizá-la e oferecer meus mais sinceros votos de felicidade e sucesso, ela merece, visto que ela sou o eu que deu certo, um eu que decidiu não namorar, um eu que decidiu não perturbar-se pelo coração e lacrou-o numa caixa vazia e fria. Ela merece o sucesso, gosto muito do papo, do sorriso, da vergonha, do riso dela, ela, como a Renata, não tem o riso e nem a voz mais bonitos, mas eu gosto assim. Ela gostava de mim.. Eu quem estraguei tudo, nunca vou superar isso....

Pelo menos ela me fez voltar a ir pra igreja e rezar todo dia assim que acordo.