quarta-feira, 18 de março de 2015

nossa, que estranho essa parada

engraçado como, passaram-se anos já, e eu estranho a sua cara, seu jeito, e questiono-me o que não é a paixão.

familiares adoravam dizer, sob os panos, que você não era comparável, compatível ou qualquer outro parâmetro equiparável a mim.  você não era tão bonita, inteligente, engraçada, sociável, louca, e tudo o mais quanto eu. e eu realmente ouvia isso como um negócio muito negativo, uma ameaça mesmo. uma afronta. uma isca para me fisgar e me fazer ficar bravinho.

e hoje, cacete, como eu estranho a nossa cara, o nosso casal. eu pude ter o mundo em minhas mãos, e fisguei a primeira sardinha que me apareceu, ao inves de pegar uma linda carpa brilhante. engraçado como você sequer era bonita, tinha mais de 1000 rostos e sempre com um diferente nas fotos. sua característica coringuística era tão profunda pra mim, que eu nem enxerguei o porquê, por muito tempo, eu sentia um negócio tão forte dentro de mim.


e ate hoje, eu nao entendo que porra aconteceu comigo.

acabei de olhar uma foto nossa e, cacete, que estranha.

sera que paixão é hipnose mesmo?

ou sera que foi o cafe coado na calcinha?

quarta-feira, 11 de março de 2015

Quebra de valores e o inevitável acúmulo de preocupações

Há uns 2 meses eu venho com uma ideia fixa na cabeça de que, acima de qualquer ideologia, posicionamento político, ético ou moral, o mais importante que temos é a liberdade e desprendimento de cada um deles.

Hoje eu me acho muito no catolicismo romantico que grande parte do pessoal conservador do twitter enxerga e segue, mas ao mesmo tempo, me sinto ateu e livre para julgar e ver toda a situação que lhes diz repeito de maneira distante. Isso é um benefício próprio e que aprimora a análise e pesquisas de campo dos seres e cidadãos.

Pois bem, essa ideia e ideais vem me perseguindo e eu estou tentando por a prova todos eles. "Po, eu sou assim, mas se eu fingir que sou mais recatado, as pessoas vão me curtir igual? E se eu agir como um maconheiro? E se agir como um pastor?", entre outros "estudos" que venho fazendo no campo social e intelectual.

Mas acontece que hoje, exatamente hoje, eu decidi ir além e testar tudo que eu prego há anos e jogar numa fogueira. Eu contradisse os princípios e valores que sigo desde que nasci para perturbar minha mente. Eu fui a um vintão.

Há uns 4 ou 5 anos eu sei que aquele vintão existe, é do lado da escola em que eu fiz meu colegial e alguns amigos já haviam ido pra lá e disseram que era OK. Vinte reais na entrada, uma metida, uma gozada. Acabou. Se for por tempo, são vinte minutos. E assim funciona, a casa mais podre que eu poderia testemunhar em corpo presente. Eu estava ali, só, nú, em frente a alguem que paguei e que não me queria. Simplesmente tinha nojo de mim.

Eu tentei humanizar o negócio, encostar mais que simplesmente pegar na bunda ou ter como único contato, a rola e a xereca. Tentei. Mas por incrível que pareça, nesse duelo de valores e nessa casa de moral partida, existe toda uma questão de regra. Eu realmente não podia encostar na mulher (sim, a Bruna, como ela se chamava, tinha lá para seus 40 anos, e usava o mesmo anel que a minha mãe usa no lugar da aliança, que mundo desgraçado, não?) e ela não quis nem abrir as pernas ou mostrar sua buceta pra mim. Só queria saber de meter e ir embora dali.

Não houve palavras além de "posso?" e "não, gato". Não pude chupar e nem ser chupado, não pude ser acariciado ou acariciar. Foi de uma crueza e de uma frieza tamanha, que me assombrou e assombra até o presente momento.

Meu pau sequer conseguiu endurecer. Aquelas paredes mofadas, aquela mulher que não queria estar ali, eu que não queria estar ali, o barulho da rua, os carros, buzinas, o trânsito, a molecada na rua. Caralho, quanta coisa contra, e eu só querendo que acabasse. E meti, com o pau mole mesmo. Até que uma hora ela mandou eu sair e disse que o tempo tinha acabado. Não tinha, mas foda-se. A mulher foi a mais arrogante possível comigo, desconfiei da camisinha que usara de tal forma, que quando cheguei em casa, passei sabão, hidratante, xampu e álcool na rola, pra tirar tudo que pudesse ter ficado ali, na pélvis. Agora é meia noite e eu cago de medo de ter pego algo venéreo. Logo eu, que estava ali pra estudar, sabe, peguei a mais zuada  da casa, pra acabar não fazendo nada além de perder dinheiro.

Foi um puta de um verão merda. E o fim não poderia ser pior.

E sim, agora vendo com calma, me arrependo de ter rompido com os laços monogâmicos, o que me faz, simplesmente, igual a você.

Aaaahhh.... Se tu soubesses do lixo que estou e sou...