quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Poetica do Amor

Nosso amor foi como uma poesia
Que floresceu naqueles versos
Morreu neste inverno
E que durou enquanto era dia

Nosso amor era como poesia
Em que tudo pareceu mais belo
Os beijos eram mais ternos
E que só dormíamos quando raiava dia

Nosso amor foi poesia
Lembro de quando você me amava
De como eu te cuidava
E que hoje, nem ao menos ligaria

Nosso amor foi uma sangria
Morreu quando você recuou ao chorar
Lágrima por lágrima, todos os dias
E que não consegui ao menos lidar

Nosso amor é uma poesia
Começou lindo e sob o luar
Beija-te enquanto dormia
E que até arrepia ao lembrar

Nosso amor, eterna poesia
Onde sozinho, aprendi a nesse mar, remar
Onde sem saída, sempre cedia
E que até hoje, não sei rimar

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Passou dia 28, 16 e sei lá o que mais

Eu recomecei a ouvir rap e beber em casa, melhor companhia minha em casa, é um bom copo de whisky vagabundo e um cigarro que desça suave. Tô pensando em compra um cachimbo justamente pra Curtir O Fumo, tá ligado.

......10 grau 5 da manha sem problema se ela nao morasse em diadema.........

Eu tô bêbado, antes de qualquer coisa. Dois copos de whisky me deixam em um estagio complicadíssimo, começo a suar e tudo mais. Sei lá, me da uma vontade de Respirar Ar e com o pulmão mais que fudido, eu não consigo nem ao menos RESPIRAR.

É mais um relato de Como Eu Estou que qualquer coisa isso aqui, ok leitor? Eu to me preparando pra quando voce disser "ta tudo separado, quando eu te entrego?" e finalmente olhar no seu olho e sentir a sua dor, minha glorificação, minha vitoria. Eu to colando em tudo que é lugar, andei dois dias com os aviãozinho e fugueteiros das duas bocas que tem na rua. Firmezas os moleques, mas olhando pra trás, eu vejo o quanto I Broke Bad sabe. Vou à bailes funk pra beber e me acabar, vou aonde tem bebida. Não transei com ninguem ainda, penetração e tal. Quero fuder, e muito.

Mas em São Paulo, deus é uma nota de 100, vida loka.

Vamo Brinda O Dia De Hoje Que O Amanhã Só Pertence À Deus

Semana que vem eu pretendo comer uma mina. Qualquer uma. Pra descarregar mesmo, tá ligado. Não tenho esquema pra nenhum final de semana mais. Nenhum pião. Os moleques das bocas aqui da rua trampam. Os da escola, nao me convidaram, imundos. De resto, nada. Sábado vou ver a Gabi, queria sentar a rola nela. Ah, se você aí tá lendo e se perguntando "cadê o amor a dor", amigão, sou eu, e eu preciso comer buceta. Quantas for. Como for. Quem sabe até a da Renata, mas preciso. Se vou broxar? Sei lá jao, to tão de boa que só como uma buceta enquanto estou louco, e saio. Fumando um maço antes e depois. Aliás, esses dias eu consegui chegar a marca de dois maços em um dia só. Estudando, um cinzeiro do lado, sim, foram 40 cigarros em um dia. Foda.

Desde que voltei a fumar, tudo ficou diferente. Fiquei indiferente quanto a você, mas o mundo me parece muito mais doloroso que antes, do mesmo jeito que dói as feridas do meu pulmão, que não consigo nem respirar direito. Foda. Fudido. Eu.

Eu to bêbado, leitor, me perdoe caso algo esteja extrapolado, mas são só assuntos de umas confissões de bar.

Eu, ouvindo rap, racionais dos anos 90 e o Nada como um dia após o outro, me faz pensar muito aqui na minha região. Pretos, pobres, fudidos. Pegando fruta no cacho, cheirando com 11 anos. Esse era eu, esse é qualquer neguinho que nasça nesse bairro. Nessa rua. Um possível fudido.

Eu tô deitado em cima do notebook, mil reais nessa porra e eu deitado em cima. Eeee cachaça.

O que mais me fode em relação a voce, é que você se permanece Perto, enquanto a sua imagem está longe. Vou explicar. Eu, sentado no sofá aqui, suando, tentando pensar em você, só penso em você como uma lembrança bem distante. É involuntário, juro. No mesmo plano que minha oitava série, ou a lembrança mais antiga que tenho de mim (tentando andar de bicicleta na rua, chegando em casa todo suado, e a minha festa do Tarzan está toda em pé, linda), juro. Você louca e toda chorando na festa, lembro como se fosse 2006. Sei lá. Na mesma qualidade que um vinil. Que tá com você. Caloteira.

Estou acostumando a ficar sozinho. Estou começando a ser assim, sabe. Claro, às vezes, quando estou sem camiseta, bate um vento gelado e o buraco dói, mas nada que devemos nos preocupar. Nada que a fumaça e a nicotina do meu cigarro não possam resolver.

Tô te dando uma semana a mais do prazo que você pediu. Quero ver qual será a hora em que você vai querer me ver. E eu, não sei como me comportaria, e, caso você pedisse pra eu buscar na sua casa, se eu diria sim ou não. Se eu fumaria e jogaria fumaça na sua cara ou se cuspisse nos seus pés.

Eu não consigo olhar pra você, a Reborn, sem sentir um tremendo asco. Eu, pessoalmente, não consigo achar diferença alguma. Sabe. E você também não. É indecisa. Confusa. Mede palavras de um roteiro inteiro que você decorou antes de me receber em casa.

O que eu devia era largar tudo pra gente se casar domingo, na praia, no sol, no mar. Como sempre foi. E fui. Mas o que eu faço é largar tudo, pra jogar uma bomba na sua casa, quando sua mãe e irmão não estiverem em casa, claro, e te matar, nem que seja sufocada, aí.

Que ódio que bateu de você agora, que raiva. Que terror bate à minha cuca. Como não te mato, porque já está morta, mato a sua parte que está em mim. Que está cafona, conservadora ainda. Aqui dentro. E mato. Pedaço a pedaço.

Feita a limpa nas fotos nos computadores, era bacana

Acabei com a tarefa de fazer uma limpa nas câmeras de casa. São três câmeras fotográficas, sendo uma delas, frequentemente esvaziada (a minha). A do meu pai, tem fotos da suposta amante com quem ele supostamente tem um caso há anos. Ok. A da casa, tem foto das festas. E a familia inteira, e eu, e meus pais, meus irmãos, e você.

"Eita, por que você ta aqui ainda?" Pensei. E fui lá bem tranquilo. Limpei umas coisas, separei em pastas, guardei no HD externo.

Seguinte, o bagulho foi em ordem cronológica, mas invertida. As festas em que estou só, o que é recente. Eu, na verdade, hoje. Aí as festas em que não estava lá. Estava com você. Talvez o meu fim, uma especie de ontem. E as festas em que estávamos juntos. Aí que vem as doideiras.

Na maioria das festas, estamos agarradinhos. Você já estava na sem maquiagem, suada, cansada, com sono. E eu, largado. Ah, o meu normal. O desleixado charmoso. Eu era mais bonito naquela época. Naquela época. Um ano atrás e eu já chamo de época. Enfim, éramos o casal que acreditava que o amor era suficiente. Só. E carregamos esse titulo, juntos. Não vou mais fazer paralelo com hoje, já que tudo do anteontem já foi. Não é mais.

Peraí, vou acender o terceiro cigarro.

Pronto.

Pelas fotos, no seu quarto, com suas roupas e minhas no chão, calcinha do lado do armário, cueca do lado da almofada. Isso aí. Posso até arranhar uma dualidade que tínhamos, o São Paulo e o Diadema. Em Diadema, éramos lascivos. Tarados, um pelo outro. Lembra como você mal transava comigo aqui em casa? E então. Esses éramos nós em São Paulo. Diadema eu posso até expandir para ABC. Porque com seus amigos, éramos mais tranquilos também. Éramos mais Liberais, menos conservadores, fechados. Abertos, essa é a palavra. Falávamos sobre nós, até na cama. Em São Paulo, duas pedras. Você se aquetava. Chata pra caralho aos olhos de outrem e, bom, simplesmente amorosa e cheia de carinho pra mim. Não sei o teu lado, o real. Em nenhum momento. Mas você era um docinho, uma companheira. E é isso. Foi isso.

Caralho, a casa tá empesteada com o cheiro de cigarro. Agora que apaguei o quinto, vi que tá foda.

Você era linda, você era bonita, e linda, linda. Musa mesmo. Minha. Musa. Se vestia como uma princesa, que comigo, você foi. Foi muito do porquê me apaixonei, sabe, você era uma deusazona. E não é coisa da minha cabeça. Tá nas fotos. Nas espontâneas, em que estamos completamente desavisados, e, as montadas, que aí sim, você estrelava.

Lembro exatamente o que você sentia a cada foto que estávamos juntos. Aqui no notebook. Lembro em quais delas você estava menstruada, com sono, entediada, com vontade de sair. As minhas também. Quanto tempo estava sem tomar banho, em quais fotos eu tinha acabado de gozar, em qual foto eu estava puto. Em qual eu tinha acabado de chorar.

É distante, muito. Mas lembro de tudo. Mesmo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Acho que é o mais sujo que já escrevi, o mais escroto e expurgante. Don't cross the securite line, sir

Eram 5 da manhã de sábado, tinha vestibular logo menos. Parei de fazer missões no GTA e fui andar nas ruas, achei uma puta negona e ruiva, buzinei e ela entrou. Paguei pelos três serviços. Meu pau latejava vendo aqueles peitos estranhamente colocados no corpo de uma gorda puta de um jogo de video game. Botei no celular naquele site que costumo ver porn. Faz tempo que não batia uma, tenho só o 3g do celular, que tá um lixo até pra imagem, e a escola pra ver porn. Na escola não posso bater punheta, logico, e no 3g não roda nem 15s de video.

Botei no video POV de uma morena de franja, lembra de longe a mina do Daughter, pensei que ia ser louco aquela experiência, já que até hoje a Elena só me causa amor (por ela) e lágrimas. Muitas. O video carregou 33s em 15m, acabei desistindo, né. Dá não. Meu pau já tava caindo, quando pensei no que geralmente me da mais tesão, eu e a Renata transando no box do banheiro, eu puxando o cabelo dela e ela arranhando minhas costas enquanto pede para chamá-la de cachorra, puta, qualquer coisa que ela achasse pesada. Voltou à ficar duro e me foquei naquela cena, e na de quando eu te chupava com a janela aberta e o sol batendo nas minhas costas e aquela sua bucetinha linda me implorava pra ser fudida. Eu sei que não deram nem 2 minutos e veio um bloqueio do tamanho do mundo tirando voce da minha cabeça e me botou aquela mina que vi no metro outro dia, uma gravida, magrinha e novinha, a cara da Babi, linda mesmo, e querendo dar pra mim.

Comecei a fantasiar aquela porra, aquela puta chupando meu pau, eu chupando a buceta inchada dela e, enfim, ela por cima do meu pau com aquela barriga linda e o umbigo escondido encostando na minha barriga. Trocamos de posição e eu te comia num frango assado que o bebê parecia dar oi pro meu pau. Gozei quando voce pedia pra não tirar e gozar tudo que eu tinha dentro de você. Pra vir gêmeos. Loucura.

Eis que quando estou me limpando, vem aquele arrependimento, aquela dor no peito. Por que eu não pedi seu telefone? Juro que te comeria do jeito que você curtisse e batizaria o bebê.

Esse ENEM todo ano me fode de algum jeito

São cinco e meia da porra da madrugada à véspera de vestibular. Não consegui dormir. Só tô na cadeira olhando o vazio, ouvindo For Emma, Forever Ago do Bon Iver  e espero a cinza queimar o cigarro inteiro. Não lembro se fumei ele ou não, eu sei que agora ele ta inteiro em cinzas, que nem joguei fora ainda.

Me mexo pra fazer um café. Enquanto esquento a água, cai um pedação de cinza dentro da caneca. Acendi um logo em seguida daquele outro, sim. Desisti de fazer o café, sim.

O Bon Iver tem um som bem gostoso de se ouvir. O problema é que eu já conheço as músicas dele. E elas já existem em partes grafadas na minha autobiografia. Como assim? Bom, eu transei pela primeira vez com a mulher que achei ser a da minha vida ouvindo Skinny Love em looping. Foram 17 vezes no total. As preliminares, o oral, os amassos, os beijos e o pouco de penetração que teve. Eu tive dó de você aquele dia. Voce tava muito desconfortável, gemia de dor e, nunca te contei, mas vi aquela lágrima sua cair no banho, enquanto você lavava seu ventre. Eu, desisti do coito aquele dia. Preferi pensar em você e no quão cuzao estava sendo, caso continuasse até que eu gozasse. Você, deveria pensar assim hoje.

Não vem bem ao caso, você meio que ta tão distante nas minhas lembranças aqui suas, que eu as vezes tenho os piores pensamentos, e não choro mais. Tranquilo. Tranquilo não, conformado, vai.

Já havia desistido do café quando retomei a leitura do livro recomendado pelo meu irmão. Sensacional e excepcional como sempre. Teve uma frase aqui, que encaixa perfeitamente na minha historia, sabe. "Parece que a gente nunca consegue fazer a coisa certa por uma pessoa depois que não está mais indo pra cama com ela. Não consegue enxergar um caminho de volta, um acesso direto ou um desvio até , não importa o quanto tente." e o interessante é que encaixa em mim, em você. Na Jade, No Ricardo, na Isa, no Ygor, na Mariana, no Nicolas, na Julia, na Tuanny, na Nathaly. É uma frase tão bestinha, mas tem uma profundidade que retrata perfeitamente aquela compaixão pelo ex parceiro, ex amante, mas que pela idiotice e infantilidade de ambos, ou pela barreira que criamos para que pare de espirrar merda em nós, não nos abrimos para o outro e não deixamos o outro ajudar-nos. Ou vir até nós. Sei lá, vendo de fora, é errado, sabe. Tudo deve acabar bem. Vendo de dentro, eu simplesmente quero viver minha vida, e que você me deixe.

Olha que merda, 6h08 e eu aqui, com o Bon Iver, chorando baixinho. Por não conseguir dormir, por não conseguir mais carinho de ninguém ou até mesmo amparo, por querer uma pessoa pra dormir comigo, pelo tempo ter passado.

sábado, 19 de outubro de 2013

Dor não sentimental

Voltei a fumar e depois de 200 cigarros desde que voltei, lembrei do motivo pelo qual parei. Além de pensar nas coisas em longo período e filhos e fase de crescimento e em como você era contra. Lembrei.

A dor no pulmão esquerdo. Bem na parte de cima. Voltou a doer agora. É só eu respirar que dói.

E achavam que eu parei por pura vontade. Por querer. Não, amigos, não leitor, é por medo da morte mesmo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ainda Sou

Já se fazem mais de dois meses desde o fim e eu parei pra pensar o quanto eu evoluí desde o dia 0 ate hoje, dia 60 e tantos. Sim, 60 e tantos já.

Ainda durmo como se você estivesse aqui. De conchinha com o nada, pra cima em posição de morto (era como eu ficava quando você dormia com um sorriso no rosto). Me reviro quando tô pegando no sono em una posição em que não coubesse você, e esse é um segredo só meu.

Ainda escovo os dentes daquele jeitinho que você me ensinou. Por incrível que pareça, é o jeito que mais deixa os limpos mesmo, e você sempre dizia isso rindo da cara que eu fazia de "ah, é?!".

Ainda tomo banho do jeito que você me ensinou. Primeiro shampoo, depois condicionador, depois o banho com sabonete. Isso também inclui as manias que você tinha no banho, cantar enquanto se depila, pentear o cabelo e tentar outros penteados. É involuntário.

Ainda massageio os pés e as costas do mesmo jeito que você me ensinou. As pessoas preferem o seu jeito. E não dá cócegas.

Ainda me masturbo pensando em você nua e no jeito que transavamos. É mais forte do que eu, o tesão que eu tenho por você. E estar deitado nesse colchão me faz lembrar o quanto eu e você o molhavamos de libido e amor. Ia até metade da espuma.

Ainda acordo na ansiedade de você estar logo ali, em pé, na frente da minha cama, desabotoando a calça e vindo pra cima de mim, pedindo pra que eu te torne minha submissa.

Ainda ouço ecoar pelas paredes do quarto os seus gritos de prazer quando você gozava uma, duas, três vezes. Até me faz arrepiar um negócio desses.

Ainda lembro todas as suas calcinhas, todas as nossas datas (que sempre só eu lembrava) e todos os pêlos do seu corpo. Sei lá pra que isso serve.

Ainda sinto um medo do caralho com o que você pode fazer com a chave da minha casa. Espero que você nao faça nada, caso contrario eu ficaria maluco e sem reação.

Ainda frequento os mesmos lugares que frequentara enquanto te tinha.  Fico louco quando eu os vejo do jeitinho que era quando passava lá todos os dias.

Ainda não tiro a ideia de que você, a reborned, não é você, na esperança besta de que você ainda volte a me amar e tudo voltar ao normal.

Ainda uso as roupas que você gostava que eu vestisse. As suas, que você deu, bom, doei. Era um blazerzinho muito bonito pra ficar mofando em um armário parado. A camiseta, que provava que você se sentia em casa quando estava comigo, minha mãe fez questão de transformar em pano de chão. E ainda resmunga todos os dias "casa é o caralho".

Ainda tenho umas coisas perdidas suas aqui em casa. Uma toalha, fotos, alguns presentes e coisas do tipo. Mas elas vão sumindo. Minha familia esconde.

Ainda como bem pouquinho. Não dá pra comer muito, ou comer pra engordar. Me faz querer vomitar.

Ainda estou emagrecendo, involuntariamente.

Ainda uso os mesmos óculos tortos.

Ainda penso em voltar lá, onde eu morri.

PS: Isso aqui é mais um lamento do que um motivo de orgulho. É meio que imbecil pensar que eu sou muito menos hoje do que eu era com você, sendo que isso não é verdade.

Dia 62 — Dois Meses

Acordei eram 15:40 e tantas. Levantei depois de uma meia horinha e vim pra sala da minha casa. Fumei um cigarro, tomei um café e saí para cortar o cabelo.

Liguei para a mãe do Ygor para tentar combinar alguma coisa referente ao seu aniversario. Acabou que ela disse pra gente ver. Liguei pro próprio Yguinho e conversei rapidinho com ele. O cabeleleiro estava no banheiro, o chamei e ele logo saiu dali. Perguntou como seria o corte e eu o instrui a cortar bem baixinho mesmo, ultima vez que eu cortei o cabelo foi no dia 13 de agosto. Ele foi cortando e não conversou comigo nem nada. Ele é um cara bem legal, lê bastante jornal, se mantém atualizado, é claramente conservador e ama sua esposa feia e filho negro.

Saí de lá tranquilo. Meio bolado por não ter acontecido nenhuma conversa .

Em casa, faço um cafezinho e ligo para o Ricardo, tentando ver o que rolaria no aniversario do Ygor. Acabamos conversando sobre cinema mesmo entre outras várias coisas. Almocei com café, cupcake e cigarro na mão. Tudo junto, já era quase hora de sair de casa pra ir pra escola. Enquanto arrumava as casas fumei mais dois cigarros. Vinha a ideia na minha cabeça de relatar tudo o que havia feito nesse dia 16 de outubro. Depois vejo, pensei. Fui à escola, a Babi conversou comigo a noite toda e isso é maravilhoso. Mesmo.

Chegando em casa, janto e deito cedinho, teria de ir à ETE logo cedo, pra chegar cedo. Aí você veio. Me levou meus sonhos e não dormi. Estava cansado e com sono, mas você não me deixou. Procurei você para saber o que queria me mostrar, e lá estava mais um texto comprovando tudo que eu já concluira. Que você está louca.

(A novidade, é que você veio enquanto sentia muito calor)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Espero que tenha acabado essa historinha de você

Tá frio pra caralho, coisa de 8°C. Você não ta aqui. Acho que consegui finalmente te matar, sepultar e cremar.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eu vou quebrar teus olhos você vai se entregar

Botei as músicas aqui do celular na playlist automática de músicas relaxantes, to lendo e curtindo o livro que meu bro recomendou. Muito maneiro mesmo.

Levantei lá pela página 26 pra fumar qualquer coisa, como não sai de casa hoje, fui pegar cigarro na casa do meu tio. O cara ta fedendo tanto, mas tanto, que não consegui entrar lá dois passos depois da porta. Ele, mais uma vez, sou eu. Podre. Sujo. Bêbado, infeliz. Sozinho. Sem perspectiva. Desisti da ideia do cigarro. Até bom eu nao ter fumado hoje, pra quem não quer, tá ótimo. Ótimo mesmo, brigado à quem me desejar os parabens e força. Ninguem.

Voltei à leitura, lá pela pagina 38 eu levantei pra comer alguma coisa, pra me mexer mesmo. Bolacha salgada me dá sede e tenho que pegar um copo de agua. Bolacha doce me dá sede por causa do sódio. Doce mesmo. Uma que tenha bastante sódio.

Comi uma 4, quando começa a tocar umas músicas que perguntam à alguém quem ela é. Se faz bem mesmo à ela, passar as noites sem amor, sem carinho, sem "eu". Lembrei de você e o que vi ontem, stalkeando você. Será que já foram quantos? Será que já foram quantas?

Lembrei da festa da Alice. Como você me abraçou forte e enfiou a cara no meu peito. Lembrei da sua prima dizendo à voce um belo "para Alice" — que elas costumavam falar, designando ao interlocutor que estava sendo cachorra ou algo do tipo. Vivi no meio delas, sei o significado disso, não compartilho da mesma ideia, não acho que Alice tem algum problema em fazer ou ser o que ela quiser. Deixa, pô. — quando você falava umas merdas, e hoje, você faz merdas e todos parecem bater palma pra essa falta de "limites" sua. Não foi só você quem mudou, já disse antes e repito. Você, as pessoas ao redor e o ambiente em que você vive mudaram. Pra pior. Pra um lixo tão degradante, tão fétido que já to na casa do meu tio fumando o cigarro vagabundo dele.

Onde quero chegar? Bom, é que eu fantasiei te encontrar novamente, em algum show, parque ou seja lá o que for, e você me dar aquele abraço mais uma vez — eu poder finalmente te esfaquear por trás. Puxar a faca, ver que seu sangue não é o mesmo que eu via sair de você e vir embora beber algo, feliz por ter matado o demônio que você se tornou. Ou que te possuiu, sei lá.— e nessa hora, a bolacha que estava mastigando parecia papelão. Intragável. Ingolivel. Insolúvel. Fiquei com ela 3 minutos na boca e tive de cuspir. Não dá nem pra engolir.

O cigarro acabou, meu tio parou de roncar e parece que vai acordar, vou sair da casa dele aqui. Botar nossos sentimentos em corpos separados mais uma vez e pronto. Não quero feder tanto quanto ele.

Bota lenha nessa porra ja que é pra se fude mermo

O complicado de stalkear e ver que existe ainda um elo entre nós dois, uma parte do passado em nós, é que reacende toda aquela discussão mental que já tive milhões de vezes comigo, em que eu finjo conversar com você e propor algumas coisas para restar, ou pra decidir o melhor, pra nos explicarmos, pra agirmos como gente, seres humanos, e não orangotangos raivosos.

Fora as pistaiadas que você deixa. Pegadas prum caminho que só eu vejo, só eu consigo ver. Porque eu quero ver. Porque eu devo gostar mesmo de me fuder.

Olha as loucuras que tenho na cabeça. Você vem construindo tudo. Até o fim. Você disse que a culpa não foi minha, foi você. A partir do primeiro momento, você não parou de mentir. Quem sabe você não me traiu. Quis me trair. Pegou alguma DST, alguma bosta. Tá fazendo alguma pesquisa de campo. Tá sob segredo de estado. Sei lá, a culpa foi sua, sabe.

Não devo, nao posso, por motivos de dar mwrda como essa que ta dando agora. Você mente, omite  e esconde tudo, desde o fim. Desde que você se tornou a vilã, você foi vilã. Deve ser bom, sei lá.

Eu sei que eu ainda quero e muito voltar no tempo em que você era minha. "Voce não fala que voce era dela, que machistaaa" é porque eu não era mesmo. Eu sou. Da falecida.

Eu sei que ta escroto pra caralho, ninguem bem, todos fingindo que estão bem, se enganando e enganando a todos, mas bem que podia ter acabado bem. Mas você não quis.

domingo, 13 de outubro de 2013

Noone, no end

Eu to numa merda sem fim. Sem fim. Entrei no flickr e ainda seguia você. Tinha foto nova lá. Umas babaquices que você sempre gostou. Odeio você. Bloqueei. Mas o flickr ainda me deixa ver suas fotos.

Isso instigou todo um sentimento de PRECISO VER suas coisas. Sai de casa ainda ouvindo as mesmas músicas que ouvia na sua época pra fumar meu cigarro, quando voltei, minha mãe tava parada na sala perguntando onde eu tava. Disse que tinha ido ver se o meu tio havia saído, tinha ouvido um barulho. Ela engoliu, não viu o tamanho do volume do maço no meu bolso, nem sentiu o cheiro da fumaça, nem viu o tamanho do inchaço do meu coração.

Voltei mais tranquilo, sério mesmo. A vontade tá aqui, mas tô lendo um texto jornalístico aqui sobre mulheres submissas, sem voz e que são constantemente abusadas por quase qualquer homem que elas têm contato, irmãos, primos, tios, pai, amigos. A mensagem dos céus pra mim estava lá mesmo no texto. "Elas diziam para eu simplesmente esquecer, lidar com isso, e não caçar remorso ou afundar-me mais".

E tá aí, a minha dor. Essa tortura que é, querer ver, não poder, não digitar suas urls no browser e dar enter, não procurar nada seu. Esquecer-te. E continuar minha santa vida de merda.

UPDATE:
Descobri o porquê de toda essa vontade de te ver, toda essa loucura no coração. Tá 6ºC aqui na cozinha, e eu estou só de toalha. A morte, o frio e as assombrações vêm me abraçar.

Essa dualidade que não para de transbordar pelos olhos

Eu te odeio, e muito por ter me quebrado, por ter me destruído. E sorrir depois de tudo.

Eu te amo pela minha vida.

sábado, 12 de outubro de 2013

Encasular, enclausular

1- Não consigo manter uma conversa sem estar bêbado ou sem ser eu

2- Nenhum de meus amigos mantem uma certa curiosidade ou preocupam-se comigo, meu bem estar ou qualquer coisa do tipo

3- Não consigo conhecer alguem novo e manter contato por mais de dois dias sem que este alguem me ignore

4- Sempre lembram de mim com nostalgia, ou dó. Ou raiva. Tem a opção, que mais acontece, que é a de eu lembrar das pessoas e ninguém lembrar de mim.

5- Todos meus amigos só aparecem quando eu nao sou eu.

6- Não posso ser eu nem pra manter uma amizade.

7- Só me dão atenção ou aparecem quando eu não sou eu. Devo muito à bebida. Sou a bebida. Não sou eu. O eu não interessa.

8- Ela me segue e meu destino é estar ao lado dela pelo resto da minha vida. Não é humano, humana. É melancolia.

9- Tomo meu café e fumo meu cigarro dentro de casa mesmo. Choro revendo aquele filme que assistimos enquanto você gozava nos meus dedos e sorria dizendo que me amava, enquanto os velhos da terceira e quarta fileira choravam vendo a atriz morrer.

10- Foram mais de 10 maços de cigarro em cerca de 4 dias. Eu odeio você.

11- O meu mundo mudou e eu não  consegui me adaptar. Não consegui   nem mudar no meio em que eu vivia. Eu sou um merda mesmo.

12- O amor não é mais requerido no mundo. A certeza que tenho é que o mundo desistiu de amar, todos utilizam a felicidade em lata. Todos choram e sentem frio à noite.

13- Me sinto melhor sozinho, quer dizer, sem você. Faço mais, construo mais, produzo mais. Cavei minha cova e montei meu caixão em só 4 dias, não é maravilhoso?

14- Leio o dia todo. Todos os dias. É uma agonia não ter nada para fazer. É uma agonia não ter carinho, sorriso. Amigos. Namorada. Amor. E pensar que um dia eu, sozinho, já construí um mundo ideal só meu.

15- Marcas de dor. Suor. Lagrimas. Amargura. Preciso sair daqui. Vou sumir. Me esconder. De todos e de mim mesmo. Tá foda.

16- Anne Hathaway me faz lembrar da Nathaly

17- Cheguei a conclusão que eu realmente não tenho nada além do que tínhamos construído. Caso eu volte e tente viver a minha vida, sou um att whore.

18- Sou o que tenho ódio e asco.

19- Sou o ódio e o asco.

20- Todos os dias, antes de dormir, choro nesse mesmo travesseiro.

21- Eu vou é pras colinas, sumir. Desaparecer. Completamente.

Notas do celular - Coisas da semana 05/10 até 12/10/2013

São cinco da manhã, to vendo tv aqui e olha, nem pensar em você eu penso.

Não vou à escola, aos cursos, à leitura, à bebida hoje. Não fui à alegria, à tristeza, à mágoa, à choradeira.

Minha dor, faz parte do samba. Este churrasco de domingo em que sambo, não passa das minhas lágrimas expressadas pelas pernas.

Meus tênis novos apertam meus pés, sempre sangram quando eu os tiro na hora de deitar na cama. Minha ou qualquer outra por aí. Sim, é o presente me rejeitando. Mas ainda tenho que laciá-los. Ou o passado calçarão meus pés mais uma vez.

Moro aqui no mesmo bairro ainda. Nas mesmas escadarias e durmo nas mesmas camas de costume. Só que em outro corpo. Preciso voltar pra casa. Qualquer lugar. Você. (I live in the same neighbourhood. In the same stairways and I sleep at the same beds as usual. But in another body. Ought to go back home. Whatever. You.) (original em inglês)

São Paulo tá um calor do caralho, um sol gigante lá em cima. A pele arde só de tá aqui na varanda. Puta que o pariu e eu entrei em casa e tá um gelo. Você tá aqui dentro, né? Assombração.

Liberdade pra ser quem quer, sendo que se sente mal por ser assim. Palmas gênio. Palmas liberdade.

"Monogamia é coisa do passado" e assuntos do coração também, me disse aquela garota. Fingi não ver, fingi não ouvir. Isso é coisa de criança, querida. A monogamia, sim, é coisa para pessoas que, sei lá, querem ver um futuro em suas vidas. Uma luz. Quer uma vida em que se trabalha, quer uma vida em que se tem filhos e coisas para os seus filhos, algo para suas próximas gerações. Sei lá, coisa que jovem em geral não pensa muito. Coisa que essa galera do "futuro" não precisa se preocupar. Desculpem, do fundo do coração, mas não me encaixo nessa realidade. Quero um futuro. Pra mim, pros meus filhos, pra minha futura família. Caso contrário, de nada valeram minhas lágrimas aqui.

São seis horas, hora de sair. Chorar. Aproveitar enquanto respiro. A dor é amiga, a dor é vida, a dor acaba um dia. Assim como minha vida. Sua, leitor. Sua, visitante. Nossa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mensagens não enviadas - 22/09

Realmente faz bem a voce ser louca? Pera, assim, me destrói, me mata junto à sua vó e quer que eu ainda seja amiguinho seu?

Sempre deixei claro que acabou, ou é pra namorar comigo/ser minha companheira, ou você não é nada.

Nunca mostrei nada alem. Larga mão de pensar que as coisas vão sempre ser do seu jeito, que sempre é ridículo. Que mania mais escrota, Renata.

Olha, seguinte. Eu quis conversar com você em particular e deixar claro. Não foi o que a marquesa queria. Queria fazer escândalo, foi o que não fiz. Ainda bem. Pelo bem da minha limpa consciência. Agora assim, me destruir, acabar comigo, escrotizar, se destruir, construir uma nova pessoa do jeitinho que nós dois odiávamos, (algo parecido com o que eu era antes de você, lembra?)  e querer que seja seu amigão, continue sendo seu cachorrinho.

Show você, que plano de vida, que maturidade. Show. Parabenzasso.

18 e 19

Bebi, fumei. Zuei, ri. Andei, corri. Suei, gritei. Não chorei, não me senti ou sinto só.

Esse foi o resumo de hoje. Acho que to escrevendo pra nao passar em branco os aniversários de dois chapas meus. Lucas, você é foda. Muito mesmo. Só grita muito. Takita, você é muito foda também. Parabéns. Pros dois.

18 e 19 anos galera, parabéns. Como diria o PM que enquadrou a gente "ow parabéns ai......"

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Felicidade em lata

Hoje eu acordei mais cedo que o normal. Tinha sol, companhia, filme, pipoca, risada. 350ml.

Mas depois de eu prestar um favor, foram todos embora e eu estou sozinho mais uma vez.

Graças a deus hoje tem cachaça, cerveja, whisky e fartura de desgraça.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FeNaH é a química desse dia 9/10

Tá 22ºC lá fora. 12ºC aqui dentro de casa, na mesa da cozinha, acabei de medir. Meu coração, em temperatura ambiente. Achou que estaria abaixo de zero? Também achei. Mas acontece que as pedras não são gelo. São pedras. Vivem na rua. No ambiente. No tudo. E são nada.

O frio tá me deixando maluco. Maluco. Doente. Junto à você. Quer dizer, a saudade de você. A paranoia que você deixou. Tá me subindo muito à cabeça. Estou louco. Não sei o quanto posso aguentar. É o frio, é o peso, é a fraqueza, são os sentimentos, o coração, a paranoia. A desgraça. A solidão me deixa louco. Sobe do coração aos olhos em milésimos de segundo. E não sou eu. Eu ano largado. Louco.

Já te vi quatro vezes. Sonho contigo todos os dias. Sofro todos os dias. Vomitei já de tanto chorar. Já tive ataques, espasmos de tanta dor. É uma dor horrível. Ontem meu irmão sentia o mesmo. Pude ajudá-lo. Hoje sinto o mesmo, não tenho ajuda. Não quero. Quero passar por tudo que puder passar, para depois não passar por isso nunca mais. Aprender com a dor. Acontece que essa dor não tem dono, não tem causa, não é humanizada. Talvez o meu problema seja eu. 

Que dor. Que sufocamento. Que agonia. Que merda de vida. Que bosta. Não tenho ninguém nem que se lembre de mim. Não tenho nada. Repeti de ano na escola, que ano de merda. Já passei por mais choro, mais vazio. Mas agora, não tenho nem em quem me apoiar. Todos pouco se fodem. Quem sou eu. O que eu tô fazendo aqui. Pra que eu estou aqui. É uma crise existencial sem igual. E eu leio sobre Alexander Supertramp e me identifico. Mas eu não posso abandonar tudo. Eu não sei viver sozinho. Não aguentaria. Talvez seja melhor parar de ler e viver. Algo melhor. Livro de auto-ajuda? Não sei. Filosofia existencialista seria ótimo. Lindo. Mas preciso fazer o TCC, que nunca consigo fazer. 

É uma vidinha que olha, cada merda que me acontece.

E a dor, o vazio, o frio. Não vai embora. Tá 8ºC aqui dentro. Meu coração, tá pesado. Tô ofegante. O quarto está escuro, não consegui ligar as luzes até agora. Não consigo. Não paro de chorar. Meu deus, o que está acontecendo. Tá frio. Escuro. É a morte? Me leve. Não aguento mais. Me leve.

Se você ler isso, me ligue. Me salve, me ajude. Não sei pra onde ir. Nem pra onde vou.

Meu tio, que poderia se chamar Alexandre e ter nascido em 1996

Eu tenho um tio, querido, que mora na casa do lado da minha. Ele, diferente de mim, está há anos no alcoolismo. Digamos que, ele está diagnosticado com alcoolismo, eu não. Ele, depois de um ano sem beber nem nada, começou a beber. No dia em que eu trabalharia com ele. Ele dizia que se sentia muito sozinho lá onde estava trabalhando. A culpa é minha.

Acontece que, eu, aqui, trabalhando na mesa, sentindo um frio do caralho, um vazio, uma dor, ouço a porta que ele arrebentou bater no trinco. Abandonada. Largada. Ele, diferente de mim, igual a mim, descontrolou-se. Arrebentou as amarras e foi viver. Sofrer aos olhos dos outros, ao invés dos próprios olhos.  Ao invés de só sofrer na própria cabeça. No próprio coração.

Meu tio, sou eu com 40 anos. Viveu um grande amor, uma esposa que o fazia feliz, o fazia satisfeito (em relação a sexo, alegria, conforto, companheirismo. E o abandonou. Na merda. Ele está há anos sem ver a filha, a ex-esposa. Ela fugiu, virou outra pessoa, um outro alguém. E ele até hoje, não conseguiu ser feliz. Não conseguiu ser confortável com alguém. Sou eu. Eu.

Eu, assim como ele, quero viver só. Quero simplesmente sumiu daqui. Parece que eu estou bem, mas digito esse texto ou transcrevo esses pensamentos com a cabeça abaixada e encostada na mesa e choro. Muito. Digito sem olhar, choro sem pensar, sofro sem ter pra quê. Não consigo viver. Seguir. Tá foda. Eu to realmente maluco. Choro por nada. Sofro. Quero beber, me destruir. Não quero me matar, não quero me cortar, me mutilar. Fisicamente. Sentimentalmente sim. Não quero voltar, não quero você. Não quero mais essa dor. Não quero MAIS dor. Chega. Já escrevo 'choro' ao invés de 'chega'. É o meu momento de dor. Não sofro por amor, sofro por, sei lá, perdi um braço. Não volta mais. Perdi uma perna, não ando mais, sabe? Só que ao invés disso, perdi o coração. 

Choro muito. Fui ali ver meu tio (tenho que vigiá-lo para ele não sair. Caso ele sair, ele não volta pra casa. Assim como eu) e ele está roncando, tem um balde que ele pode vomitar (e vomitou), e o travesseiro tá muito molhado. Na altura dos olhos. Ele tá bem magro. Muito. O cobri, tá frio pra caralho. Eu, mais que ninguém, sei disso.

Sou eu, com 40 anos.

Sou eu, hoje.

Aqueles sonhos que dão frio

Hoje, ontem, semana passada, mês passado, no dia do término e outros tantos dias que passei no pós-você, sonho contigo em alguma situação diferente. Não contei isso pra ninguém. Mas te vejo quando choro muito, de soluçar e perder o ar (foram 4 vezes, a última há duas semanas e espero que nunca mais aconteça). Sinto seu toque quando algum vento gelado toca minha pele. Engraçado como pra mim, pro meu coração, ele só entende que é você, quando o frio vem.

Seja um vento no rosto, uma perna descoberta, um suspiro perto do meu rosto ou o que seja. O frio se tornou você. E tento me esquentar cada dia mais.

Enfim, os sonhos. Hoje por exemplo, sonhei que você voltava pra mim. Eu voltava para o amor, e você voltava para o mesmo. Juntos, reconstruímos e vivemos um final de semana inteirinho romântico, caloroso, engraçado, fofo, quentinho e lindo. Um final de semana inteirinho. Transamos, nos beijamos, dançamos, cantamos, choramos de amor, nos abraçamos e caímos mortos de cansaço numa conchinha perfeita, onde até os dedos dos meus pés cobriam os seus. Você estava linda. Você era linda, até a última vez que eu vi. Você me dizia coisas lindas. Eu replicava dizendo que você era tudo que eu queria. Tudo que eu amava e desejei a vida toda. Você chorava incessantemente de amor. Não parava de sorrir e me beijar, dizia que eu estava lindo ali, chorando por você. Não cabia todo aquele amor naquele final de semana com o qual eu sonhei.

Acordei quando entrei no ônibus para vir pra casa. Você pediu para o motorista para cuidar de mim, e pra me levar pra bem longe, enquanto andava de mão dada com outrem sem rosto. Sem expressão, a não ser um sorriso sarcástico, que ria e muito de mim.

Acho que foi isso o que aconteceu na verdade. Um tapa na cara. Um soco na boca do estômago. E eu, vim aqui pra casa. Sozinho. Com toda sua parte dentro de mim. Com aquele amor ainda quente dentro de mim. Com nossos sorrisos, choros e abraços e beijos dentro do meu coração.

Acordei com frio, deviam estar uns 12ºC. E eu tremendo. Sonhei ontem com você, dizendo que estava ruiva no carro de sua mãe, e nos beijamos. Por quê? Porque eu dizia que não importava, que você estava linda até de cabelo desidratado e grande. 

Fomos o casal mais lindo que já habitou essa terra. O casal mais unido, forte e amável e amante nos quatro cantos do paraíso, onde fazíamos nosso ninho de amor.

Hoje, voltamos aos desertos individuais. O amor não foi embora. Quem foi embora, fomos eu e você.

Às vezes volto para visitar aquele monumento lindo e grande que ficou cravado naquele banco no Parque Villa Lobos. Às vezes visito nossas lembranças, com dor no coração, por você ter me enganado. Por você ter me traído. Por não ser. Por não estar.

Me dá muito frio. Tá 14ºC agora e eu estou descoberto. Durmo no chão. Sozinho. No frio. É inevitável que você venha, como a neve, pairar na minha cabeça. Em forma de monstro. Em forma de pesadelo. Em forma de dor.

Fantasia masoquista

Hoje eu parei dois minutinhos pra pensar e fantasiar como seria com alguma outra pessoa, que não eu, na sua vida. Vida mesmo, na sua casa e tudo mais, como eu vivi.

Imagino como seriam os jovens sem porra nenhuma na cabeça ouvindo discussões sobre militâncias, MST, partidos de esquerda, comunismo, socialismo, consumismo, manifestações, passeatas e tudo mais na hora do jantar. Engraçado pensar nisso. Engraçado, também, pensar em quem seria capaz de comer aquele macarrão grudento e molho ralo da sua mãe com um sorriso no rosto e vontade de mais. Imagino quem comeria tantos legumes, pães integrais, grãos e tudo o mais. Aposto que beberiam as cervejas que estão na geladeira da sua casa há vários meses. Quando penso nestas situações, rio. Mas rio e muito.

Agora quando penso em qualquer outro no seu quarto, transando contigo em cima das nossas fotos de beijos e abraços, lhe fazendo gozar e molhar todas minhas escritas e lágrimas que estão grudadas naquele colchão, me desespero um pouco. Caíram duas lágrimas no teclado quando pensei nisso. Quando penso em qualquer um te amando, como eu amei, mais ou menos que eu, me sinto fraco. Despreparado.

Imagino várias outras situações em que só eu encaixava. Indo lhe ver antes e depois do trabalho, te buscando e levando pra escola, madrugando com você para sair por aí. Choro aqui. Por dentro. Por fora. Fico louco para ver como você está, ver tudo que não devo ver na internet que é sobre você. Não devo, nunca mais, não vou estragar esse trabalho psicológico que estou fazendo comigo mesmo há uns quatro ou cinco dias. Nunca mais.

Graças à deus, como já disse antes, foram só dois minutinhos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Revirando umas caixas aqui


Cartas de suicídio, cartas de amor, declarações de amor, declarações de pudor. Palavras de dó, pena. Perdão pra lá e pra cá, regresso, progresso, lágrimas de alegria, de amor, de tristeza e dor. Registros de festas, transas, beijos, abraços, carícias, companheirismo e bençãos.

De que vale tudo isso, se eu quero que você se foda?

Lift off

Ontem eu descobri a minha fraqueza, tratando-se de ir atrás de ti.

O nome dela, é tempo. Ainda assim, passaram-se mais de um mês e meio, e acho que só ontem eu aceitei minha situação. Eu, só ontem, consegui ver que não da mesmo. Não há sentido, não há razão. Só há maldade, tristeza, mágoa, desilusão. Talvez até ontem, era o que eu queria. A dor, a não-reciprocidade. Não era mais amor, o amor tinha ido embora talvez quando você assumiu que queria outros. outras pessoas. Quando me viu chorar e não fez nada. Quando não se importou. (Cá entre nós, o amor nunca vai embora. O amor fica. O amor é uma vela de 100 anos, que é o tempo que leva para morrermos. Logo, caso queira reacender o meu amor, traga o seu, [terá o trabalho que puxa o barbante pra cima] que a vela volta a queimar).

Ontem, fui no show daquela banda que você mesma me apresentou e hoje não gosta mais. Fizemos daquelas canções, nossas canções. Construímos uma história ao redor destas músicas. As que falavam de algo póstumo, bom. Você tratou de fazer sozinha, trazendo o pós à nós. Tinham acabado de lançar o segundo álbum deles, quando nos conhecemos. Quando acabou, eles lançaram o terceiro. Foi o tempo de um álbum. Umzinho só.

Procuro afogar no álcool suas lembranças, que hoje, infeliz ou felizmente, são só lembranças. E, nossa, olhei coisas suas e, você preferiu mesmo jogar tudo no lixo. Mas eu estou num estado que fico num completo "foda-se".

Acho que aquela ideia toda de "o mundo é maior que você" ou "tem vida além de você" ainda não cola. Nunca colou. Bom, é até uma ideia meio que idiota pensar assim, como se estivesse preso há um ano e meio. Fiz porque quis. Porque era o que eu gostava de fazer. O problema foi transformarmos em bolhas. Vivem na imensidão do mar ali, simplesmente boiando. Voando sobre a terra.

Foi um grande amor, sim, procurando imagens e lembranças, achei alguns momentos de amor pleno. Chororôs no pós-cópula, ou de puro amor. Foi companheira minha. Fui companheiro seu. Mas assim, seguinte, não consigo encontrar muitos momentos de felicidade plena. Estava feliz por estar contigo, em ti. Mas, você me fazer feliz, difícil. Risadas, muitas. Mas sorrisos, ocorreram, mas em quantidade muito inferior.

Não deu pra manter esse companheirismo e amor até o fim da vida, você não deve ter entendido o que pedi e lhe disse quando te beijei pela primeira vez. Você tá toda zuada. Quem sabe um dia quebre a cara por aí e venha correndo. To esperando. Pra rir, lhe abraçar e poder finalmente, dizer na sua cara, um belo adeus.

Querendo ou não, minha linda, você foi minha. Por bastante tempo até. Acho que quando paramos de sair, por você não querer e por eu me privar da minha vida por você, meio que transformou a intensidade em calmaria. Mas ok, posso dizer que foi bacana. Nota 8. Eu fiz 9, você fez 7. E você ainda dizia que tinha medo de não ser suficiente pra mim, lembra? Bom, parece que era suficiente até um certo ponto, depois, não era mais. Agora por exemplo, não me agradaria ter sua companhia aqui. Tornaram-se lembranças. Sentimentos mortos e enterrados. Situações terminadas. Ainda me culpo por não fazer escândalo.  Queria, hein.

E mesmo assim, mesmo após tudo, eu ainda acredito na possibilidade de você aparecer aqui qualquer dia desses, deitar comigo nua e chorar ao meu lado. Você tem a chave da minha casa.

(Vale salientar que penso isso na preocupação de um dia você chegar aqui e eu estar transando com outra)
Ontem peguei umas fotos suas e cuspi. To pegando algumas fotos suas e excluindo. Amanhã pego umas fotos suas e queimo.

sábado, 5 de outubro de 2013

Dor aqui, sabe?

Ainda me dói, e muito, falar e lembrar de ti. A cada vez que eue canso, ou me entedio, ou sinto, eu lembro de você. É você e só você. Minha tormenta.

Você me assombra. Eu quero que você suma, que a dor pare e que eu consiga viver sem te dar a mínima.

To tentando, esse final de semana, estou dormindo em casa e tá sendo ok. Não chorei, não senti culpa ou algo que me doesse fortemente. Mas há, a saudade. Fortíssima.

Ficar em casa é sofrer. Dormir no que já foi nosso ninho também é sofrer. Ficar nessa casa é sofrer. Continuar ligado a ti, é sofrer. Você virou a mesa, e agora você pode ver? O vórtice de merda que voce causou rodando essa bosta?

Bom, chega. São cinco da manhã, preciso dormir.

Chega de você.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Novos Habitos

Eu nunca contei isso pra ninguem, assim como tudo que ta escrito aqui. Graças a qualquer Deus que esteja por aí, eu consigo me preservar. Não é bom, não é ruim. É um refugio, ninguem se interessa pelas minhas choradeiras, assim como disse no audio, o mundo me abandonou. Fiz do meu mundo, eu e você. E agora você arruinou a única coisa que eu tinha, o meu mundo.

Criei hábitos novos desde que o fim foi "decretado". Só fico acordado nas partes frias do dia. Tarde, madrugada e noite. Na tarde e madrugada, passo sozinho. Em completa escuridão. Em completo recesso. Em completa reflexão. Esta é uma das coisas. Eu também mudei muito minha dieta. No almoço, demorou o maximo que posso, e como o menos que consigo. Proteína de preferencia. Não sei o motivo. Mas me dá energia pra aguentar ficar de pé o dia todo. À noite, no jantar, como MUITO carboidrato. Pra engordar. E realmente o estou, UFA.

Cheguei aos 52 quilos. Fraco, impotente. Ridículo de feio. Todos os ossos transpareciam. Tristeza mesmo. Você disse que chegou aos 51 e se vangloria com isso. Coitada.

Eu também comecei a ler mais.

Não consigo mais ter tesão tão facilmente ou simplesmente fazer meu pau subir. Tá foda. Cada dia eu fico mais fraco. Sinto menos vontade.

Não sinto muita vontade de dormir, de acordar, de me mexer. Isso tá piorando gradativamente, queria e muito ter um acompanhamento cientifico ao lado, de verdade. Pra ajudar. A regular tudo isso.

São hábitos novos. Costumes novos. Coisinhas que viraram rotina. Pra muito pior.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013