terça-feira, 29 de abril de 2014

Carta para Catherine Classen

"Querida Catherine,

estou aqui pensando em tudo pelo que quero me desculpar. Toda a dor que causamos um ao outro.
Tudo que coloquei em cima de você. Tudo que eu precisava que você... Fosse, ou dissesse. Sinto muito por isso.

Vou te amar para sempre, porque crescemos juntos. E você me ajudou a ser quem eu sou. Eu só queria que você soubesse... que sempre terá uma parte de você em mim. E sou grato por isso. Seja lá quem você se tornou, onde quer que esteja no mundo, estou te mandando amor.

Eu apaguei o final.

Com amor, Theodore."

Her - Spike Jonze. 2013 - Estados Unidos.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Eu sou uma criatura feita de amor. eu devo amar.

3:56 — eu ainda não consegui dormir apesar de estarde olhos fechados há bastante tempo nessa porra dessa cama.
nada me fa descansar, relaxar. a música toca alto demais nos meus ouvidos. os pensamentos falam, sussuram, berram e sangram na munha cabeça. meus olhos já doem de tanta lágrima. é incrível como tudo parece renovado. mas ao mesmo tempo, parece que nada passou. nenhum tempinho. nada. pra mim, obvio. nao sei dizer pelos outros. por alguém. eu sinceramente acho estrondoso e fico encabulado por pensar que eu, sou o tipo de cara que ninguém quer.
me aceito. me reprimo, me privo de MUITAS coisas, que, não sei exatamente o que possam ser, mas as evito de chegarem perto. voce, incrivelmente, é o maior imprevisto que aconteceu na minha vida. na minha década de 2010's, na minha noite de abril. nada combinado. e eu evitei-te por muito tempo.
eu não quero sofrer. eu quero amar. eu sou uma criatura feita de amor. eu devo amar, independentemente de ser amado. e eu não digo eu te amo há tanto tempo. eu não amo à tanto tempo. nem me lembro mais. nem sei se sou mais, capaz de amar.
eu sou vazio. estar? nao. eu sou. sou vazio. completamente inútil. uma casca. um lixo abominavel. uma incessante forma esculpida com o catarro do pau do meu pai. é isso. eu sou um espermatozoide que cresceu. não evoluiu. não esqueceu do útero.
eu sou o alexandre. que cresceu. não evoluiu. nao esqueceu da renata.





ps:depois de pensar e pesar muito, eu não esqueci da renata. assim, melhor explicando, eu não me esqueço da pessoa. mas todos os sentimentos carregados nas lembrancas, bom, isso já se foi há muito. se devo ou não devo criar lembranças carregadas de sentimentos mais uma vez? se devo pensar em novas lembranças? eu, sinceramente, eu nao sei. eu sou abominavel.
eu estou. congelado.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

semana 20-26/04

eu nao sei o que se passa mais.

mais uma semana sem twitter, mais uma semana sem ninguem lembrar de mim. mais uma semana de frio. solidão. sentimentos abaixo da média na escala de Estar Bem Consigo.

não consigo dormir cedo desde sexta, sei lá. desde quase uma semana. to fudido. a prova de algoritmo é fudida e eu nem sei de nada. um semestre inteiro a lejos.

eu quero parar de "estudar". Nao quero fazer nada. sintomas da depressão. ou de algo a mais que eu deva ter.

eu sou um lixo e sei exatamente disso quando digo à amanda para  definitivamente nos esquecer. ela que jogou tudo fora? eu? eu não sei responder. sei que, mais uma vez eu bloqueio, me distancio por não saber lidar. mais uma.

por falar em mais uma, voce apareceu. deu as caras. sozinha. pediu para desbloquear. " Sei lá você fez parte da minha vida e tal acho importante nos sermos 'amigos' pelo facebook pelo menos". fez parte da minha vida.

eu to embasbacado como dessa vez isso mexeu comigo. nao isso, voce ter dito isso, mas a sua vinda. como um todo. eu to, abaladissimo. nao sei oq dizer. nao sei como agir. meu deus, eu quero chorar, morrer, pular da ponte, mas me falta espaço, lágrimas. vontade, até pra isso. eu sou um lixo. eu deveria ter parado de fumar há tempos. meses. porra, isso já nao tava superado? por que diabos me fudeu tanto??? eu to incrivelmente fudido. eu não consigo pregar o olho. nao consigo conferir o fb. nao consigo. sei lá. falar. nao consigo. nao sei. Meu estomago doi. sera que eu vou vomitar, toda essa minha vontade de socar a sua cara e enchê-la de beijos e saudades de uma só vez??

segunda-feira, 21 de abril de 2014

preciso de um tempo pra mim

eu tenho taaanto pra escrever.

mas tanto.

mas eu tenho medo de não ser correspondido.

assim como qualquer eu te amo que eu disse nos ultimos 3 meses.

cujos não obtive 'também' algum.

não é da minha natureza

eu sou uma criatura feita de amor.
moldada por amor. que só quer amor.

é da minha natureza amar e ser amado. é da mimha natureza gritar aos oito cantos em que o vento bate, que amo.

não é da minha natureza, não amar.

domingo, 13 de abril de 2014

eu fui o adeus, e foste o nunca mais

14.04

eu lembro muito de nós dois andando pelas ruas à noite depois de algum show que assistimos. as ruas da vila mariana, as ruas do ipiranga. talvez ouvir vanguart me proporcione isso, a banda q a gente viu mais vezes ao vivo. que eu vi mais vezes ao vivo.

eu lembro taaanto de andarmos juntos pelas ruas. das mãos dadas. de parar por nada no meio da rua, na calçada, só pra nos beijarmos. eu lembro da nossa completa e rica comunicação através do apertar as mãos um do outro enquanto estávamos de mãos dadas.

eu lembro de cada vezinha em que voce acordava chorando à noite. eu lembro de cada vez que lhe acudi. mal lembro das vezes que eu acordava na sua casa sem saber o que fazer e chorava. e muito. e implorava. por amor. mais. mais. mas sei que foram taaantas, tantas vezes.

lembro de te xingar, te empurrar, de cada tapa que você me deu. de cada vez que me chamou de monstro. que me xingou. que me sangrou. ainda sinto esse gosto amargo as vezes enquanto ando pela cultura da paulista ou qualquer outro lugar que fosse "nosso"

lembro de cada padaria, esquina, lugarzinho de diadema. a nossa cidade. queria tanto montar uma casinha pra gente aí. sermos felizes até o fim. até tudo evaporar. até virarmos pó; cremados e finalmente subirmos aos ares pelas mãos de nossos filhos. filhas.

eu lembro de cada vez que quis te abandonar. lembro de me arrepender profundamente alguns minutos depois. lembro de toda vez que voce sentia sono. como parecíamos e agiamos como criancinhas que se cuidavam, e transavam.

nao me lembro das nossas transas. nao me lembro de nossos beijos. nao me lembro de seu riso. nao me lembro de seu sorriso. eu não me lembro dos seus pais.

eu sinto cada vez que me amou. sinto cada vez que me rejeitou. sinto ainda você me vestir às cinco da manhã para passearmos. Sinto perfeitamente o meu querer viver bêbado enquanto você me punha um cinto de castidade. incrível. sinto cada tapa. cada xingo. cada. cada vez que discutíamos quão estávamos longe da realidade da minha casa. da minha família. como eu errei, meu deus.

não sei muito bem onde ir ainda. quantos dias não nos vemos? como foi mesmo o nosso término? estou perdido. não sei onde ir. se eu voltar até onde sabia ir, voce me ajuda a seguir?

tem fotos suas aqui. nossas fotos. De nós. tento entender o q é o amor. o porquê de tudo. de cada coisa que senti.

porra, eu não me lembro do amor.
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são palavras atuais sobre sentimentos e fatos passados.
esse é o máximo que consigo. não enxergo mais a tela por causa das lágrimas.
feliz aniversário.

logo eu, que recuso veemenentemente o suicídio e qualquer forma de morte rápida

a ideia de estar morto, ser outro é a mais comum que eu, alguém possa percerber. Eu nao sou mais o xan.

nao sou mais o lazaro.

o lazaro é apaixonado. apaixonante.

nao consigo nem ao menos conseguir um amor. Ou conseguir segurar um. eu estou perdendo até mesmo a iara. de bandeja.


eu nao consigo mais porra nenhuma.

nao consigo nem chorar mais.

acabou.
eu acabei.
eu me acabei.
me acabaram

toda segunda a mesma palhaçada

é um tanto quanto comum vir à minha cabeça a ideia de que eu vivi tudo que tinha pra viver na minha vida.

como já disse inúmeras vezes, pra incontáveis pessoas, eu já, sim, amei e muito. já cresci, dormi, acordei, trabalhei, amei, ganhei, perdi, vivi, e agora posso estar dentre duas possibilidades.

ou eu sou um velho caquético, à espera da aposentadoria, ou à espera da morte.

ou (assim como todas as discussões sobre twitter, que sempre chegam ao mesmo ponto) eu já estou morto há muito tempo.

domingo, 6 de abril de 2014

conseguir ser feliz de novo.

me disseram que eu ficaria bem. que eu superaria rapido. que logo estaria em outra. que eu seria feliz sozinho. que eu seria capaz de comer muuuuitas menininhas aí. que eu nunca mais seria quente, só seria frio com qqr um. que eu conseguiria. tudo isso.

eu nao consigo.

eu to congelado há muito tempo.

to ancorado aqui no fundo. nao vou conseguir sair do fundo do mar.

é escuro e frio demais pra eu me mexer.

nao vou

eu me lembro da felicidade. me lembro de ser feliz. me lembro de amar. de ser amado. me lembro de como isso é bom. de como tudo isso é lindo.

me lembro como é distante.