Eu sempre choro pra caralho com la vitta è bella, a bela e a fera e qualquer historia de amor do tipo. Das lindas, eu sempre choro. Sempre fico na merda.
Porque eu já sei que vou morrer sozinho e devendo o aluguel da minha caixa de papelão.
Eu sempre choro pra caralho com la vitta è bella, a bela e a fera e qualquer historia de amor do tipo. Das lindas, eu sempre choro. Sempre fico na merda.
Porque eu já sei que vou morrer sozinho e devendo o aluguel da minha caixa de papelão.
A minha diferença, do resto do mundo, talvez, seja a de que eu tenho plena consciência que tudo uma hora passa. E isso é sim sobre a juventude. Daí, vem esse meu sentimento de merda, de me sentir velho e incapacitado de fazer quaisquer coisas que um ser humano normal faria.
E eu tô velho pra fazer essas coisas. Eu tenho 74 anos. Sinto que já passei de tudo e por tudo na minha vida. Amor. Drogas, bebida. Amigos. Trabalho, fartura de dinheiro, falta de dinheiro. Família, tudo. Tá na hora de morrer mesmo. Sozinho, velho e triste.
Eu releio os textos desse blog e vejo perfeitamente, os mesmos como poemas e poesias.
Não é nada demais não, é que eu sempre digo que não sei fazer poesia nem poema. É que eu não vejo como poema. Miopia o nome.
O meu nivel de stress aumenta pra caralho estando em casa. O tédio causa stress, a depressão causa stress. Logicamente, minha familia causa um stress da porra.
Meu vô veio pra cá essa semana, passar o natal. Todos os filhos dele agitaram pra ele vir. Ninguém foi buscá-lo ou levá-lo. Coube ao meu pai realizar essa tarefa, e ele, bom, ficou mais nojento que de costume. Além da transferência de tarefas para os outros, empurrar coisas com a barriga e toda aquela merda das sumidas dele, o cara me inventou de ficar todo meloso e zeloso com o seu papai. Não pude sentar no sofá pequeno quando meu vô estava aqui em casa, porque ele deitaria no mesmo. Não consegui ficar no mesmo cômodo que os dois por muito tempo, era um show de chorume sendo escarrado da boca dos dois. Religião, política, causas sociais e todo esse contexto que é o assunto predileto de leigos em qualquer assunto. Na política, o show de "porque sim" e "porque não" e de xingamentos sem motivo aparente e de chupação de rola à toa é totalmente bem vinda nessa casa. Todos fazem isso. Ninguém sabe dizer, por exemplo, se o dólar interfere ou não nas contas publicas nacionais. Nas crises e afins. É foda. Na religião, o show de contemplação por Cristo é outro negócio além do normal. Meu vô foi alcoólatra por anos, e, bom, encontrou Jesus. O nome do meu vô, é Jesus. De verdade. E ele já tentou ser pastor e tudo mais. É cada uma. E ele é daqueles neuróticos e fanáticos. E rabugento. E louco. Toda refeição, após comer quando quer, o que quer e porquê quer, ele solta um caloroso "graças a deus". Passa aos ouvidos e olhos despercebidos, mas é quase que uma provocação à quem comprou, cozinhou e serviu aquela merda pro velho. Mas como todos acham lindo ele cagar na cara de quem fez a comida, então vamos pra próxima. Ele tem uns 8 livros da bíblia decorados. É estranho pra porra. Pra mim é anormal. É porque eu também sou escrotissimo e detesto esse tipo de gente que idolatra e tal. Sei lá, eu devo tá é incomodado além da conta.
Bom, além de não poder viver uma vida normal dentro da minha própria casa quando meu vô tá aí, tive de ouvir calado e com o dedo na cara "procura Jesus meu filho, quando você precisar, não vem corre pra baixo do chinelo não. Deus não é mole não. Não se brinca com deus." ninguém sabe que eu sou ateu aqui em casa.
Então o velho ta louco.
Chega o fim de semana, passam-se as noites que os leigos letrados em porra nenhuma, né, falam mais, e, bom. Hora de dormir. Os gordos vieram dormir aqui. Serem inconvenientes. Mais ainda. Além de um belo casal de bosta que prova que o casal que segue a igreja, a tendencia é mesmo se afundar em merda, são isolados do resto do grupo e ridiculamente falam cuspindo e falam alto. Adoram reclamar do luxo que tem sob os outros.
Aliás, rapidinho, isso é pro meu irmão que adora reclamar que é incompreendido, não tem direitos e não recebe carinho e blá blá blá, vai se fuder. Ele reclama que não tem espaço para ele, mas a cama com cabeceira, com o melhor colchão, a cômoda cheia de bonecos dele, o hack que é cheio de coisas do mesmo e grande parte do lixo acumulado na sala e quarto, é dele. Palmas à hipocrisia.
Lembrei da vez que eu briguei com ele, porque ele, bom, é o "adolescente problemático que odeia os pais" da casa. Mesmo com 22 anos. Nem eu que to na idade, sou assim. Brigamos porque ele chamou minha mãe de filha da puta na cara dela. Porque ela deixou a marmita dele fora da geladeira. Ele multiplicou tanto isso. Tanto. Essa raiva nada a ver, e descontou nela. Ridiculissimo. Eu comecei a gritar com ele, perdendo a linha. Mas firme. Não tremi a voz. O sangue ferveu, gritei que ele era um bosts comparado a qualquer um nessa casa, quer pagar de adolescentezinho incompreendido, que vá para a casa do caralho ver se alguém compra esse papel de bosta que ele faz. O argumento dele na treta? Que eu não deveria falar nada nessa casa, já que meu pai paga minhas coisas. Minha escola e meu curso. É. Triste. Nada ver o bagulho. Essa é a imagem que ele e todos têm de mim em casa. Lembro que a Renata, e a Luana, pegou no braço de seu respectivo namorado e apertou, pedindo calma, paciência. Pára com isso. Eu peguei minha toalha e da Renata e entrei com ela no banheiro. Meu irmão ficou na cozinha, tomando espaço da mesa na hora do jantar. Mas todos tinham saído de casa com a briga. Minha mãe sumiu por 2 horas, meu pai, por meia hora. Meu outro irmão foi pra casa da namorada. Voltou no outro dia.
Ela me abraçou e eu a abracei forte. Cochichamos no ouvido um do outro que não dava mais, mas tínhamos de aguentar esse bosta. Choramos de ódio. Raiva pra caralho. Mesmo. Entramos no chuveiro, sentamos e damo-nos banho um no outro. Transamos ali no chão, mas não vem ao caso. Saímos do banho e tivemos de ouvir muita indiretinha idiota. Dormimos na sala, deixando o quarto para a corte real. O rei e a rainha da merda.
Palmas aos babacas.
Acho que deu pra transportar um pouco do asco que tenho dessa família no texto. Obrigado à quem leu. Desculpa por lhe fazer sentir esse sentimento tão horrível.
O sonho começa comigo vendo umas fotos suas no meu celular, que você tinha acabado de tirar, fazendo umas atividades para o seu trabalho. Era fim de ano letivo.
Me teletransporto instantaneamente para onde as fotos foram tiradas, no exato momento onde foram tiradas. Chego ali na escola, que não era a sua do médio, mas podia ser a do trabalho, e ninguem fala comigo. Vou simplesmente entrando. Me olham, mas devem achar minha presença absolutamente normal ali e seguem fazendo o que estavam a fazer.
Chego à sala onde você estava trabalhando. Ah, lembrando, eu não estava nem de bigode nem de cavanhaque, exatamente igual quando eu estava contigo. Enfim, chego na sala, todas me olham, menos você. Você estava andando pela sala e de costas pra mim. De frente pra janela. Enfim, sentei na cadeira que estava mais próxima à você. Tu dás mais uma voltinha e senta na cadeira atrás de mim, me abraça por trás e encosta a cabeça no meu ombro. Automaticamente, faço um carinho pelo seu rosto inteiro e pelo cabelo, bem devagar, porque eu sei que ou mexo pouco no seu cabelo, ou ele arma inteiro. Você retribui com beijinhos nas minhas costas, na nuca, carinho na bochecha e cheirinhos no cangote. Nada além do que eu já sabia que você fazia. Nada além do já conhecido.
Ficamos ali por um bom tempo, as meninas, que estavam no computador lá na frente, pareciam mexer numas linhas de uma música, mas ignorei tudo isso. Meu foco era você. Eu virava de 15 em 15 segundos pra te dar beijinhos. Que eram correspondidos e bem gostosos, como os que já sabia que era. Mas eram só beijinhos, carinhoso. Com a saudade que estava, não queria só selinho pra cá e pra lá. Ah, você leitor, deve ter notado que ninguém falou comigo o sonho inteiro. Mas é isso mesmo, não esqueci de colocar nada, realmente não se dirigiram à mim o sonho inteiro. Ninguém mesmo. Nem ela. Enfim, acabou que eu virei e entre um selinho e outro, encostei sob seus lábios os meus e, entreabri nossas bocas e tentei passar a língua. Você foi pra trás, assustada. Arregalou os olhos. Todos os dois. Levantou da cadeira caminhando pra trás. Os braços abertos. A boca entreaberta. Seca. Você bota a mão na cintura e muda de cara. A cara agora é a de quem está puto com um cachorrinho, que tá puto, mas sorri de canto de boca e termina fazendo carinho no bicho. Você fazia muito essa cara pra mim.
—Thomas?
Thomas? Quem pergunta sou eu, que porra é essa? Toquei o meu rosto inteirinho pra ver se realmente não era outra pessoa. Meu nariz ali, meu olho ali, meu cabelo bagunçado. Além de tudo isso, meus óculos eram a garantia maior de que eu não estava louco nem ouvindo coisas.
Levantei e fui direto no seu pescoço e, dei uma controlada, abaixei a mão e empurrei você para o lado pegando nas primeiras costelas. Saí puto e suando e batendo forte em qualquer um que cruzasse meu caminho. Passei no meio de salas de aula e empurrei pra parede umas 3 ou 4 pessoas. Você vindo atrás. E outra garota, que não trabalhava com você, mas que era sua amiga da escola também vindo.
— Thomas, por que você fez isso Thomas?
Eu suava feito louco, estava meus olhos faltavam sair da cara, de tanto que eu os pressionava. Fechei a cara. Ali, vi que meu bigode voltara. Era eu. Hoje. Puta, agora sim.
Passando por uma sala ou outra, batendo na parede e nas portas, ouvi você rindo, aquele risinho irônico que você tinha quando queria me irritar.
— Você é ridículo. Ridículo.
Você agora sim, falava comigo. Então, eu agora podia falar diretamente com você. Nos seus olhos. Com você.
Cheguei em um corredor e olhei pros lados. Parecia que a escola inteira olhava pra mim com um medo indescritível. Esperei você sair pela mesma porta que sai ali.
Quando você chegou na altura do meu braço, peguei no teu pescoço e te joguei na parede. Me controlei o maximo que pude. Essa jogada já passara do limite, nao podia ir além nem fudendo.
— QUE PORRA É ESSA, QUE PORRA É ESSA CARALHO?? TA MALUCA, TA MALUCA PORRA
— Por que você ta falando assim comigo, Thomas? - me olhando nos olhos
— TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM? TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM, CARALHO PRA FICAR ME CHAMANDO DE MERDA, PRA FICAR ME CHAMANDO DE BOSTA
— É O QUE VOCÊ É
Peguei ali na parte do colo dela e apontei o dedo na cara dela, o mais próximo que já cheguei de ser um Capitão Nascimento
— MERDA É O CARALHO, O CARALHO. VOCE NAO VAI MAIS ABRI A BOCA PRA FALA MERDA TA ME ENTENDENDO? MERDA É O CARALHO, QUEM QUE TE TIROU DAQUELA BOSTA DE DEPRESSÃO? QUEM TE FEZ FELIZ? - tirei as mãos do seu colo
— Qualquer um poderia fazer isso comigo.
Botei as mãos mais uma vez no seu colo
— QUALQUER UM O CARALHO PORRA, O CARALHO. NINGUEM TE AGUENTAVA, NINGUEM TE DARIA A CHANCE QUE EU DEI. A CHANCE DE SER FELIZ. DE TER PRAZER PELA PORRA DA VIDA. DE AMAR.
— É verdade, Renna - resmungou a amiga lá dela.
—Lava essa boca pra falar de mim. Lava essa porra dessa boca. Cospe pra fora do prato. Você só faz merda. Quem é você pra botar culpa e dedo em mim. Quem é você. Eu te dei a chance de virar tudo. A rainha do mundo, universo. Você decidiu foder com tudo. Você. Estragou a mim e a você. O que mais você quer de mim. Pra que você faz isso.
Você me abraçou forte e chorou nos meus braços. No meu ouvido esquerdo.
— Que foi... Por que isso agora?
— Desculpa, eu não queria fazer isso.Não queria assim. Desculpa.
Me beijou o rosto três vezes forte. Sei lá o que tava acontecendo.
— Desculpa, é que eu estava esperando o Thomas.
peguei umas fotos suas aqui ora ver se conseguia chorar. Sabe, é foda as vezes ficar sem chorar e tal. E nao sei pq, mas ver coisa sua ou nossa antiga, me deprime. Não é bem deprimir. Depressão. Nao, é só o chororô. De você só vem lagrimas. Como nao tem um sentimento junto à elas, eu nem sei se é por culpa, dó, saudade, tristeza ou QQR coisa do tipo.
Reparei no quanto voce cresceu. Emagreceu. Seu rosto ficou menos seco e mais coradinho. Seu peito cresceu muito. Sua perna deu uma emagrecida. E você passou de bagacinho à princesinha.
E voltou ao bagaço.
Puta que pariu, que vibe gostosa.
A sensação da certeza que você vai ficar com alguém ou que deu uns beijos em alguém é realmente maravilhosa, né.
A auto estima, depressão some. Some o peso. A dor. A solidão. Dá um calor. É outra parada. O rosto até da uma corada a mais.
Deve ser assim como as pessoas normais se sentem.
E são só uns beijinhos gostosos.
Ah, mas que são gostosos, oooooo se são.
Eita semana porreta.
Cara, dormi no Ygor duas vezes, a mãe dele agora não tem um pingo da apreciação que tinha por mim, da confiança. O Nicolas também ficou puto comigo diversas vezes, senti isso. Clarinho como o leite que buscamos.
Moramos juntos, uma espécie de experimento mesmo. 4 dias em que estive junto a eles, 5 que eles ficaram a Sós na casa do Yguinho. Que experimento gostoso. Nossa química é muito boa, e eu gosto pra caralho do Nicolas. Até de conchinha a gente dormiu. Hetero, logico.
Foi engraçado como acabamos conhecendo gente, saindo e tudo o mais. Não gastamos tudo o que tínhamos e nem ficamos tristes ou depressivos no decorrer da semana. Foi maneiro, bem maneiro mesmo. Espero que aconteça o mesmo quando formos morar juntos.
Semana foi acabando e fomos saindo mais. Ali foi show, bebemos pra porra e eu acabei fumando pra caralho. 3 maços de cigarro em 2 dias e meio, sendo que o terceiro maço acabou era meio dia.
Em compensação, nao fumei mais. Desde domingo não fumo. Não sei se é bom ou ruim, mas eu to com muita vontade de fumar, e desconto tudo bebendo agua. Melhor do que comprar. Cigarro. Embora a vontade não passe nem um pouco quando dou goles e mais goles na agua.
Enfim. Acabou a semana já. E eu acabei na frente de pessoas que eu curto pra caralho e quero fazer bonito, revs e a mina dele, gorfando batata e cerveja naquela mesa de bar.
Hoje o Nicolas vem.
É a primeira vez que ele vem e você não ta comigo.
É pra fins estatísticos essa curiosity aí.
Mas ta tão diferente que ele vai até ficar na casa do Ygor. Mesmo nem sabendo o nome da mãe dele.
Tão diferente que em um ano e uns meses eu tô indo morar com ele.
E matar esse :<~~~ que tá foda.
Eu resolvi me da um presente. Uma repaginada nas coisas, nas contas, no cabelo. Novo corte, novas fotos, novos áudios, novos tweets, novas músicas, novos filmes, novo celular, novo estilo de vida, eu acho.
Mudei a foto de perfil pra quase todas minhas contas. Como o celular é novo e fiz um backup do outro, vieram umas coisas. Antigas, mas vieram. Daí resolvi dar uma editadazinha em algumas e botar como de perfil.
O problema, é que, agora que eu fui reparar, todas essas fotos, quem tirou foi você.
A Gente quando ta melancólico, fica muito mais reflexivo. Fechado. Metafisico mesmo. Deitado aqui na cama, rolando e rolando, percebi que não existe a felicidade plena. Felicidade é coisa de momento. Coisa de pessoas, em grupo, dividida. Ser só, auto suficiente e feliz, é o mais difícil que consigo imaginar.
Ah, os textos de hoje, não necessariamente foram à Renata. Qualquer um pega e usa com quem quiser.
E me dói pra caralho perceber que grande parte da minha vida, a que eu conto. Não existiu.
A minha vida, é uma mentira.
E eu, sou um bosta.
eu to escrevendo de dentro de uma sala de prova de vestibular. penso em voce assim que o sol nasce e eu nao posso, sabe, mais ter a lembrança de voce.
eu continuo num rio de magoa e amargura que tenho na boca desde que nasci, parece. deve ser o cigarro. voce disse que decidiu cuidar das minhas feridas, mas foi voce quem chorou e queria que tudo ficasse bem depois do nosso primeiro beijo. ce deve ta maluca.
eu assisto os filmes que voce gostava com um gostinho de vinganca na boca. eu que devo ta ficando louco.
ainda penso relativamente muito em voce. quase que o tempo todo. eu sinto meio que sua presença me protegendo no decorrer dos dias, quando eu to louco, vem um sentimento de merda que nao posso assumir, mas sei que é um bloqueio que voce deve ter colocado em mim. era pra eu ter dado em cima da marif. voce impediu.
inacreditável. trocamos mesmo de lugar.
e voce ta na melhor, absolutamente na melhor.
puta merda me dói pra caralho te ver ali. filha da puta, como eu ainda gosto de você. é até brincadeira fala uma porra dessas, mas voce ainda mexe comigo.
sonhei hoje que voce vinha na minha casa, deitava sobre meus pés e chorava. me beijava a boca e dizia que gostava muito de mim, mas que nao podia demonstrar por causa do seu facebook. seus amigos e sei lá mais quem iria ver. voce chorava pra caralho. eu lhe dei carinho e, bom, ouvidos. a gente conversou e conseguiu matar todas as saudades. achei ok tudo aquilo, já que foi uma das nossas melhores transas que viriam a seguir.
pensar que eu nem tava pensando em ti, mas tu insistes em me atormentar.
Eu fui escondido ao nosso banco, onde a gente se beijou, no nosso parque preferido. Olha, eu acho que chorei, senti o ódio, a dor, a pena, sei lá. Aquela porra daquele banco ainda carrega T O D A energia nossa que tínhamos ali.
Não apareceu Autumn nem nada, só lágrimas, bitucas e bitucas de cigarro.
Depois de umas 2 ou 3 horas eu simplesmente levantei, me espreguicei e vi, o quanto aquela realidade tava longe de mim. O quanto tudo tava longe, sabe.
A mãe do Ygor, claro que tinha razão. Eu procuro a dor. Infelizmente. Eu procuro a dor desde datas até na porra daquele banco, que tanto significou pra mim, e que hoje, sei lá, é só energia ruim. Olha, sendo o mais claro possível, o mais fácil de se entender mesmo, eu odiar você é o sentimento mais natural. Uma aversão do próprio coração a você. Eu ser "imprevisível", não ser eu ou quem eu era ou levar a vida que um dia você me ajudou a construir também são mais tecnicas de defesa que qualquer outra coisa. O que digo, é que tudo o que se vê, é claramente o não compromisso de querer você falando. Existe ainda, óbvio e é inegável que exista, a porra da vontade do ontem. Pessoas que me conhecem sabem que eu tenho isso e é coisa minha com qualquer um. Agora em relação a nós, eu amaldiçoou toda santa lembrança sua. Sério mesmo. De verdade. Por quê? Por tanto ser um babaca, quanto pra não me machucar. Eu mais aprendi nesse meio tempo a não me machucar do que qualquer outra coisa. A evitar a merda. Não mudei em quase nada.
Claro, a minha conta de cigarros não para de aumentar e eu tenho maneira melhor de me matar gradativamente. Odeio fumar, qualquer um sabe, mas é o que eu consigo fazer, sabe. Não consigo passar a faca no pescoço ou atirar na própria cabeça ou tomar algo. Consigo fumar. E sentir, o gosto do caixão descendo pela garganta.
Eu áinda quero ficar por perto de quem eu gosto e que eu acho que seja recíproco. Não consigo. Não sei o que acontece.
Ah, importante ressaltar. To tomando remédio pra dormir. Eu to tendo espasmos e muito choro. Resultado da insonia e do dormir pouco. E porco.
Meu irmão disse que eu encontraria uma pessoa que mudaria minha vida. Aí eu ficaria de boa. Aí eu ficaria bem. Esqueceria.
Acontece que, além dele, dezenas de outras pessoas já mudaram minha vida. Brigado por tudo. Mesmo.
Nosso amor foi como uma poesia
Que floresceu naqueles versos
Morreu neste inverno
E que durou enquanto era dia
Nosso amor era como poesia
Em que tudo pareceu mais belo
Os beijos eram mais ternos
E que só dormíamos quando raiava dia
Nosso amor foi poesia
Lembro de quando você me amava
De como eu te cuidava
E que hoje, nem ao menos ligaria
Nosso amor foi uma sangria
Morreu quando você recuou ao chorar
Lágrima por lágrima, todos os dias
E que não consegui ao menos lidar
Nosso amor é uma poesia
Começou lindo e sob o luar
Beija-te enquanto dormia
E que até arrepia ao lembrar
Nosso amor, eterna poesia
Onde sozinho, aprendi a nesse mar, remar
Onde sem saída, sempre cedia
E que até hoje, não sei rimar
Eu recomecei a ouvir rap e beber em casa, melhor companhia minha em casa, é um bom copo de whisky vagabundo e um cigarro que desça suave. Tô pensando em compra um cachimbo justamente pra Curtir O Fumo, tá ligado.
......10 grau 5 da manha sem problema se ela nao morasse em diadema.........
Eu tô bêbado, antes de qualquer coisa. Dois copos de whisky me deixam em um estagio complicadíssimo, começo a suar e tudo mais. Sei lá, me da uma vontade de Respirar Ar e com o pulmão mais que fudido, eu não consigo nem ao menos RESPIRAR.
É mais um relato de Como Eu Estou que qualquer coisa isso aqui, ok leitor? Eu to me preparando pra quando voce disser "ta tudo separado, quando eu te entrego?" e finalmente olhar no seu olho e sentir a sua dor, minha glorificação, minha vitoria. Eu to colando em tudo que é lugar, andei dois dias com os aviãozinho e fugueteiros das duas bocas que tem na rua. Firmezas os moleques, mas olhando pra trás, eu vejo o quanto I Broke Bad sabe. Vou à bailes funk pra beber e me acabar, vou aonde tem bebida. Não transei com ninguem ainda, penetração e tal. Quero fuder, e muito.
Mas em São Paulo, deus é uma nota de 100, vida loka.
Vamo Brinda O Dia De Hoje Que O Amanhã Só Pertence À Deus
Semana que vem eu pretendo comer uma mina. Qualquer uma. Pra descarregar mesmo, tá ligado. Não tenho esquema pra nenhum final de semana mais. Nenhum pião. Os moleques das bocas aqui da rua trampam. Os da escola, nao me convidaram, imundos. De resto, nada. Sábado vou ver a Gabi, queria sentar a rola nela. Ah, se você aí tá lendo e se perguntando "cadê o amor a dor", amigão, sou eu, e eu preciso comer buceta. Quantas for. Como for. Quem sabe até a da Renata, mas preciso. Se vou broxar? Sei lá jao, to tão de boa que só como uma buceta enquanto estou louco, e saio. Fumando um maço antes e depois. Aliás, esses dias eu consegui chegar a marca de dois maços em um dia só. Estudando, um cinzeiro do lado, sim, foram 40 cigarros em um dia. Foda.
Desde que voltei a fumar, tudo ficou diferente. Fiquei indiferente quanto a você, mas o mundo me parece muito mais doloroso que antes, do mesmo jeito que dói as feridas do meu pulmão, que não consigo nem respirar direito. Foda. Fudido. Eu.
Eu to bêbado, leitor, me perdoe caso algo esteja extrapolado, mas são só assuntos de umas confissões de bar.
Eu, ouvindo rap, racionais dos anos 90 e o Nada como um dia após o outro, me faz pensar muito aqui na minha região. Pretos, pobres, fudidos. Pegando fruta no cacho, cheirando com 11 anos. Esse era eu, esse é qualquer neguinho que nasça nesse bairro. Nessa rua. Um possível fudido.
Eu tô deitado em cima do notebook, mil reais nessa porra e eu deitado em cima. Eeee cachaça.
O que mais me fode em relação a voce, é que você se permanece Perto, enquanto a sua imagem está longe. Vou explicar. Eu, sentado no sofá aqui, suando, tentando pensar em você, só penso em você como uma lembrança bem distante. É involuntário, juro. No mesmo plano que minha oitava série, ou a lembrança mais antiga que tenho de mim (tentando andar de bicicleta na rua, chegando em casa todo suado, e a minha festa do Tarzan está toda em pé, linda), juro. Você louca e toda chorando na festa, lembro como se fosse 2006. Sei lá. Na mesma qualidade que um vinil. Que tá com você. Caloteira.
Estou acostumando a ficar sozinho. Estou começando a ser assim, sabe. Claro, às vezes, quando estou sem camiseta, bate um vento gelado e o buraco dói, mas nada que devemos nos preocupar. Nada que a fumaça e a nicotina do meu cigarro não possam resolver.
Tô te dando uma semana a mais do prazo que você pediu. Quero ver qual será a hora em que você vai querer me ver. E eu, não sei como me comportaria, e, caso você pedisse pra eu buscar na sua casa, se eu diria sim ou não. Se eu fumaria e jogaria fumaça na sua cara ou se cuspisse nos seus pés.
Eu não consigo olhar pra você, a Reborn, sem sentir um tremendo asco. Eu, pessoalmente, não consigo achar diferença alguma. Sabe. E você também não. É indecisa. Confusa. Mede palavras de um roteiro inteiro que você decorou antes de me receber em casa.
O que eu devia era largar tudo pra gente se casar domingo, na praia, no sol, no mar. Como sempre foi. E fui. Mas o que eu faço é largar tudo, pra jogar uma bomba na sua casa, quando sua mãe e irmão não estiverem em casa, claro, e te matar, nem que seja sufocada, aí.
Que ódio que bateu de você agora, que raiva. Que terror bate à minha cuca. Como não te mato, porque já está morta, mato a sua parte que está em mim. Que está cafona, conservadora ainda. Aqui dentro. E mato. Pedaço a pedaço.
Acabei com a tarefa de fazer uma limpa nas câmeras de casa. São três câmeras fotográficas, sendo uma delas, frequentemente esvaziada (a minha). A do meu pai, tem fotos da suposta amante com quem ele supostamente tem um caso há anos. Ok. A da casa, tem foto das festas. E a familia inteira, e eu, e meus pais, meus irmãos, e você.
"Eita, por que você ta aqui ainda?" Pensei. E fui lá bem tranquilo. Limpei umas coisas, separei em pastas, guardei no HD externo.
Seguinte, o bagulho foi em ordem cronológica, mas invertida. As festas em que estou só, o que é recente. Eu, na verdade, hoje. Aí as festas em que não estava lá. Estava com você. Talvez o meu fim, uma especie de ontem. E as festas em que estávamos juntos. Aí que vem as doideiras.
Na maioria das festas, estamos agarradinhos. Você já estava na sem maquiagem, suada, cansada, com sono. E eu, largado. Ah, o meu normal. O desleixado charmoso. Eu era mais bonito naquela época. Naquela época. Um ano atrás e eu já chamo de época. Enfim, éramos o casal que acreditava que o amor era suficiente. Só. E carregamos esse titulo, juntos. Não vou mais fazer paralelo com hoje, já que tudo do anteontem já foi. Não é mais.
Peraí, vou acender o terceiro cigarro.
Pronto.
Pelas fotos, no seu quarto, com suas roupas e minhas no chão, calcinha do lado do armário, cueca do lado da almofada. Isso aí. Posso até arranhar uma dualidade que tínhamos, o São Paulo e o Diadema. Em Diadema, éramos lascivos. Tarados, um pelo outro. Lembra como você mal transava comigo aqui em casa? E então. Esses éramos nós em São Paulo. Diadema eu posso até expandir para ABC. Porque com seus amigos, éramos mais tranquilos também. Éramos mais Liberais, menos conservadores, fechados. Abertos, essa é a palavra. Falávamos sobre nós, até na cama. Em São Paulo, duas pedras. Você se aquetava. Chata pra caralho aos olhos de outrem e, bom, simplesmente amorosa e cheia de carinho pra mim. Não sei o teu lado, o real. Em nenhum momento. Mas você era um docinho, uma companheira. E é isso. Foi isso.
Caralho, a casa tá empesteada com o cheiro de cigarro. Agora que apaguei o quinto, vi que tá foda.
Você era linda, você era bonita, e linda, linda. Musa mesmo. Minha. Musa. Se vestia como uma princesa, que comigo, você foi. Foi muito do porquê me apaixonei, sabe, você era uma deusazona. E não é coisa da minha cabeça. Tá nas fotos. Nas espontâneas, em que estamos completamente desavisados, e, as montadas, que aí sim, você estrelava.
Lembro exatamente o que você sentia a cada foto que estávamos juntos. Aqui no notebook. Lembro em quais delas você estava menstruada, com sono, entediada, com vontade de sair. As minhas também. Quanto tempo estava sem tomar banho, em quais fotos eu tinha acabado de gozar, em qual foto eu estava puto. Em qual eu tinha acabado de chorar.
É distante, muito. Mas lembro de tudo. Mesmo.
Eram 5 da manhã de sábado, tinha vestibular logo menos. Parei de fazer missões no GTA e fui andar nas ruas, achei uma puta negona e ruiva, buzinei e ela entrou. Paguei pelos três serviços. Meu pau latejava vendo aqueles peitos estranhamente colocados no corpo de uma gorda puta de um jogo de video game. Botei no celular naquele site que costumo ver porn. Faz tempo que não batia uma, tenho só o 3g do celular, que tá um lixo até pra imagem, e a escola pra ver porn. Na escola não posso bater punheta, logico, e no 3g não roda nem 15s de video.
Botei no video POV de uma morena de franja, lembra de longe a mina do Daughter, pensei que ia ser louco aquela experiência, já que até hoje a Elena só me causa amor (por ela) e lágrimas. Muitas. O video carregou 33s em 15m, acabei desistindo, né. Dá não. Meu pau já tava caindo, quando pensei no que geralmente me da mais tesão, eu e a Renata transando no box do banheiro, eu puxando o cabelo dela e ela arranhando minhas costas enquanto pede para chamá-la de cachorra, puta, qualquer coisa que ela achasse pesada. Voltou à ficar duro e me foquei naquela cena, e na de quando eu te chupava com a janela aberta e o sol batendo nas minhas costas e aquela sua bucetinha linda me implorava pra ser fudida. Eu sei que não deram nem 2 minutos e veio um bloqueio do tamanho do mundo tirando voce da minha cabeça e me botou aquela mina que vi no metro outro dia, uma gravida, magrinha e novinha, a cara da Babi, linda mesmo, e querendo dar pra mim.
Comecei a fantasiar aquela porra, aquela puta chupando meu pau, eu chupando a buceta inchada dela e, enfim, ela por cima do meu pau com aquela barriga linda e o umbigo escondido encostando na minha barriga. Trocamos de posição e eu te comia num frango assado que o bebê parecia dar oi pro meu pau. Gozei quando voce pedia pra não tirar e gozar tudo que eu tinha dentro de você. Pra vir gêmeos. Loucura.
Eis que quando estou me limpando, vem aquele arrependimento, aquela dor no peito. Por que eu não pedi seu telefone? Juro que te comeria do jeito que você curtisse e batizaria o bebê.
São cinco e meia da porra da madrugada à véspera de vestibular. Não consegui dormir. Só tô na cadeira olhando o vazio, ouvindo For Emma, Forever Ago do Bon Iver e espero a cinza queimar o cigarro inteiro. Não lembro se fumei ele ou não, eu sei que agora ele ta inteiro em cinzas, que nem joguei fora ainda.
Me mexo pra fazer um café. Enquanto esquento a água, cai um pedação de cinza dentro da caneca. Acendi um logo em seguida daquele outro, sim. Desisti de fazer o café, sim.
O Bon Iver tem um som bem gostoso de se ouvir. O problema é que eu já conheço as músicas dele. E elas já existem em partes grafadas na minha autobiografia. Como assim? Bom, eu transei pela primeira vez com a mulher que achei ser a da minha vida ouvindo Skinny Love em looping. Foram 17 vezes no total. As preliminares, o oral, os amassos, os beijos e o pouco de penetração que teve. Eu tive dó de você aquele dia. Voce tava muito desconfortável, gemia de dor e, nunca te contei, mas vi aquela lágrima sua cair no banho, enquanto você lavava seu ventre. Eu, desisti do coito aquele dia. Preferi pensar em você e no quão cuzao estava sendo, caso continuasse até que eu gozasse. Você, deveria pensar assim hoje.
Não vem bem ao caso, você meio que ta tão distante nas minhas lembranças aqui suas, que eu as vezes tenho os piores pensamentos, e não choro mais. Tranquilo. Tranquilo não, conformado, vai.
Já havia desistido do café quando retomei a leitura do livro recomendado pelo meu irmão. Sensacional e excepcional como sempre. Teve uma frase aqui, que encaixa perfeitamente na minha historia, sabe. "Parece que a gente nunca consegue fazer a coisa certa por uma pessoa depois que não está mais indo pra cama com ela. Não consegue enxergar um caminho de volta, um acesso direto ou um desvio até lá, não importa o quanto tente." e o interessante é que encaixa em mim, em você. Na Jade, No Ricardo, na Isa, no Ygor, na Mariana, no Nicolas, na Julia, na Tuanny, na Nathaly. É uma frase tão bestinha, mas tem uma profundidade que retrata perfeitamente aquela compaixão pelo ex parceiro, ex amante, mas que pela idiotice e infantilidade de ambos, ou pela barreira que criamos para que pare de espirrar merda em nós, não nos abrimos para o outro e não deixamos o outro ajudar-nos. Ou vir até nós. Sei lá, vendo de fora, é errado, sabe. Tudo deve acabar bem. Vendo de dentro, eu simplesmente quero viver minha vida, e que você me deixe.
Olha que merda, 6h08 e eu aqui, com o Bon Iver, chorando baixinho. Por não conseguir dormir, por não conseguir mais carinho de ninguém ou até mesmo amparo, por querer uma pessoa pra dormir comigo, pelo tempo ter passado.
Voltei a fumar e depois de 200 cigarros desde que voltei, lembrei do motivo pelo qual parei. Além de pensar nas coisas em longo período e filhos e fase de crescimento e em como você era contra. Lembrei.
A dor no pulmão esquerdo. Bem na parte de cima. Voltou a doer agora. É só eu respirar que dói.
E achavam que eu parei por pura vontade. Por querer. Não, amigos, não leitor, é por medo da morte mesmo.
Já se fazem mais de dois meses desde o fim e eu parei pra pensar o quanto eu evoluí desde o dia 0 ate hoje, dia 60 e tantos. Sim, 60 e tantos já.
Ainda durmo como se você estivesse aqui. De conchinha com o nada, pra cima em posição de morto (era como eu ficava quando você dormia com um sorriso no rosto). Me reviro quando tô pegando no sono em una posição em que não coubesse você, e esse é um segredo só meu.
Ainda escovo os dentes daquele jeitinho que você me ensinou. Por incrível que pareça, é o jeito que mais deixa os limpos mesmo, e você sempre dizia isso rindo da cara que eu fazia de "ah, é?!".
Ainda tomo banho do jeito que você me ensinou. Primeiro shampoo, depois condicionador, depois o banho com sabonete. Isso também inclui as manias que você tinha no banho, cantar enquanto se depila, pentear o cabelo e tentar outros penteados. É involuntário.
Ainda massageio os pés e as costas do mesmo jeito que você me ensinou. As pessoas preferem o seu jeito. E não dá cócegas.
Ainda me masturbo pensando em você nua e no jeito que transavamos. É mais forte do que eu, o tesão que eu tenho por você. E estar deitado nesse colchão me faz lembrar o quanto eu e você o molhavamos de libido e amor. Ia até metade da espuma.
Ainda acordo na ansiedade de você estar logo ali, em pé, na frente da minha cama, desabotoando a calça e vindo pra cima de mim, pedindo pra que eu te torne minha submissa.
Ainda ouço ecoar pelas paredes do quarto os seus gritos de prazer quando você gozava uma, duas, três vezes. Até me faz arrepiar um negócio desses.
Ainda lembro todas as suas calcinhas, todas as nossas datas (que sempre só eu lembrava) e todos os pêlos do seu corpo. Sei lá pra que isso serve.
Ainda sinto um medo do caralho com o que você pode fazer com a chave da minha casa. Espero que você nao faça nada, caso contrario eu ficaria maluco e sem reação.
Ainda frequento os mesmos lugares que frequentara enquanto te tinha. Fico louco quando eu os vejo do jeitinho que era quando passava lá todos os dias.
Ainda não tiro a ideia de que você, a reborned, não é você, na esperança besta de que você ainda volte a me amar e tudo voltar ao normal.
Ainda uso as roupas que você gostava que eu vestisse. As suas, que você deu, bom, doei. Era um blazerzinho muito bonito pra ficar mofando em um armário parado. A camiseta, que provava que você se sentia em casa quando estava comigo, minha mãe fez questão de transformar em pano de chão. E ainda resmunga todos os dias "casa é o caralho".
Ainda tenho umas coisas perdidas suas aqui em casa. Uma toalha, fotos, alguns presentes e coisas do tipo. Mas elas vão sumindo. Minha familia esconde.
Ainda como bem pouquinho. Não dá pra comer muito, ou comer pra engordar. Me faz querer vomitar.
Ainda estou emagrecendo, involuntariamente.
Ainda uso os mesmos óculos tortos.
Ainda penso em voltar lá, onde eu morri.
PS: Isso aqui é mais um lamento do que um motivo de orgulho. É meio que imbecil pensar que eu sou muito menos hoje do que eu era com você, sendo que isso não é verdade.
Acordei eram 15:40 e tantas. Levantei depois de uma meia horinha e vim pra sala da minha casa. Fumei um cigarro, tomei um café e saí para cortar o cabelo.
Liguei para a mãe do Ygor para tentar combinar alguma coisa referente ao seu aniversario. Acabou que ela disse pra gente ver. Liguei pro próprio Yguinho e conversei rapidinho com ele. O cabeleleiro estava no banheiro, o chamei e ele logo saiu dali. Perguntou como seria o corte e eu o instrui a cortar bem baixinho mesmo, ultima vez que eu cortei o cabelo foi no dia 13 de agosto. Ele foi cortando e não conversou comigo nem nada. Ele é um cara bem legal, lê bastante jornal, se mantém atualizado, é claramente conservador e ama sua esposa feia e filho negro.
Saí de lá tranquilo. Meio bolado por não ter acontecido nenhuma conversa .
Em casa, faço um cafezinho e ligo para o Ricardo, tentando ver o que rolaria no aniversario do Ygor. Acabamos conversando sobre cinema mesmo entre outras várias coisas. Almocei com café, cupcake e cigarro na mão. Tudo junto, já era quase hora de sair de casa pra ir pra escola. Enquanto arrumava as casas fumei mais dois cigarros. Vinha a ideia na minha cabeça de relatar tudo o que havia feito nesse dia 16 de outubro. Depois vejo, pensei. Fui à escola, a Babi conversou comigo a noite toda e isso é maravilhoso. Mesmo.
Chegando em casa, janto e deito cedinho, teria de ir à ETE logo cedo, pra chegar cedo. Aí você veio. Me levou meus sonhos e não dormi. Estava cansado e com sono, mas você não me deixou. Procurei você para saber o que queria me mostrar, e lá estava mais um texto comprovando tudo que eu já concluira. Que você está louca.
(A novidade, é que você veio enquanto sentia muito calor)
Tá frio pra caralho, coisa de 8°C. Você não ta aqui. Acho que consegui finalmente te matar, sepultar e cremar.
Botei as músicas aqui do celular na playlist automática de músicas relaxantes, to lendo e curtindo o livro que meu bro recomendou. Muito maneiro mesmo.
Levantei lá pela página 26 pra fumar qualquer coisa, como não sai de casa hoje, fui pegar cigarro na casa do meu tio. O cara ta fedendo tanto, mas tanto, que não consegui entrar lá dois passos depois da porta. Ele, mais uma vez, sou eu. Podre. Sujo. Bêbado, infeliz. Sozinho. Sem perspectiva. Desisti da ideia do cigarro. Até bom eu nao ter fumado hoje, pra quem não quer, tá ótimo. Ótimo mesmo, brigado à quem me desejar os parabens e força. Ninguem.
Voltei à leitura, lá pela pagina 38 eu levantei pra comer alguma coisa, pra me mexer mesmo. Bolacha salgada me dá sede e tenho que pegar um copo de agua. Bolacha doce me dá sede por causa do sódio. Doce mesmo. Uma que tenha bastante sódio.
Comi uma 4, quando começa a tocar umas músicas que perguntam à alguém quem ela é. Se faz bem mesmo à ela, passar as noites sem amor, sem carinho, sem "eu". Lembrei de você e o que vi ontem, stalkeando você. Será que já foram quantos? Será que já foram quantas?
Lembrei da festa da Alice. Como você me abraçou forte e enfiou a cara no meu peito. Lembrei da sua prima dizendo à voce um belo "para Alice" — que elas costumavam falar, designando ao interlocutor que estava sendo cachorra ou algo do tipo. Vivi no meio delas, sei o significado disso, não compartilho da mesma ideia, não acho que Alice tem algum problema em fazer ou ser o que ela quiser. Deixa, pô. — quando você falava umas merdas, e hoje, você faz merdas e todos parecem bater palma pra essa falta de "limites" sua. Não foi só você quem mudou, já disse antes e repito. Você, as pessoas ao redor e o ambiente em que você vive mudaram. Pra pior. Pra um lixo tão degradante, tão fétido que já to na casa do meu tio fumando o cigarro vagabundo dele.
Onde quero chegar? Bom, é que eu fantasiei te encontrar novamente, em algum show, parque ou seja lá o que for, e você me dar aquele abraço mais uma vez — eu poder finalmente te esfaquear por trás. Puxar a faca, ver que seu sangue não é o mesmo que eu via sair de você e vir embora beber algo, feliz por ter matado o demônio que você se tornou. Ou que te possuiu, sei lá.— e nessa hora, a bolacha que estava mastigando parecia papelão. Intragável. Ingolivel. Insolúvel. Fiquei com ela 3 minutos na boca e tive de cuspir. Não dá nem pra engolir.
O cigarro acabou, meu tio parou de roncar e parece que vai acordar, vou sair da casa dele aqui. Botar nossos sentimentos em corpos separados mais uma vez e pronto. Não quero feder tanto quanto ele.
O complicado de stalkear e ver que existe ainda um elo entre nós dois, uma parte do passado em nós, é que reacende toda aquela discussão mental que já tive milhões de vezes comigo, em que eu finjo conversar com você e propor algumas coisas para restar, ou pra decidir o melhor, pra nos explicarmos, pra agirmos como gente, seres humanos, e não orangotangos raivosos.
Fora as pistaiadas que você deixa. Pegadas prum caminho que só eu vejo, só eu consigo ver. Porque eu quero ver. Porque eu devo gostar mesmo de me fuder.
Olha as loucuras que tenho na cabeça. Você vem construindo tudo. Até o fim. Você disse que a culpa não foi minha, foi você. A partir do primeiro momento, você não parou de mentir. Quem sabe você não me traiu. Quis me trair. Pegou alguma DST, alguma bosta. Tá fazendo alguma pesquisa de campo. Tá sob segredo de estado. Sei lá, a culpa foi sua, sabe.
Não devo, nao posso, por motivos de dar mwrda como essa que ta dando agora. Você mente, omite e esconde tudo, desde o fim. Desde que você se tornou a vilã, você foi vilã. Deve ser bom, sei lá.
Eu sei que eu ainda quero e muito voltar no tempo em que você era minha. "Voce não fala que voce era dela, que machistaaa" é porque eu não era mesmo. Eu sou. Da falecida.
Eu sei que ta escroto pra caralho, ninguem bem, todos fingindo que estão bem, se enganando e enganando a todos, mas bem que podia ter acabado bem. Mas você não quis.
1- Não consigo manter uma conversa sem estar bêbado ou sem ser eu
2- Nenhum de meus amigos mantem uma certa curiosidade ou preocupam-se comigo, meu bem estar ou qualquer coisa do tipo
3- Não consigo conhecer alguem novo e manter contato por mais de dois dias sem que este alguem me ignore
4- Sempre lembram de mim com nostalgia, ou dó. Ou raiva. Tem a opção, que mais acontece, que é a de eu lembrar das pessoas e ninguém lembrar de mim.
5- Todos meus amigos só aparecem quando eu nao sou eu.
6- Não posso ser eu nem pra manter uma amizade.
7- Só me dão atenção ou aparecem quando eu não sou eu. Devo muito à bebida. Sou a bebida. Não sou eu. O eu não interessa.
8- Ela me segue e meu destino é estar ao lado dela pelo resto da minha vida. Não é humano, humana. É melancolia.
9- Tomo meu café e fumo meu cigarro dentro de casa mesmo. Choro revendo aquele filme que assistimos enquanto você gozava nos meus dedos e sorria dizendo que me amava, enquanto os velhos da terceira e quarta fileira choravam vendo a atriz morrer.
10- Foram mais de 10 maços de cigarro em cerca de 4 dias. Eu odeio você.
11- O meu mundo mudou e eu não consegui me adaptar. Não consegui nem mudar no meio em que eu vivia. Eu sou um merda mesmo.
12- O amor não é mais requerido no mundo. A certeza que tenho é que o mundo desistiu de amar, todos utilizam a felicidade em lata. Todos choram e sentem frio à noite.
13- Me sinto melhor sozinho, quer dizer, sem você. Faço mais, construo mais, produzo mais. Cavei minha cova e montei meu caixão em só 4 dias, não é maravilhoso?
14- Leio o dia todo. Todos os dias. É uma agonia não ter nada para fazer. É uma agonia não ter carinho, sorriso. Amigos. Namorada. Amor. E pensar que um dia eu, sozinho, já construí um mundo ideal só meu.
15- Marcas de dor. Suor. Lagrimas. Amargura. Preciso sair daqui. Vou sumir. Me esconder. De todos e de mim mesmo. Tá foda.
16- Anne Hathaway me faz lembrar da Nathaly
17- Cheguei a conclusão que eu realmente não tenho nada além do que tínhamos construído. Caso eu volte e tente viver a minha vida, sou um att whore.
18- Sou o que tenho ódio e asco.
19- Sou o ódio e o asco.
20- Todos os dias, antes de dormir, choro nesse mesmo travesseiro.
21- Eu vou é pras colinas, sumir. Desaparecer. Completamente.
Realmente faz bem a voce ser louca? Pera, assim, me destrói, me mata junto à sua vó e quer que eu ainda seja amiguinho seu?
Sempre deixei claro que acabou, ou é pra namorar comigo/ser minha companheira, ou você não é nada.
Nunca mostrei nada alem. Larga mão de pensar que as coisas vão sempre ser do seu jeito, que sempre é ridículo. Que mania mais escrota, Renata.
Olha, seguinte. Eu quis conversar com você em particular e deixar claro. Não foi o que a marquesa queria. Queria fazer escândalo, foi o que não fiz. Ainda bem. Pelo bem da minha limpa consciência. Agora assim, me destruir, acabar comigo, escrotizar, se destruir, construir uma nova pessoa do jeitinho que nós dois odiávamos, (algo parecido com o que eu era antes de você, lembra?) e querer que seja seu amigão, continue sendo seu cachorrinho.
Show você, que plano de vida, que maturidade. Show. Parabenzasso.
Bebi, fumei. Zuei, ri. Andei, corri. Suei, gritei. Não chorei, não me senti ou sinto só.
Esse foi o resumo de hoje. Acho que to escrevendo pra nao passar em branco os aniversários de dois chapas meus. Lucas, você é foda. Muito mesmo. Só grita muito. Takita, você é muito foda também. Parabéns. Pros dois.
18 e 19 anos galera, parabéns. Como diria o PM que enquadrou a gente "ow parabéns ai......"
Ainda me dói, e muito, falar e lembrar de ti. A cada vez que eue canso, ou me entedio, ou sinto, eu lembro de você. É você e só você. Minha tormenta.
Você me assombra. Eu quero que você suma, que a dor pare e que eu consiga viver sem te dar a mínima.
To tentando, esse final de semana, estou dormindo em casa e tá sendo ok. Não chorei, não senti culpa ou algo que me doesse fortemente. Mas há, a saudade. Fortíssima.
Ficar em casa é sofrer. Dormir no que já foi nosso ninho também é sofrer. Ficar nessa casa é sofrer. Continuar ligado a ti, é sofrer. Você virou a mesa, e agora você pode ver? O vórtice de merda que voce causou rodando essa bosta?
Bom, chega. São cinco da manhã, preciso dormir.
Chega de você.