domingo, 29 de dezembro de 2013

É.

Eu sempre choro pra caralho com la vitta è bella, a bela e a fera e qualquer historia de amor do tipo. Das lindas, eu sempre choro. Sempre fico na merda.

Porque eu já sei que vou morrer sozinho e devendo o aluguel da minha caixa de papelão.

Ta Chato

A minha diferença, do resto do mundo, talvez, seja a de que eu tenho plena consciência que tudo uma hora passa. E isso é sim sobre a juventude. Daí, vem esse meu sentimento de merda, de me sentir velho e incapacitado de fazer quaisquer coisas que um ser humano normal faria.

E eu tô velho pra fazer essas coisas. Eu tenho 74 anos. Sinto que já passei de tudo e por tudo na minha vida. Amor. Drogas, bebida. Amigos. Trabalho, fartura de dinheiro, falta de dinheiro. Família, tudo. Tá na hora de morrer mesmo. Sozinho, velho e triste.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nota

Eu releio os textos desse blog e vejo perfeitamente, os mesmos como poemas e poesias.

Não é nada demais não, é que eu sempre digo que não sei fazer poesia nem poema. É que eu não vejo como poema. Miopia o nome.

Fala cospindo e ronca pra caralho esses bostas

O meu nivel de stress aumenta pra caralho estando em casa. O tédio causa stress, a depressão causa stress. Logicamente, minha familia causa um stress da porra.

Meu vô veio pra cá essa semana, passar o natal. Todos os filhos dele agitaram pra ele vir. Ninguém foi buscá-lo ou levá-lo. Coube ao meu pai realizar essa tarefa, e ele, bom, ficou mais nojento que de costume. Além da transferência de tarefas para os outros, empurrar coisas com a barriga e toda aquela merda das sumidas dele, o cara me inventou de ficar todo meloso e zeloso com o seu papai. Não pude sentar no sofá pequeno quando meu vô estava aqui em casa, porque ele deitaria no mesmo. Não consegui ficar no mesmo cômodo que os dois por muito tempo, era um show de chorume sendo escarrado da boca dos dois. Religião, política, causas sociais e todo esse contexto que é o assunto predileto de leigos em qualquer assunto. Na política, o show de "porque sim" e "porque não" e de xingamentos sem motivo aparente e de chupação de rola à toa é totalmente bem vinda nessa casa. Todos fazem isso. Ninguém sabe dizer, por exemplo, se o dólar interfere ou não nas contas publicas nacionais. Nas crises e afins. É foda. Na religião, o show de contemplação por Cristo é outro negócio além do normal. Meu vô foi alcoólatra por anos, e, bom, encontrou Jesus. O nome do meu vô, é Jesus. De verdade. E ele já tentou ser pastor e tudo mais. É cada uma. E ele é daqueles neuróticos e fanáticos. E rabugento. E louco. Toda refeição, após comer quando quer, o que quer e porquê quer, ele solta um caloroso "graças a deus". Passa aos ouvidos e olhos despercebidos, mas é quase que uma provocação à quem comprou, cozinhou e serviu aquela merda pro velho. Mas como todos acham lindo ele cagar na cara de quem fez a comida, então vamos pra próxima. Ele tem uns 8 livros da bíblia decorados. É estranho pra porra. Pra mim é anormal. É porque eu também sou escrotissimo e detesto esse tipo de gente que idolatra e tal. Sei lá, eu devo tá é incomodado além da conta.

Bom, além de não poder viver uma vida normal dentro da minha própria casa quando meu vô tá aí, tive de ouvir calado e com o dedo na cara "procura Jesus meu filho, quando você precisar, não vem corre pra baixo do chinelo não. Deus não é mole não. Não se brinca com deus." ninguém sabe que eu sou ateu aqui em casa.

Então o velho ta louco.

Chega o fim de semana, passam-se as noites que os leigos letrados em porra nenhuma, né, falam mais, e, bom. Hora de dormir. Os gordos vieram dormir aqui. Serem inconvenientes. Mais ainda. Além de um belo casal de bosta que prova que o casal que segue a igreja, a tendencia é mesmo se afundar em merda, são isolados do resto do grupo e ridiculamente falam cuspindo e falam alto. Adoram reclamar do luxo que tem sob os outros.

Aliás, rapidinho, isso é pro meu irmão que adora reclamar que é incompreendido, não tem direitos e não recebe carinho e blá blá blá, vai se fuder. Ele reclama que não tem espaço para ele, mas a cama com cabeceira, com o melhor colchão, a cômoda cheia de bonecos dele, o hack que é cheio de coisas do mesmo e grande parte do lixo acumulado na sala e quarto, é dele. Palmas à hipocrisia.

Lembrei da vez que eu briguei com ele, porque ele, bom, é o "adolescente problemático que odeia os pais" da casa. Mesmo com 22 anos. Nem eu que to na idade, sou assim. Brigamos porque ele chamou minha mãe de filha da puta na cara dela. Porque ela deixou a marmita dele fora da geladeira. Ele multiplicou tanto isso. Tanto. Essa raiva nada a ver, e descontou nela. Ridiculissimo. Eu comecei a gritar com ele, perdendo a linha. Mas firme. Não tremi a voz. O sangue ferveu, gritei que ele era um bosts comparado a qualquer um nessa casa, quer pagar de adolescentezinho incompreendido, que vá para a casa do caralho ver se alguém compra esse papel de bosta que ele faz. O argumento dele na treta? Que eu não deveria falar nada nessa casa, já que meu pai paga minhas coisas. Minha escola e meu curso. É. Triste. Nada ver o bagulho. Essa é a imagem que ele e todos têm de mim em casa. Lembro que a Renata, e a Luana, pegou no braço de seu respectivo namorado e apertou, pedindo calma, paciência. Pára com isso. Eu peguei minha toalha e da Renata e entrei com ela no banheiro. Meu irmão ficou na cozinha, tomando espaço da mesa na hora do jantar. Mas todos tinham saído de casa com a briga. Minha mãe sumiu por 2 horas, meu pai, por meia hora. Meu outro irmão foi pra casa da namorada. Voltou no outro dia.

Ela me abraçou e eu a abracei forte. Cochichamos no ouvido um do outro que não dava mais, mas tínhamos de aguentar esse bosta. Choramos de ódio. Raiva pra caralho. Mesmo. Entramos no chuveiro, sentamos e damo-nos banho um no outro. Transamos ali no chão, mas não vem ao caso. Saímos do banho e tivemos de ouvir muita indiretinha idiota. Dormimos na sala, deixando o quarto para a corte real. O rei e a rainha da merda.

Palmas aos babacas.

Acho que deu pra transportar um pouco do asco que tenho dessa família no texto. Obrigado à quem leu. Desculpa por lhe fazer sentir esse sentimento tão horrível.

Sonho de 27/12/2013, dia 132

O sonho começa comigo vendo umas fotos suas no meu celular, que você tinha acabado de tirar, fazendo umas atividades para o seu trabalho. Era fim de ano letivo.

Me teletransporto instantaneamente para onde as fotos foram tiradas, no exato momento onde foram tiradas. Chego ali na escola, que não era a sua do médio, mas podia ser a do trabalho, e ninguem fala comigo. Vou simplesmente entrando. Me olham, mas devem achar minha presença absolutamente normal ali e seguem fazendo o que estavam a fazer.

Chego à sala onde você estava trabalhando. Ah, lembrando, eu não estava nem de bigode nem de cavanhaque, exatamente igual quando eu estava contigo. Enfim, chego na sala, todas me olham, menos você. Você estava andando pela sala e de costas pra mim. De frente pra janela. Enfim, sentei na cadeira que estava mais próxima à você. Tu dás mais uma voltinha e senta na cadeira atrás de mim, me abraça por trás e encosta a cabeça no meu ombro. Automaticamente, faço um carinho pelo seu rosto inteiro e pelo cabelo, bem devagar, porque eu sei que ou mexo pouco no seu cabelo, ou ele arma inteiro. Você retribui com beijinhos nas minhas costas, na nuca, carinho na bochecha e cheirinhos no cangote. Nada além do que eu já sabia que você fazia. Nada além do já conhecido.

Ficamos ali por um bom tempo, as meninas, que estavam no computador lá na frente, pareciam mexer numas linhas de uma música, mas ignorei tudo isso. Meu foco era você. Eu virava de 15 em 15 segundos pra te dar beijinhos. Que eram correspondidos e bem gostosos, como os que já sabia que era. Mas eram só beijinhos, carinhoso. Com a saudade que estava, não queria só selinho pra cá e pra lá. Ah, você leitor, deve ter notado que ninguém falou comigo o sonho inteiro. Mas é isso mesmo, não esqueci de colocar nada, realmente não se dirigiram à mim o sonho inteiro. Ninguém mesmo. Nem ela. Enfim, acabou que eu virei e entre um selinho e outro, encostei sob seus lábios os meus e, entreabri nossas bocas e tentei passar a língua. Você foi pra trás, assustada. Arregalou os olhos. Todos os dois. Levantou da cadeira caminhando pra trás. Os braços abertos. A boca entreaberta. Seca. Você bota a mão na cintura e muda de cara. A cara agora é a de quem está puto com um cachorrinho, que tá puto, mas sorri de canto de boca e termina fazendo carinho no bicho. Você fazia muito essa cara pra mim.

—Thomas?

Thomas? Quem pergunta sou eu, que porra é essa? Toquei o meu rosto inteirinho pra ver se realmente não era outra pessoa. Meu nariz ali, meu olho ali, meu cabelo bagunçado. Além de tudo isso, meus óculos eram a garantia maior de que eu não estava louco nem ouvindo coisas.

Levantei e fui direto no seu pescoço e, dei uma controlada, abaixei a mão e empurrei você para o lado pegando nas primeiras costelas. Saí puto e suando e batendo forte em qualquer um que cruzasse meu caminho. Passei no meio de salas de aula e empurrei pra parede umas 3 ou 4 pessoas. Você vindo atrás. E outra garota, que não trabalhava com você, mas que era sua amiga da escola também vindo.

— Thomas, por que você fez isso Thomas?

Eu suava feito louco, estava meus olhos faltavam sair da cara, de tanto que eu os pressionava. Fechei a cara. Ali, vi que meu bigode voltara. Era eu. Hoje. Puta, agora sim.

Passando por uma sala ou outra, batendo na parede e nas portas, ouvi você rindo, aquele risinho irônico que você tinha quando queria me irritar.

— Você é ridículo. Ridículo.

Você agora sim, falava comigo. Então, eu agora podia falar diretamente com você. Nos seus olhos. Com você.

Cheguei em um corredor e olhei pros lados. Parecia que a escola inteira olhava pra mim com um medo indescritível. Esperei você sair pela mesma porta que sai ali.

Quando você chegou na altura do meu braço, peguei no teu pescoço e te joguei na parede. Me controlei o maximo que pude. Essa jogada já passara do limite, nao podia ir além nem fudendo.

— QUE PORRA É ESSA, QUE PORRA É ESSA CARALHO?? TA MALUCA, TA MALUCA PORRA

— Por que você ta falando assim comigo, Thomas? - me olhando nos olhos

— TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM? TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM, CARALHO PRA FICAR ME CHAMANDO DE MERDA, PRA FICAR ME CHAMANDO DE BOSTA

— É O QUE VOCÊ É

Peguei ali na parte do colo dela e apontei o dedo na cara dela, o mais próximo que já cheguei de ser um Capitão Nascimento

— MERDA É O CARALHO, O CARALHO. VOCE NAO VAI MAIS ABRI A BOCA PRA FALA MERDA TA ME ENTENDENDO? MERDA É O CARALHO, QUEM QUE TE TIROU DAQUELA BOSTA DE DEPRESSÃO? QUEM TE FEZ FELIZ? - tirei as mãos do seu colo

— Qualquer um poderia fazer isso comigo.

Botei as mãos mais uma vez no seu colo

— QUALQUER UM O CARALHO PORRA, O CARALHO. NINGUEM TE AGUENTAVA, NINGUEM TE DARIA A CHANCE QUE EU DEI. A CHANCE DE SER FELIZ. DE TER PRAZER PELA PORRA DA VIDA. DE AMAR.

— É verdade, Renna - resmungou a amiga lá dela.

—Lava essa boca pra falar de mim. Lava essa porra dessa boca. Cospe pra fora do prato. Você só faz merda. Quem é você pra botar culpa e dedo em mim. Quem é você. Eu te dei a chance de virar tudo. A rainha do mundo, universo. Você decidiu foder com tudo. Você. Estragou a mim e a você. O que mais você quer de mim. Pra que você faz isso.

Você me abraçou forte e chorou nos meus braços. No meu ouvido esquerdo.

— Que foi... Por que isso agora?

— Desculpa, eu não queria fazer isso.Não queria assim. Desculpa.

Me beijou o rosto três vezes forte. Sei lá o que tava acontecendo.

— Desculpa, é que eu estava esperando o Thomas.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

peguei umas fotos suas aqui ora ver se conseguia chorar. Sabe, é foda as vezes ficar sem chorar e tal. E nao sei pq, mas ver coisa sua ou nossa antiga, me deprime. Não é bem deprimir. Depressão. Nao, é só o chororô. De você só vem lagrimas. Como nao tem um sentimento junto à elas, eu nem sei se é por culpa, dó, saudade, tristeza ou QQR coisa do tipo.

Reparei no quanto voce cresceu. Emagreceu. Seu rosto ficou menos seco e mais coradinho. Seu peito cresceu muito. Sua perna deu uma emagrecida. E você passou de bagacinho à princesinha.

E voltou ao bagaço.

É outra parada

Puta que pariu, que vibe gostosa.

A sensação da certeza que você vai ficar com alguém ou que deu uns beijos em alguém é realmente maravilhosa, né.

A auto estima, depressão some. Some o peso. A dor. A solidão. Dá um calor. É outra parada. O rosto até da uma corada a mais.

Deve ser assim como as pessoas normais se sentem.


E são só uns beijinhos gostosos.

Ah, mas que são gostosos, oooooo se são.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Nicolas ja foi.

Eita semana porreta.

Cara, dormi no Ygor duas vezes, a mãe dele agora não tem um pingo da apreciação que tinha por mim, da confiança. O Nicolas também ficou puto comigo diversas vezes, senti isso. Clarinho como o leite que buscamos.

Moramos juntos, uma espécie de experimento mesmo. 4 dias em que estive junto a eles, 5 que eles ficaram a Sós na casa do Yguinho. Que experimento gostoso. Nossa química é muito boa, e eu gosto pra caralho do Nicolas. Até de conchinha a gente dormiu. Hetero, logico.

Foi engraçado como acabamos conhecendo gente, saindo e tudo o mais. Não gastamos tudo o que tínhamos e nem ficamos tristes ou depressivos no decorrer da semana. Foi maneiro, bem maneiro mesmo. Espero que aconteça o mesmo quando formos morar juntos.

Semana foi acabando e fomos saindo mais. Ali foi show, bebemos pra porra e eu acabei fumando pra caralho. 3 maços de cigarro em 2 dias e meio, sendo que o terceiro maço acabou era meio dia.

Em compensação, nao fumei mais. Desde domingo não fumo. Não sei se é bom ou ruim, mas eu to com muita vontade de fumar, e desconto tudo bebendo agua. Melhor do que comprar. Cigarro. Embora a vontade não passe nem um pouco quando dou goles e mais goles na agua.

Enfim. Acabou a semana já. E eu acabei na frente de pessoas que eu curto pra caralho e quero fazer bonito, revs e a mina dele, gorfando batata e cerveja naquela mesa de bar.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hoje o Nicolas vem.

Hoje o Nicolas vem.
É a primeira vez que ele vem e você não ta comigo.

É pra fins estatísticos essa curiosity aí.

Mas ta tão diferente que ele vai até ficar na casa do Ygor. Mesmo nem sabendo o nome da mãe dele.

Tão diferente que em um ano e uns meses eu tô indo morar com ele.

E matar esse :<~~~ que tá foda.

Um textinho no celulari novl

Eu resolvi me da um presente. Uma repaginada nas coisas, nas contas, no cabelo. Novo corte, novas fotos, novos áudios, novos tweets, novas músicas, novos filmes, novo celular, novo estilo de vida, eu acho.

Mudei a foto de perfil pra quase todas minhas contas. Como o celular é novo e fiz um backup do outro, vieram umas coisas. Antigas, mas vieram. Daí resolvi dar uma editadazinha em algumas e botar como de perfil.

O problema, é que, agora que eu fui reparar, todas essas fotos, quem tirou foi você.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Eu me odeio

A Gente quando ta melancólico, fica muito mais reflexivo. Fechado. Metafisico mesmo. Deitado aqui na cama, rolando e rolando, percebi que não existe a felicidade plena. Felicidade é coisa de momento. Coisa de pessoas, em grupo, dividida. Ser só, auto suficiente e feliz, é o mais difícil que consigo imaginar.

Ah, os textos de hoje, não necessariamente foram à Renata. Qualquer um pega e usa com quem quiser.

E me dói pra caralho perceber que grande parte da minha vida, a que eu conto. Não existiu.

A minha vida, é uma mentira.
E eu, sou um bosta.

Hoje eu finalmente consegui chorar, de desespero, mas consegui.

Acendi o cigarro e consegui ver quantas veias estão no meu braço. Puxei a manga e consegui ver o osso do meu cotovelo. Eu entrei em desespero. Levantei a camiseta e vi minhas costelas ali, desenhadinhas. Meus ossos do cóccix todos ali. Vi meu próprio esqueleto. Ótimo. Vidão.

Joguei o cigarro fora, corri pro banheiro me olhar no espelho. Era tudo de verdade mesmo. Incrível como eu tô um bagaço.

Não preciso de ninguém, sérissimo. Eu tô naquela parte da conformação. Naquela de receber um sorriso, sorrir com os lábios e voltar ao normal. Receber um elogio e só conseguir dizer obrigado. Não ter sentimento na palavra, sabe qual que é? Então.

Fudidos, eu, você e nós todos estamos. Não consigo nem mais escrever. Não vem as idéias, não consigo organizar direitinho. Deu pra entender, é só ler aí que verá a merda. Tá maluco.

Lost Luster In The Dark

À noite, no escuro
Penso naquele teu jeito
ainda, querendo ou não
Tenho na cabeça o teu cheiro

Precisei tanto de ti
Cuspo tanto aqui
Onde um dia você me fez dormir
E agora fico aqui só a chorar

As músicas românticas que eram nossas
Você já transferiu de pessoa
Tomou autoria de toda minha coleção
De discos e fotos que tirei à toa

Eu fumo esse cigarro contra indicado
Para que possa me dar aquela angustia
O preço que pagarei será ser velado
Quem sabe um dia você possa chorar por mim
Como você chorava antes. Mas de verdade.

O barulho que eu ouvi vindo do seu peito

Eu passo dias
Noites e madrugadas
Em claro, vendo lembrancinhas
Momentinhos e gargalhadas

Dia pós dia procuro descobrir
Ao menos desvendar
O mistério que tornastes

O que é felicidade, se não a vivemos
Ou será que vivemos e esquecemos 
logo após o big bang e os ventos

É difícil ainda mais na minha cabeça encucada
Lembrar de algum sinal de perda ou caída
O barulho que ouvi vindo do seu peito
Era só o relinchar da sua barriga

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Lázaro e eu.

O Lázaro, é a benção e a maldição da minha vida. Todo mundo deveria saber isso.

Eu devo ter umas doze personalidades na minha cabeça. Não sei se chega a ser uma personalidade mesmo, ou se é uma atuação. Ou se é a internet mesmo. Ou a escola. Alguma coisa.

Eu sou

  • Lázaro, da timeline, 
  • Lazro, das replys, 
  • Lazo, das dm's, 
  • Lazinho, o ombro amigo, 
  • Laz, o amigo dos amigos, 
  • Lazaro, do fb, 
  • Alexandre, eu, o formado pela Renata e para a Renata e família, 
  • Xan, o Lazaro ao vivo, 
  • Alê, o Lázaro da timeline em carne e osso, 
  • Xandão, o da família, 
  • Chan, o filho quieto e ingrato. Enfim.


Acontece que, você, matou todos estes aí que estão na lista. Formou um Alexandre, e o pré-Xan. O xan, jeito que você me chamava, é o pós-você. Enfim, dá pra entender. Você me transformou em um bonequinho manipulável. Um cachorrinho. Manipulado.

Pra resumir tudo e eu tomar logo meu remédio pra deitar, você odiava quando eu jogava a culpa na morte do Lázaro, meu orgulho maior, minha obra inteira, em você. Mas era você, o bloqueio. De tudo.

Agora eu tô descontrolado, sendo pura e absolutamente A B S U R D A M E N T E um doente mental. Louco. Bad ass to the fuckin bone. Cuspindo no meio da sala. Batendo com o pé nos peito de qualquer babaca. Isso é errado.


Essa porra n]ao me traz buceta.

Eu to de boa


Mas o rombo que ta no meu peito e as cicatrizes na minha cara que acumulei nessa guerra de merda que sobrevivi.

Esse sou eu. Não to acabado nem nada. Sou só eu, de boa.



Depois de você, acho que já foram uns 600 cigarros fumados, pra mais. Ou perto disso.
Comecei a ter crise de ansiedade. Emagreço sem esforço nenhum, engordo com todo esforço do mundo. Insônia forte pra caralho. Sério. Durmo coisa de 2, 3 horas normalmente. 6 com remédio. 8 com remédio e imensamente cansado. Olha o tamanho da porra da minha olheira.
Eu tenho paralisia do sono uma vez por semana. Eu tenho pesadelo 3 vezes por semana, são pesadelos seguidos. Tipo, durante todo o sono, eu morro umas 2 vezes, dá alguma merda umas 3 vezes. Sei lá, pesadelo, manja. Depressão, pô, só não tá diagnosticada porque eu nunca fui em alguém licenciado pra diagnosticar. Falta de ar é frequente. Lógico, fumando e meio que não sabendo respirar. E, bom, com isso, eu quero mais é que se foda. É o único jeito que consigo meio que me suicidar. Lentamente, com todo um processo de aceleração de células cancerígenas. Não tô surtado, desde o início, essa era a ideia. Quando dói o pulmão, eu costumo fumar o dobro.

Tô agora com uns surtos meio loucos de raiva. Eu lembro de você, até aí ok. A imagem que criei de você, etc e etc. Aí vai passando toda a porra da nossa cronologia. Advinha. Chega até esse bosta aí. Você, que tanto jurou, tanto prometeu, dando pra outro, e sequer tendo a vergonha na cara de já dizer que ama. Eu já descontei em um monte de areia. Já descontei em paredes. Em mim mesmo. No fim, respiro fundo, me acalmo, e volto ao normal. Aconteceram três vezes só ontem. Não sei se foi o Sol, se foi alguma bosta do tipo, sei lá, sério mesmo. Nem é porra de querer ~me mostrar~. Quem lê essa bosta, sabe que é privilegiado. Que chegou até aqui e não foi à toa. Procurou saber. Se procurou saber, é porque tem coisa pra ler. Eu. Sou eu quem você lê. E eu tô aí. 

É tanto problema que eu tô tendo. Pouca solução. Tenho que me virar sozinho. Só. Tô procurando outra pessoa, mas ao mesmo tempo, vivendo tranquilamente. Aprendendo a viver.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Filha da puta, cuzona, ingrata do caralho

eu to escrevendo de dentro de uma sala de prova de vestibular. penso em voce assim que o sol nasce e eu nao posso, sabe, mais ter a lembrança de voce.

eu continuo num rio de magoa e amargura que tenho na boca desde que nasci, parece. deve ser o cigarro. voce disse que decidiu cuidar das minhas feridas, mas foi voce quem chorou e queria que tudo ficasse bem depois do nosso primeiro beijo. ce deve ta maluca.

eu assisto os filmes que voce gostava com um gostinho de vinganca na boca. eu que devo ta ficando louco.

ainda penso relativamente muito em voce. quase que o tempo todo. eu sinto meio que sua presença me protegendo no decorrer dos dias, quando eu to louco, vem um sentimento de merda que nao posso assumir, mas sei que é um bloqueio que voce deve ter colocado em mim. era pra eu ter dado em cima da marif. voce impediu.

inacreditável. trocamos mesmo de lugar.

e voce ta na melhor, absolutamente na melhor.

puta merda me dói pra caralho te ver ali. filha da puta, como eu ainda gosto de você. é até brincadeira fala uma porra dessas, mas voce ainda mexe comigo.

Todo dia um pesadelo

sonhei hoje que voce vinha na minha casa, deitava sobre meus pés e chorava. me beijava a boca e dizia que gostava muito de mim, mas que nao podia demonstrar por causa do seu facebook. seus amigos e sei lá mais quem iria ver.  voce chorava pra caralho. eu lhe dei carinho e, bom, ouvidos. a gente conversou e conseguiu matar todas as saudades. achei ok tudo aquilo, já que foi uma das nossas melhores transas que viriam a seguir.

pensar que eu nem tava pensando em ti, mas tu insistes em me atormentar.