sábado, 7 de abril de 2018

Quando o tempo passa e o remédio é sumir

Geralmente eu deixo as coisas acontecerem e tudo passar.

Fico com a expectativa para mim e quando vou ver, o tempo exato das coisas acontecerem já passou. O tempo exato de ser o grande cara, de ser o grande cidadão passou. De ser o amante...

Eu perco muito tempo dentro da minha própria cabeça, eu perco muito tempo cozinhando e eu perco muito tempo em meus próprios pesadelos e dentro de minha própria experiência, deixando com que o medo de seguir em frente e deixar que as coisas acontecessem tome conta de mim. Eu tenho muito medo de ser eu.

E eu não posso ser a mesma pessoa que eu fui, a mesma pessoa que eu sempre me torno e a pessoa que eu tenho a tendência de ser.

Eu tenho ido à terapia em recomendação da Jéssica, eu ainda assim, preciso e não me sinto preparado para relacionamento algum, eu não me sinto preparado para tomar rumo e ter um grande compromisso com alguém, pois sei que eu não posso segurar isso com as minhas mãos e tenho medo de mim mesmo.

Portanto, mais uma vez, deixo a hora passar, deixo o momento oportuno passar diante minha história, deixo com que tudo passe para tirar o tempo sabático que eu tanto preciso. E finalmente, me tornar um alguém completo, comigo mesmo, um alguém importante para mim mesmo e um alguém saudável.

Eu pretendo evoluir, espero que todas minhas amizades, espero que minha família, espero que todos com quem convivo, gosto e amo entendam, mas este período, é um período para que eu consiga descansar, pensar de cabeça vazia e meditar sobre tudo que sou, fui, me tornei e preciso me transformar.

Eu preciso tirar das costas o meu passado. Eu preciso tirar da minha cabeça e do meu coração o peso que a herança maldita de minha família traz. Eu preciso tirar de mim, a metade de mim que desperdiça a vida e o bem estar alheio.

Eu preciso entender o que é amar a si, amar ao outro e amar. Eu preciso entender o que significa estar bem comigo, preciso entender quem eu sou, o que fazer e como fazer.

Preciso de mim.

Pra que possa voltar e dar o melhor de mim à vocês.

Entre lágrimas, que há muito tempo não escorriam, me despeço de vocês para daqui um breve momento, um breve tempo, eu possa me tornar o Alexandre.

E largar Lázaro. E largar Xan. E largar Xande. E me tornar alguém que eu sou, não que me chamam.

Preciso me tornar eu.