sexta-feira, 16 de setembro de 2016

mais uma vez, a merda

Existe um problema muito sério acontecendo comigo, com a minha pessoa, com o meu interior. Eu bebo, e sempre bebi, para afogar as dores dos dias e esquecer do que me corrói. Nunca neguei que tinha problema com os cigarros que já fumei, com o que já usei e com o que bebo, mas hoje, após os 18 anos, posso fazer isso livremente, nas ruas, nas festas, em família... E eis a grande questão dos últimos eventos.
Eu não saio de casa como saia, não gasto como gastava e não bebo como bebia. Não tenho tantos contatos próximos como tinha e também sou tão irresponsável e porra-louca quanto antes. No entanto, hoje, estou me mostrando para minha família. Claro que em grau muito menor do que já fui um dia. Sou hoje, dois terços do que já fui, tenho um oitavo da irresponsabilidade que um dia já tive. Hoje, sequer afronto meus superiores, dentro de casa, nas ruas, na faculdade ou onde quer que seja.

Eu sei que sou um fracasso, sei que sou frustrado por isso e por diversas outras questões, e é mais que claro que desconto isso nas coisas mais banais, seja na introspecção, seja no desinteresse pelas coisas e seja, na maldita da bebida.

Meu pai fica louco com a bebida. Meu pai acha que sou um alcoólatra. Meu pai acha que já estou perdido, que nunca dispenso aquilo e que, desde novo, estou fadado ao fracasso por conta da mesma.


Ele está certo. Claro que não no grau que acha, mas está sim.

Eu dirigi bêbado com a minha mãe dentro do carro, eu bebi e muito na minha vida. Eu gasto com bebida, eu faço as pessoas gastarem e  odeio aceitar que todas essas coisas aconteceram, coisas do mundo adulto e que eu fiz com a mesma cabeça que tinha com meus 15 anos. É um caralho. É uma merda. Mas eu faço isso conscientemente, e eu não caio fácil. Pai, por favor, entenda que as coisas não são fáceis e em modo cascata. O que eu faço hoje não desencadeia no completo foço do amanhã.

Eu me odeio e odeio a vida que levo, isso é mais que óbvio. Mas eu sei viver a minha vida e sei segurar a minha angústia, mesmo em público.
Eu não me abro contigo ou com ninguém em família, acredite, nunca fiquei bêbado, ruim como fico, perto de ti.

Se acalme, eu nunca fiquei mal contigo. E olha que eu só saio com você.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A revelação através do gelo

O que eu estou prestes a escrever jamais disse em voz alta. O que estou a escrever, penso em fazê-lo há semanas, pois já percebo este traço de meu destino há um bom tempo. Eu, simplesmente, estou congelado. E não há pouco tempo.

Estou em meus 19 anos, para um cenário mais completo de como está minha cabeça, minha vida, minha vida amorosa, sexual, profissional, acadêmica, meus gostos, meu lado íntimo, meu lado relacional, irei esparecer e explanar tudo o que está aqui dentro, coisa que não faço há muito e que só mesmo em uma madrugada gelada após uma bebedeira este texto poderia ser escrito.

Desde que morri, eu aprendi muito e tenho percebido muito isso com as pessoas. Por justamente ter acontecido de maneira repentina, coisa que fazia parte de uma verdade absoluta para mim na época, aprendi a ler melhor os sinais e, com isso, minha primeira sequela que o amor e principalmente o feminino me trouxe, foi, bom, observar. Foi parar, olhar, perceber e, se interessar a alguém, contar, o que realmente é difícil, visto que ninguém gosta de acompanhar meu raciocínio ou me ouvir, foi-se o tempo em que isso era bom e acontecia. Com você, aprendi a observar, gostar mais da vida, das coisas fofas, bonitas, importantes e do pequeno.

Com a Alice, mesmo que nunca tenhamos nos encontrado intimamente ou que tenha se consumado algo, o que é uma das poucas coisas das quais consegui transformar a realidade em uma vontade minha, aprendi a curtir, gostar, arregaçar, coisa que faço até hoje. Eu, em uma festa, em qualquer situação, me transformo quando bebo, quando fumo, eu extravaso, e devo isso a justamente você, Alicinha, neguinha querida. Você criou uma parte de mim que sequer existia antes, e que, agora, é fundamental para minha existência. Te agradeço muito e me sinto enormemente honrado com tudo o que você fez por mim, pra mim, e comigo.

Depois, veio Iara, a tal da sereia do início de 2014. Com ela, aprendi a ir devagar, a ir testando, sentindo aos poucos o clima, a não exagerar e, bom, a confiar. Dessa vez foi diferente, Iara é a exceção. Ela era mais nova, vinha para cima com muita vontade, vinha com o ardor da juventude e eu pude perceber que, se aquilo não parasse, tudo se tornaria muito serio para mim, descompromissado, magoado, machucado e morto, e para ela, uma jovem estudante que acreditava no mundo dos livros, no mundo cor de rosa e na inocência das pequenas coisas, e por isso, falo da metáfora dela com os seus amados filhotes. Talvez pelo texto seja difícil entender o que tenha acontecido, o que realmente signifique essa metáfora, mas é que eu entendo. Ela tinha a brutalidade no ardor e a doçura nos afagos. É, deu pra resumir. É isso. Iara me ensinou a andar ao lado, perceber os lugares do bairro, a apreciar um jardim, a dar nome aos animais, a contar estórias e gostar das vozes que me cercam.

Muito tempo depois, já em 2015, veio ela, a chinesinha. A doce flor do oriente também tinha o seu nome, ela era muito legal, sabe, tão meiga quanto a Iara, tão legal e leal quanto a Alice, mas estava ali, presa num corpo pequeno, presa numa face espremida, presa em si. Xu, seu nome, era muito mais do que poderia me acontecer. Ela é o que nunca aconteceu, o que eu nunca fui, mas que me impulsionaram. Xu foi o meu imaginário. Com ela aprendi o sabor dos chás, o valor de uma boa conversa e o valor de transmitir uma mensagem, uma estória, seja através de uma obra audiovisual, seja a partir de um conto ou uma novela, seja brasileira, coreana ou chinesa. Ela tinha seu pai em sua terra natal, coisa que também a prendia em sua família tão sumida. Ela mal via seus familiares, mal sentia a presença distante deles, claro, eles nem estavam lá, eles sequer faziam parte de seu mundo. Xu era a prisioneira. Ela já era adulta, ela já era uma mulher, ela já era do mundo, já o conhecia e o desbravava tinha muito tempo, mas estava ali, presa em sua voz fina, em sua melancolia disfarçada, em seus relacionamentos fracos, falsos e que nunca combinavam em seus gostos, mas que ela adorava insistir. Xu extravasou muito em sua vida, tudo de forma velada, nada que violasse sua frágil casca, nada que violasse quem ela era. Xu era prisioneira de si. Não conseguia violar seu ser, não conseguia quebrar sua prisão. Ela me ensinou sobre os paradoxos da vida, ela me ensinou o que era um abraço apertado e tudo o que pode ser passado através dele.

No segundo semestre, houve a praia. Ah... A praia. Novembro, feriado de Finados para ser mais exato, eu a conheci, a princesa. Eu estava em minha fase mais politizada depois de minha morte. Nada disso pareceu transparecer naquele ambiente, eu bebi muito, podia mais, mas preferi me segurar para que ninguém passasse fome, vontade ou necessidade.

Lá, conheci Mariana, que não tinha o mesmo nome que o seu, dessa vez, eram os sobrenomes que batiam. Em nada ela parecia contigo. Era popular e extremamente extrovertida, mas como toda faceta popular, seu interior era de um imenso e grande vazio. Talvez tenha sido minha primeira paixonite real depois da minha morte, os motivos pelos quais cai nessa armadilha, talvez tenha sido meu orgulho ferido, ou porque todos estavam vendo e ansiando por aquilo, quem sabe. Sei que me envolvi, que fui burro e capturei migalhas enquanto ofereci grande parte do meu ser. O que Mariana me ensinou? Que eu nunca devo contar com o que não aconteceu. Que eu não devo ter medo do popular, do comum, do vazio e do pobre existencial, mas sim, desbrava-lo e fazer dele, meu alicerce no mundo real. Mariana me ensinou que o mundo real é esquisito e fraquíssimo em sinais, contradizendo o que aprendi contigo, contradizendo todas as minhas leituras de sinais, mas logo entendi que só entrava em contradição mesmo no mundo comum, no plano comum, da vida real, daí, me tranquilizei.

Depois do fracasso, de quatro horas de espera e migalha, mais uma vez, pude ver que aquilo não era para mim, iria me entregar ao celibato e fiel caridade. Eu decidi por isso. Fui à igreja do bairro e contei ao padre que estava realizando meu voto de celibato, para se entender o grau da coisa, esse voto foi feito em semana santa, com o Cristo coberto no altar da paróquia. Eis que, no domingo de páscoa, surge o convite, o convite para conhecer ela, Larissa.

Isso aconteceu no último Março, início do Outono. Larissa foi a última até agora. Com ela aprendi a aproveitar o pouco tempo, aprendi que apesar das relações serem muito intensas, de elas quererem, de elas serem beneficiárias de nós, elas estão no controle das relações. Larissa foi um sonho onírico, quase lúdico, mas que em dois anos não acontecia. Não sei dizer se existiu, mas aconteceu. Larissa foi uma coisa além, uma coisa ao qual eu também não tinha como lidar, era um leão a ser domado. Era o meu leão, meu lado mais feminino e que, ainda sim, fazia parte de mim. Larissa se fez mulher, estudante, entendida, interessada e parte ativa de uma tragédia grega, sua convivência no ambiente familiar. Ela era uma fera num ambiente ainda mais hostil. Larissa não entendia seus prazeres, seus gostos em meio àquilo. Larissa não entendia seu propósito ali e simplesmente fugia para os estudos, para a erudição que, com o tempo, virá e a consumirá, ou pelo menos é o que eu espero para Larissa. Larissa durou um dia, durou uma semana. Nunca mostrei meu lado interior a ela, nunca procurei mostrar meu lado morto a ela, apesar de ser o predominante e o real e, apesar de esconder tudo, ela se foi. Com ela aprendi que dosar as palavras é fundamental, com ela aprendi que olhar para si era primordial.

O que venho a concluir com todas essas revelações, nomes, comportamentos, pensamentos, acontecimentos e sonhos? Caro leitor, venho dizer que estou congelado. Tudo o que aconteceu desde que estou morto, todos os abandonos, términos, mau hábitos e rompimentos aconteceram por minha culpa, por causa de mim. Eu sou o suicida, e sabe o porquê disso acontecer? Porque como gelo, como congelado, minha função é derreter a mim mesmo, me desfazendo no espaço aos poucos.

Esse texto gigantesco serve para tirar de mim confissões que de maneira alguma faria em voz alta. Em grau alcoólico algum eu diria que minha opção pelo ideal monarquista vem de uma fraqueza em meu ser, onde eles sempre são os detentores dos feitos e da verdadeira consciência sobre o que se deve fazer, e realmente o são, e eu, estou há 3 anos parado.

Em Agosto, aniversariarei meu funeral. Nunca houve uma cerimônia, pois nunca deixei meu caixão. Desde então, passei na faculdade, uma faculdade boa que se provou um desgaste emocional, físico e psicológico e simplesmente vou às aulas, entrego trabalhos e pronto. Não movo uma pena além disso. Não reingressei no mercado de trabalho por ser preguiçoso, vagabundo e filho da puta. Não sinto vontade de fazer o que eu estudo. Sinto vontade do dinheiro, da rotina de benefícios, do dinheiro na conta, mas o trabalho... Bom, espera... Melhor dizendo, sinto vontade sim da convivência, de frequentar mais um ambiente, sinto vontade de mais gente ao meu redor, mas não consigo. Pronto, se era uma confissão, é para ser feita direito.

Desde que eu quebrei, não saio à noite. Saí 3 vezes, duas em família e uma com amigos, todas não aconteceram absolutamente nada, porque eu não fiz acontecer. Eu não vou pra cima, eu morro de medo, eu travo, eu não sei conversar, eu não sei conhecer ninguém, eu não sei ser otimista, pensar positivo e realizar bons feitos. Eu sou um bosta. Eu estou congelado. Eu ouço as mesmas músicas que ouvia há três anos, eu assisto aos mesmos filmes, os mesmos programas, conto as mesmas histórias, conto com as mesmas pessoas, meu círculo de amigos confiáveis não cresceu e não fiz amigos em bares à noite, muito menos sei como agir como uma pessoa normal no mundo real. De um lado, culpo a internet por me quebrar, por me fazer agir como um esquisito sendo que tinha um futuro tão promissor pela frente, sendo que tinha uma porra de um futuro brilhante e só fico preso a isso. Do outro lado, culpo a ti. Você me matou. Você acabou com o que eu tinha de vida e usurpou com minha casca, meus conhecimentos, meus interesses. Secou minhas lágrimas. Ninguém me fez tão mal quanto você me fez. Fico dias olhando para a porra da parede, sei minha casa de cor, sei os utensílios domésticos daqui de cor e faço desse abrigo, meu refúgio e minha prisão. Eu preciso sair dessa bosta desse caixão, sair dessa porra de iceberg, sair da dependência das pessoas, sair da costa de quem me apoio e fazer uma vida, uma realidade, a realidade da minha vida.

Caralho, eu já perdi três anos na minha vida. O que mais você vai tirar de mim? O que mais eu vou perder na minha vida? Porra. Preciso dominar tudo isso. Preciso viver, caralho. E parar de chorar.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

enquanto o congelamento

depois do ultimo post, sequer consegui escrever outras vezes. fico dias olhando para as paredes, fotos antigas minhas e de meus familiares e, bom, olhando para aquelas fotos horrendas.

junto com tudo o que eu havia guardado daquele backup, procurei pesquisar mais nos áudios e videos. estou no primeiro dia de pesquisa, ainda nos vídeos e descobri que, bom, existe um outro pai.

tudo em casa é muito velado. nunca usamos palavras fortes, apesar de tudo o que se passa dentro de cada um de nós. os extremos sao nossos inimigos, sempre foram. odiar e amar são palavras restritas, ninguém diz por aqui, e quando diz, sabemos que é vazio, tao sem significado quanto chamar alguém pelo nome para perguntar onde está aquela meia. em meio a estes vídeos,inúmeros em que ele somente cita e explica, entre erros e acertos, seus feitos em sua empresa, para mostrar aos superiores e tudo o mais. mas ali também haviam vídeos de 1)declarações de aniversário ao meu irmão mais velho 2)reflexoes, orações e agradecimentos a deus por tudo o que havia acontecido até entao e por tudo que ele tem 3)videos da escola da... bom... garota da outra família na festa junina da escola.
Descobri o nome do colégio da garota, que ele visita essa família e frequenta este tipo de confraternização. sentimento com que vejo isso? não sei descrever. discriçao, acima de tudo. congelado. fico parado, assistindo. nao me vem lágrimas aos olhos e nem consigo fechar os punhos com raiva, apenas olho. ele grita, torce pela garota no fim do vídeo, grita seu nome.

percebem as dualidades do caso?
ele agradece pela família que temos, o que somos, mas está lá. isso me apavora. nao vou contar nunca o que aconteceu, o que eu vi, o que eu tenho aqui comigo, estes arquivos estão ao alcance de quem quiser encontrar, muito facil, mas estão comigo e muitíssimo bem guardados.

não posso destruir tudo. nao posso peitar ele. não posso simplesmente jogar tudo na mesa. somos mais que isso, o alicerce está tao bem montado que se desmoronar, acaba com todos nós aqui embaixo. tá foda ficar com isso na cabeça. tá foda guardar isso comigo, pro resto da vida.

sábado, 28 de maio de 2016

o terceiro de quatro

sou criado no seio de uma família unida, grande e que tenta sempre ser harmoniosa. somos quietos, baixos, miúdos por natureza, engolimos sapos, nos negligenciamos pelo bem de do outro, agindo, mesmo que veladamente, em prol da primeira instituição feita pelo homem.

Eis que nos encontramos com peça chave nesse texto. O homem. A família. E o homem no ambiente familiar.

Tive em minha vida a experiência dos pais casados, que moram na mesma casa, que pouco se beijam ou se abraçam, mas que sempre procuram cuidar de seus rebentos da melhor maneira possível, claro, cada um de um jeito. A mãe, sempre peça mestre no amor e sentimentalismo e o pai, sempre peça fundamental no desenvolvimento crítico, analítico e racional, mesmo não sendo o maior exemplo de maestria nestes campos. Gosto de pensar que são dois lados diferentes de uma moeda, visto que o casamento ainda os une, mas são completamente diferentes em suas ações. É claro como a água mais cristalina da face da terra que temos dois lados diferentes, duas peças que se repelem unidas pelo Estado e pela religião, como milhões de pessoas nesse país e bilhões no mundo.

Há alguns anos eu cresci só em minha própria casa. Este era meu templo, este era meu recanto, refúgio e morada. Esta ainda é uma parte fundamental de mim. Estas paredes, as camas, os quartos, as mesas, contanto que agora, já não choro tanto, não sonho e nem fodo tanto. Nada acontece mais, desde, claro, aconteceu minha morte, que completará três anos nos próximos meses. Me formei em minha casa. Estudei, trabalhei, amei em minha casa. Repito, ela é uma parte fundamental de mim.

Eu ainda tento, com todas as minhas forças, sair daqui, trabalhar muito, tentar dar uma guinada em minha vida e agir independentemente, mudar completamente, largar essa casca grossa que me criei, que aconteceram as coisas. Nos últimos meses parei de questionar as coisas em voz alta e simplesmente as aceitei e tentei entender as razões delas serem do jeito que são. Por isso o gancho sobre o seio familiar, sobre minha criação aqui, nessa casa, lugar que sempre escrevo aqui.

Faz parte da minha criação e de minha formação ficar parado no mesmo lugar, quieto, com olhos baixos e pensar, questionar, argumentar, agir com tudo em minha cabeça, comigo mesmo. Observar o mundo, ver como é e tentar entendê-lo como é.

Olha. Leitor. Sinceramente, peço desculpas por todo este rodeio. Eu não me aguentei de medo do futuro. Não me aguentei de terror, tremor nas pernas e me acabo de chorar depois de meses intacto nesse sentido. Não consigo mais organizar minhas ideias e pensar direito, eu tô tentando, eu juro que tô. É. Leitor. Achei algumas fotos tiradas por meu pai em seu celular, a filha de um antigo -suposto- caso dele. Não. Não é só isso. Nunca é. Tem um garoto junto a garota na foto. O caso é branco. O garoto é da minha cor. E ele se parece pra caralho com meu pai.

Não sou mais o último filho de meu pai.

Não sou mais portador da sinceridade e harmonia desta casa. Agora sou um guardião de um segredo que pode destruir essa casa. Eu não sei o que com isso. Não sei se espalho pra alguém. Meu Deus. O que eu fui fazer. Deus, por favor, me perdoe. Meus erros já eram suficientemente imperdoáveis para arcar com minha própria paz interior, agora essa.

Não quero explicações. Quero sumir. Gritar. Porra. Qualquer coisa.

UPDATE: Achei um vídeo. Em que meu pai agradece a todas as coisas e fala justamente do assunto do início deste post, coincidentemente, harmonia, amor, respeito a tudo e a todos ao nosso redor. Ele, num monólogo de três minutos, agradecendo, estando feliz e pedindo para quem assistisse, para respeitar a todos, olhar ao redor, pensarmos melhor no que estamos fazendo e o que podemos fazer para melhorar o mundo. Esse vídeo foi feito logo após ele me deixar na casa de praia de um colega da faculdade, onde eu bebi e tive inúmeras estórias para contar por semanas. Eu ainda choro desde que vi esse vídeo, há meia hora. Acontece que, o vídeo foi feito às 8 horas da manhã. As fotos dessas duas crianças foram tiradas às 15 horas da tarde. Num parque, num SESC na verdade, com todos sorrindo, em um parquinho, mas nenhum adulto ali. Eles estavam atrás da camera. Que porra. Que porra. Que porra...

quarta-feira, 13 de abril de 2016

a rapidez em que o bagulho some

Eu odeio como as coisas vão embora em questão de segundos, minutos, horas, dias e semanas. Tudo se esvai nas palavras ditas, nas atitudes feitas e nas ausências de bons resultados para com nossas expectativas.
Ficamos e você preferiu por passar duas semanas sem me ver. Ficamos nos estranhando depois de termos começado algo, ficamos estranhando nossa conversa que pouco fluia e você começou a não corresponder com minhas mensagens de carinho e ternura.
Estou quase no fim da segunda semana sem ti, são tempos difíceis, eu te desejo e aguardo por você respeitosa e ansiosamente na esperança de um novo convite rumo ao amor, ao desejo e seus beijos.
Nesse meio tempo, coisas esquisitas foram acontecendo, desde sonhos até pesadelos, um pouco de tudo. Hoje por exemplo, odeio ter de contar essas coisas, mas sonhei com a gaveta de um amigo, a vesguinha.
Estava eu em casa, eis que chegam mensagens da moça que vê o horizonte de um jeito não convencional me avisando que estava chegando. Um pouco depois, já no quarto aqui de casa, ouço o home theater nas alturas no andar de baixo e estamos eu, um tio meu, sua namorada e a vesga. É... Estamos fazendo joguinhos, meu tio e sua namorada vão nos dando tarefas, eu e a vesguinha vamos soltando faísca, ela muito afim, eu não dizendo nada, sabia de quem ela era a pretendida. Eis que uma das tarefas é encontrar um padrão de desenhos e completá-los corretamente, precisaríamos de um lugar plano e de canetas. Nesse momento, o som de pessoas falando fica muito alto, a namorada do meu tio acaba ficando com muita raiva, inclusive de nós, eu sorrio e fico falando encostado no ouvido da vesguinha, dando ideia, falando coisas que faria com ela assim que isso tudo acabasse, ela ria e eu babava seu cabelo, uma maravilha. Bom, sem lugar plano e com canetas só em outro cômodo, fomos para a cama do quarto da minha mãe, lá ela sentou, olhou os desenhos "mas isso daqui não é nem um pouco parecido com o que eu quero fazer", disse com sorriso de lado. Eu peguei em sua nuca, de pé, e ela jogou a cabeça pra cima fazendo biquinho com a boca. Eu não queria aquilo. Encostei no canto da boca dela e abri a minha, meti a língua. Beijo bom, do jeito que eu não sinto há anos, achei que iríamos começar aquilo que estava na nossa altura, digo, ela na altura da minha cintura, mas preferi acordar os olhos, não faria aquilo com amigo algum nem em sonho.
Além disso, coisas estranhas aconteceram. A liberdade do ser de uma amicissima minha foi alvejada pela brutalidade humana. Um pássaro que cai.
Ah, claro. E eu esperando alguém, você, mas isso não é novidade. Eu esperando pra que tudo dê certo. Der. Nada de diferente.

sexta-feira, 8 de abril de 2016

era pra

Algumas coisas aconteceram na ultima semana, claro. Não só no Brasil, não só na política, na geopolítica global ou nas ruas. Mas aqui dentro.

Rolou, há uma semana, aconteceram os beijos, a mão dada, os olhares, algumas confidencias, a conversa fluida e gostosa, de riso frouxo e em nível de igualdade. Maravilha. Estasiado. Ansiedade e vontade de seguir. Vontade de mais.

Eis que, bom, domingo(3) você me dá um balde de água fria dizendo que não daria para nos vermos na semana. Fiquei espantado com tamanha diligência, jogando pra escanteio com frieza tanto o que aconteceu quanto meus pedidos para ficarmos outra vez. Um dia depois, bom, começou o apagão. Parou de falar comigo. Simplesmente. Terça, dei bom dia e perguntei como estavam as coisas, ela disse que estavam corridas, me deu bom dia e foi embora, é... Pelo menos pedi para que me chamasse quando as coisas estivessem melhor.

Quinta feira, ontem, ela apareceu. Falou comigo, ficamos ali por um tempo e, bom, chamei-a para almoçar. Ela ofereceu mais. Ela me ofereceu sua casa, sua cama, seu corpo. Ela me ofereceu a porta de entrada, as janelas, as quatro paredes e os lençóis. Eu queria. Fui sedento.

Era pra ser. Era para estarmos namorando. Era para estarmos nos beijando, juras de prazer e amor. Era para estarmos num passo a mais. Mas você não quis me ver, ou simplesmente não deu. Realmente. Okay.

Horas depois, joguei um verde sobre querer ficar contigo. Você?

Era pra querer algo sério.
Mas não quer.
Me quer, mas não como cara sério. Um alguém seu. Me quer aqui, como um, bom, negócio. Brinquedo para as horas que precisarmos. Sei lá, de verdade, não sei como agir. A monogamia me dá a falta de compreensão nisso. Combinamos, somos feitos um para o outro, mas você, bom, não quer assumir. Não quer tentar. A monogamia me faz querer esperar pelos cinco anos da sua faculdade. A paixão te quer agora.

E eu só quero um beijo seu. Que era para eu ter recebido hoje.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Finalmente, o arvorecer

Dia primeiro do mês de Abril, um trágico dia para muitas pessoas, muita piada ruim, muita calhorda, mas um fatídico dia para este cidadão que vos escreve. Primeiro de Abril. O dia em que eu perdi meu lacre e celibato bucal de mais de dois anos para um lado meu feminino. Explico.

Inicialmente, queria pontuar que estou em meio a madrugada realizando os toques finais para entrega de uma das partes do meu trabalho de conclusão de curso, claro que eu fui quem mais realizei e fiz parte deste trabalho, que sem mim, estaria em frangalhos e miúdos, logo, escreverei de maneira breve, pouco poética, apaixonada e frenética, visto que o tempo me sufoca.

Era um domingo de Páscoa. Dia santo. O domingo de Páscoa geralmente é marcado pelo renascimento, pela criação e surgimento de coisas novas, e assim foi. Cinco da tarde, me pipoca no celular uma mensagem, bom, um convite, para conhecer uma garota que "era a minha cara". Bom, eu há anos não tenho nada, vamos lá, pensei eu. E claro que me engajei nisso. A garota, bom, realmente, era igual a mim. A minha cara metade, em tudo. Tudo que fazíamos, tudo que falávamos, assistíamos e vivenciamos fazia parte de uma malha fina de realidade, sonho e experiencias, com as quais eu nunca compartilhei com ela, mas que ela havia feito de maneira muito parecida e muito próxima às minhas próprias experiencias. Sim. Ela é o meu espelho.

Nunca havia entendido os motivos pelos quais a Rainha veio a se relacionar com um espelho e ele se tornar seu confidente no conto da Branca de Neve, aquilo sempre me intrigou. Claro, muitas das antagonistas destas estórias faziam parte de alguma quebra na normalidade da vida das protagonistas, das princesas. Sempre a madrasta no lugar da mãe, a fera no lugar de nobres e assim vai. Contudo, neste conto, a má é a Rainha, a protagonista, e a Princesa, a própria Branca, bom, ela é serva dessa Rainha. Estranho, não? É o que eu sempre penso. Enfim. A rainha apresenta comportamentos que vão além do comum, do mágico e do onírico em um conto de fadas, ela encarna no espelho um amigo, um confidente, uma espécie de sócio e de cúmplice, tudo ao mesmo tempo. Nunca aparecem os porquês do Espelho servir à Rainha Má, só que ele é mágico e satisfaz seus caprichos, sem meias palavras e sem omissões. Ele é um espelho que não reflete, ele vê.

Com essa pequena introdução, volto à minha história de hoje. Ela, sim, é meu eu feminino. Em menos de uma semana eu descobri isso. E logo na segunda semana, que ontem completou, bom, acho que eu já a perdi.

Em uma semana, ela me mandou fotos, nos elogiamos, nos beijamos e nos acariciamos. A acompanhei até em casa e ficamos lá, nos beijando e conversando por alguns minutos. Foram horas de beijos em um encontro de poucas horas. Sim, o saldo foi extremamente positivo, eu saí feliz como nunca, planejando mil coisas e tendo a vitória como certa, de que a guinada da minha vida seria ali, sai espalhando pra todo mundo o que tinha acontecido e contei a todos que eu estava afim e namorando alguém. Bom. Engano meu.

Ela há um dia não fala comigo. Achei estranho e fui olhar o histórico dos últimos dias. Sexta-feira foi o dia dos beijos, próximo, sábado, dia da festa. Ignorei a pobre por quase um dia inteiro com a desculpa de que estava em um sítio com muito pouco sinal. Claro, aquilo era mentira, mas eu não iria ficar me sujeitando a climões ou coisas assim. Estava felicíssimo com o que estava tendo e não queria perder aquilo. E, bom, enchi a cara naquele dia. Garrafas de cerveja e copos e mais copos de caipirinha me fizeram declarar-me, afugentar-me e indagar coisas PARA ELA que eu jamais diria sóbrio. Já disse que tinha em minha cabeça a vitória como ganha, bom, agora, eu tenho a incerteza, a fraqueza e a derrota como aliadas. A madrugada do sábado para o domingo foi realmente horrorosa. Mensagens sem sentido, nenhuma risada, falei muito do que estava acontecendo ali e o que estava pensando. Pensando? Que queria. Acontecendo? Piriguetes. Alienadas, mortas e sofredoras da própria carne e do próprio desejo vazio de se tornar alguém através da carne e do nome das falsas redes sociais e linhas de relacionamentos. Eu comentei essas duas coisas em poucas mensagens. No domingo, ela já estava estranha. Foi o primeiro dia em que eu dei oi, e a bombardeei. Eu não deixei a pobre pensar, agir, queria conversar e simplesmente, acabou que não rolou, um clima horroroso foi posto ali e ela respondia curto, seco, sem muito brilho no olhar.

Fiz cagada. Fui burro. Perdi o certo. Mais uma vez.

Amanhã ou depois eu mesmo irei chamá-la, pedir desculpas e tentar esclarecer a minha situação quando me embriago e estou em festas com desconhecidos por todos os lados. Eu odeio beber, eu amo beber. Eu odeio me magoar e estar magoado, eu sempre magoo e termino magoado. Dessa vez, eu quero consertar para melhorar. Uma semana e eu estraguei tudo. Quero voltar já. Ela é tão legal, tão linda e inteligente, espero que essa seja a coisa certa. Rezei muito no dia primeiro. Pedi para que fosse ela, foi. Agora quem tem de fazer isso se tornar algo grande, bom, sou eu. Do céu ela já caiu no domingo de Páscoa.





Ou será que eu desisto e deixo ela vir?

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Maturidade e a lei do casamento dinástico

A diferença entre mim e Sua Alteza é a de que ela ostenta a coroa e tem um dever cívico e moral a zelar sua imagem e seu futuro. O que isso significa? Que devo satisfações e poucos contatos íntimos, palavras trocadas descontraidamente e total atenção, auxílio e apoio para qualquer decisão que ela tome e necessite, sem maiores reclamações e apontamentos.

O que significa? Que desde a retomada, ela mal fala comigo a não ser algo superficial e praticamente sem sentimento. Ainda não peguei ela pra conversar, com sentimento, com dúvidas quanto a nós ou com afeições. E nem é de meu direito, de meus deveres e competências falar disso com ela.

Somos distante pela vida, destino e distância que nos impuseram. Não nos encontramos, nos vemos ou nos beijamos. Estamos longe.

Eu de suporte, enquanto me dás migalhas.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Atualização 20/01/16 ou Como Destruir Sua Imagem Completamente Para Um Inocente

Uma semana desde que voltei de Minas, seis dias na verdade.
A semana passada toda foi um porre, eu fiquei entediado, e, bom, apesar do papo sempre ser bom, ela não é uma pessoa que distrai e alegra muito, sabe. O comando das conversas, depois da retomada, é sempre meu. Se não o fizer, não há conversa, não há interesse, não há partilhamento ou planos futuros mais. Não há nada da parte dela. Ela não quer me ver, ela não me quer, e tudo isso por uma falha, ou algumas.

Acontece que, desde meus últimos dois textos, o primeiro desacreditado por aquilo estar acontecendo comigo e eu ficar me gabando da situação e o segundo já preocupado por ela ter virado o jogo e ter me deixado pra baixo, como quem manda na situação e eu, de cabeça preocupado, mas respondendo positivamente e acatando cada palavra dela, as coisas mudaram e muito, sinceramente.

O frio chegou em Minas, e como você, avido leitor deste blog e de meus relatos e memórias bem sabe, o frio significa majoritariamente o tédio, o mal, o depressivo, o triste, o negativo, o cinza, as trevas, o maligno, o corrupto e o indigno. O frio, é a desesperança que toma conta de mim e leva todo meu espirito e estado de meu ser. É o não-eu que toma conta.

Partindo desse princípio, logo esclareço que, não, não houve briga, eu simplesmente me apaguei e de um cara "KKKK XAN VC É DEMAIS" pra um cara é "xan, só toma bronca em.", com ponto final e tudo. É, é triste, mas fui de um cara extremamente legal, um partido alto, pra um coitado. Um sofredor, um zé ninguém, um zero à esquerda.

A escalada recessiva partiu das festas. Ela foi vendo como eu era, a família, onde eu morava, meu comportamento e minhas ideias sob todos os aspectos e situações, ela ia atrás, e, bom, a gente combina sim. Muito. Até no jeito de se expressar, nos parentes, nas origens de nossas famílias, nos nossos comportamentos quando está tarde no bairro, as músicas que ouvimos... Tudo a gente combina, até em nome de bicho, gosto por animais e respeito aos mais velhos. Tudo. Ela sou eu com 17 aninhos recém-formados, claro, de saias e calcinha. Acontece que, sim, eu consegui estragar tudo nesses poucos dias de tristeza, chuva e céu nublado. E frio. Estraguei sendo um mala. Um reclamão. Já tinha caído na cachoeira e perdido a ponta da unha, choraminguei por três dias incessantemente sobre como nada estava dando certo e como 2016 começou uma bosta. Ela, claro, sempre cativante e radiante me ouvindo e respondendo beeeeem depois. Tudo acabou na quinta. Eu ia pra missa do Padre Marcelo, finalmente, depois de anos, eis que dá tudo errado, eu faço piadinhas e ela leva a mal, ela que levou... Eu tava indo bem, ganhando intimidade em Minas e estraguei absolutamente tudo, enfim. Ficamos de quinta até domingo sem nos conversar, claro que a minha primeira bebedeira.
Aguentamos domingo, segunda. Hoje, terça, ela já não havia mais falado comigo até eu mandar mensagem já colocando alguns padrões pra ela. Eu nunca procurei prejudicá-la, sempre mostrei boa vontade em falar e ajudar ela tanto na carreira quanto nos estudos, hoje ela não procura mais me ver, reparei bem nisso quando falei de alguns lugares que gosto de ir e ela "é, um dia eu passo por lá", não como uma dama esperando um cavalheiro para a dança, mas um "vou com minhas amigas, não, não estou disponível para convite", e meu irmão ainda perguntou se eu a quero levar para a praia no fim de semana...

Bom, a questão é, eu já a perdi.
Quantas vezes a chamei pra sair e levei bolo, desculpas horrorosas... Ela se quer ver livre de mim, e eu nada posso fazer. No máximo, ela quer sair de bonde, pra que eu não faça nada. Ela me quer longe.
Não sei se é pelo sentimento que acabou ou a vontade de algo, ou a aventura, ou ela caiu na real que eu sou um bosta. Deve ser a última opção. Como sempre, mais uma garota deve estar com nojo de mim. Asco, e medo. Por isso não gosta da ideia de ficar perto de mim. É isso. Matei a charada.

De um cara legal e demais, passei para um coitado e agora, um tarado nojento e inoportuno. E nunca falei nada além do limite aceitável. Nunca serei interessante a essas meninas, eu nunca serei um cara bom pra se conversar, eu nem sei como fazer isso...

Foi bom enquanto durou, foi bom perceber que ainda bate um coração em meu peito com o qual posso ficar sofrendinho por alguém, que posso sentir angústia, felicidade e ansiedade pra ter qualquer contato com aquela pessoa, e ainda ter a esperança de que mais pra frente pode acontecer algo, a janela se mantém aberta pra ela, como aconteceu com todas, mas duvido que alguém volte pra me ver. Eu vou morrer sozinho, e já aceitei isso.
Aqui bate a porra do coração, que faz chorar, sentir angústia e temer pelo pior, contar os minutos pra receber aquela resposta e agradecer a DEUS pela rápida mensagem de resposta. O meu coração estava quebrado desde a flor oriental, a qual eu cozinhei, ajudei a tirar de uma foça e que rapidamente veio outro, viu que o prato estava servido e quente, e pulou na minha frente. Dessa vez, ela é mais fechada, mais nova e mais recatada, o problema é o nojo que tens por mim mesmo. O asco. Eu não vou conseguir conquistá-la, espero que ela me procure quinta por causa do vestibular ou data parecida. Se vier, que bom, vou parabenizá-la e oferecer meus mais sinceros votos de felicidade e sucesso, ela merece, visto que ela sou o eu que deu certo, um eu que decidiu não namorar, um eu que decidiu não perturbar-se pelo coração e lacrou-o numa caixa vazia e fria. Ela merece o sucesso, gosto muito do papo, do sorriso, da vergonha, do riso dela, ela, como a Renata, não tem o riso e nem a voz mais bonitos, mas eu gosto assim. Ela gostava de mim.. Eu quem estraguei tudo, nunca vou superar isso....

Pelo menos ela me fez voltar a ir pra igreja e rezar todo dia assim que acordo.