domingo, 29 de dezembro de 2013

É.

Eu sempre choro pra caralho com la vitta è bella, a bela e a fera e qualquer historia de amor do tipo. Das lindas, eu sempre choro. Sempre fico na merda.

Porque eu já sei que vou morrer sozinho e devendo o aluguel da minha caixa de papelão.

Ta Chato

A minha diferença, do resto do mundo, talvez, seja a de que eu tenho plena consciência que tudo uma hora passa. E isso é sim sobre a juventude. Daí, vem esse meu sentimento de merda, de me sentir velho e incapacitado de fazer quaisquer coisas que um ser humano normal faria.

E eu tô velho pra fazer essas coisas. Eu tenho 74 anos. Sinto que já passei de tudo e por tudo na minha vida. Amor. Drogas, bebida. Amigos. Trabalho, fartura de dinheiro, falta de dinheiro. Família, tudo. Tá na hora de morrer mesmo. Sozinho, velho e triste.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Nota

Eu releio os textos desse blog e vejo perfeitamente, os mesmos como poemas e poesias.

Não é nada demais não, é que eu sempre digo que não sei fazer poesia nem poema. É que eu não vejo como poema. Miopia o nome.

Fala cospindo e ronca pra caralho esses bostas

O meu nivel de stress aumenta pra caralho estando em casa. O tédio causa stress, a depressão causa stress. Logicamente, minha familia causa um stress da porra.

Meu vô veio pra cá essa semana, passar o natal. Todos os filhos dele agitaram pra ele vir. Ninguém foi buscá-lo ou levá-lo. Coube ao meu pai realizar essa tarefa, e ele, bom, ficou mais nojento que de costume. Além da transferência de tarefas para os outros, empurrar coisas com a barriga e toda aquela merda das sumidas dele, o cara me inventou de ficar todo meloso e zeloso com o seu papai. Não pude sentar no sofá pequeno quando meu vô estava aqui em casa, porque ele deitaria no mesmo. Não consegui ficar no mesmo cômodo que os dois por muito tempo, era um show de chorume sendo escarrado da boca dos dois. Religião, política, causas sociais e todo esse contexto que é o assunto predileto de leigos em qualquer assunto. Na política, o show de "porque sim" e "porque não" e de xingamentos sem motivo aparente e de chupação de rola à toa é totalmente bem vinda nessa casa. Todos fazem isso. Ninguém sabe dizer, por exemplo, se o dólar interfere ou não nas contas publicas nacionais. Nas crises e afins. É foda. Na religião, o show de contemplação por Cristo é outro negócio além do normal. Meu vô foi alcoólatra por anos, e, bom, encontrou Jesus. O nome do meu vô, é Jesus. De verdade. E ele já tentou ser pastor e tudo mais. É cada uma. E ele é daqueles neuróticos e fanáticos. E rabugento. E louco. Toda refeição, após comer quando quer, o que quer e porquê quer, ele solta um caloroso "graças a deus". Passa aos ouvidos e olhos despercebidos, mas é quase que uma provocação à quem comprou, cozinhou e serviu aquela merda pro velho. Mas como todos acham lindo ele cagar na cara de quem fez a comida, então vamos pra próxima. Ele tem uns 8 livros da bíblia decorados. É estranho pra porra. Pra mim é anormal. É porque eu também sou escrotissimo e detesto esse tipo de gente que idolatra e tal. Sei lá, eu devo tá é incomodado além da conta.

Bom, além de não poder viver uma vida normal dentro da minha própria casa quando meu vô tá aí, tive de ouvir calado e com o dedo na cara "procura Jesus meu filho, quando você precisar, não vem corre pra baixo do chinelo não. Deus não é mole não. Não se brinca com deus." ninguém sabe que eu sou ateu aqui em casa.

Então o velho ta louco.

Chega o fim de semana, passam-se as noites que os leigos letrados em porra nenhuma, né, falam mais, e, bom. Hora de dormir. Os gordos vieram dormir aqui. Serem inconvenientes. Mais ainda. Além de um belo casal de bosta que prova que o casal que segue a igreja, a tendencia é mesmo se afundar em merda, são isolados do resto do grupo e ridiculamente falam cuspindo e falam alto. Adoram reclamar do luxo que tem sob os outros.

Aliás, rapidinho, isso é pro meu irmão que adora reclamar que é incompreendido, não tem direitos e não recebe carinho e blá blá blá, vai se fuder. Ele reclama que não tem espaço para ele, mas a cama com cabeceira, com o melhor colchão, a cômoda cheia de bonecos dele, o hack que é cheio de coisas do mesmo e grande parte do lixo acumulado na sala e quarto, é dele. Palmas à hipocrisia.

Lembrei da vez que eu briguei com ele, porque ele, bom, é o "adolescente problemático que odeia os pais" da casa. Mesmo com 22 anos. Nem eu que to na idade, sou assim. Brigamos porque ele chamou minha mãe de filha da puta na cara dela. Porque ela deixou a marmita dele fora da geladeira. Ele multiplicou tanto isso. Tanto. Essa raiva nada a ver, e descontou nela. Ridiculissimo. Eu comecei a gritar com ele, perdendo a linha. Mas firme. Não tremi a voz. O sangue ferveu, gritei que ele era um bosts comparado a qualquer um nessa casa, quer pagar de adolescentezinho incompreendido, que vá para a casa do caralho ver se alguém compra esse papel de bosta que ele faz. O argumento dele na treta? Que eu não deveria falar nada nessa casa, já que meu pai paga minhas coisas. Minha escola e meu curso. É. Triste. Nada ver o bagulho. Essa é a imagem que ele e todos têm de mim em casa. Lembro que a Renata, e a Luana, pegou no braço de seu respectivo namorado e apertou, pedindo calma, paciência. Pára com isso. Eu peguei minha toalha e da Renata e entrei com ela no banheiro. Meu irmão ficou na cozinha, tomando espaço da mesa na hora do jantar. Mas todos tinham saído de casa com a briga. Minha mãe sumiu por 2 horas, meu pai, por meia hora. Meu outro irmão foi pra casa da namorada. Voltou no outro dia.

Ela me abraçou e eu a abracei forte. Cochichamos no ouvido um do outro que não dava mais, mas tínhamos de aguentar esse bosta. Choramos de ódio. Raiva pra caralho. Mesmo. Entramos no chuveiro, sentamos e damo-nos banho um no outro. Transamos ali no chão, mas não vem ao caso. Saímos do banho e tivemos de ouvir muita indiretinha idiota. Dormimos na sala, deixando o quarto para a corte real. O rei e a rainha da merda.

Palmas aos babacas.

Acho que deu pra transportar um pouco do asco que tenho dessa família no texto. Obrigado à quem leu. Desculpa por lhe fazer sentir esse sentimento tão horrível.

Sonho de 27/12/2013, dia 132

O sonho começa comigo vendo umas fotos suas no meu celular, que você tinha acabado de tirar, fazendo umas atividades para o seu trabalho. Era fim de ano letivo.

Me teletransporto instantaneamente para onde as fotos foram tiradas, no exato momento onde foram tiradas. Chego ali na escola, que não era a sua do médio, mas podia ser a do trabalho, e ninguem fala comigo. Vou simplesmente entrando. Me olham, mas devem achar minha presença absolutamente normal ali e seguem fazendo o que estavam a fazer.

Chego à sala onde você estava trabalhando. Ah, lembrando, eu não estava nem de bigode nem de cavanhaque, exatamente igual quando eu estava contigo. Enfim, chego na sala, todas me olham, menos você. Você estava andando pela sala e de costas pra mim. De frente pra janela. Enfim, sentei na cadeira que estava mais próxima à você. Tu dás mais uma voltinha e senta na cadeira atrás de mim, me abraça por trás e encosta a cabeça no meu ombro. Automaticamente, faço um carinho pelo seu rosto inteiro e pelo cabelo, bem devagar, porque eu sei que ou mexo pouco no seu cabelo, ou ele arma inteiro. Você retribui com beijinhos nas minhas costas, na nuca, carinho na bochecha e cheirinhos no cangote. Nada além do que eu já sabia que você fazia. Nada além do já conhecido.

Ficamos ali por um bom tempo, as meninas, que estavam no computador lá na frente, pareciam mexer numas linhas de uma música, mas ignorei tudo isso. Meu foco era você. Eu virava de 15 em 15 segundos pra te dar beijinhos. Que eram correspondidos e bem gostosos, como os que já sabia que era. Mas eram só beijinhos, carinhoso. Com a saudade que estava, não queria só selinho pra cá e pra lá. Ah, você leitor, deve ter notado que ninguém falou comigo o sonho inteiro. Mas é isso mesmo, não esqueci de colocar nada, realmente não se dirigiram à mim o sonho inteiro. Ninguém mesmo. Nem ela. Enfim, acabou que eu virei e entre um selinho e outro, encostei sob seus lábios os meus e, entreabri nossas bocas e tentei passar a língua. Você foi pra trás, assustada. Arregalou os olhos. Todos os dois. Levantou da cadeira caminhando pra trás. Os braços abertos. A boca entreaberta. Seca. Você bota a mão na cintura e muda de cara. A cara agora é a de quem está puto com um cachorrinho, que tá puto, mas sorri de canto de boca e termina fazendo carinho no bicho. Você fazia muito essa cara pra mim.

—Thomas?

Thomas? Quem pergunta sou eu, que porra é essa? Toquei o meu rosto inteirinho pra ver se realmente não era outra pessoa. Meu nariz ali, meu olho ali, meu cabelo bagunçado. Além de tudo isso, meus óculos eram a garantia maior de que eu não estava louco nem ouvindo coisas.

Levantei e fui direto no seu pescoço e, dei uma controlada, abaixei a mão e empurrei você para o lado pegando nas primeiras costelas. Saí puto e suando e batendo forte em qualquer um que cruzasse meu caminho. Passei no meio de salas de aula e empurrei pra parede umas 3 ou 4 pessoas. Você vindo atrás. E outra garota, que não trabalhava com você, mas que era sua amiga da escola também vindo.

— Thomas, por que você fez isso Thomas?

Eu suava feito louco, estava meus olhos faltavam sair da cara, de tanto que eu os pressionava. Fechei a cara. Ali, vi que meu bigode voltara. Era eu. Hoje. Puta, agora sim.

Passando por uma sala ou outra, batendo na parede e nas portas, ouvi você rindo, aquele risinho irônico que você tinha quando queria me irritar.

— Você é ridículo. Ridículo.

Você agora sim, falava comigo. Então, eu agora podia falar diretamente com você. Nos seus olhos. Com você.

Cheguei em um corredor e olhei pros lados. Parecia que a escola inteira olhava pra mim com um medo indescritível. Esperei você sair pela mesma porta que sai ali.

Quando você chegou na altura do meu braço, peguei no teu pescoço e te joguei na parede. Me controlei o maximo que pude. Essa jogada já passara do limite, nao podia ir além nem fudendo.

— QUE PORRA É ESSA, QUE PORRA É ESSA CARALHO?? TA MALUCA, TA MALUCA PORRA

— Por que você ta falando assim comigo, Thomas? - me olhando nos olhos

— TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM? TA ACHANDO QUE EU SOU QUEM, CARALHO PRA FICAR ME CHAMANDO DE MERDA, PRA FICAR ME CHAMANDO DE BOSTA

— É O QUE VOCÊ É

Peguei ali na parte do colo dela e apontei o dedo na cara dela, o mais próximo que já cheguei de ser um Capitão Nascimento

— MERDA É O CARALHO, O CARALHO. VOCE NAO VAI MAIS ABRI A BOCA PRA FALA MERDA TA ME ENTENDENDO? MERDA É O CARALHO, QUEM QUE TE TIROU DAQUELA BOSTA DE DEPRESSÃO? QUEM TE FEZ FELIZ? - tirei as mãos do seu colo

— Qualquer um poderia fazer isso comigo.

Botei as mãos mais uma vez no seu colo

— QUALQUER UM O CARALHO PORRA, O CARALHO. NINGUEM TE AGUENTAVA, NINGUEM TE DARIA A CHANCE QUE EU DEI. A CHANCE DE SER FELIZ. DE TER PRAZER PELA PORRA DA VIDA. DE AMAR.

— É verdade, Renna - resmungou a amiga lá dela.

—Lava essa boca pra falar de mim. Lava essa porra dessa boca. Cospe pra fora do prato. Você só faz merda. Quem é você pra botar culpa e dedo em mim. Quem é você. Eu te dei a chance de virar tudo. A rainha do mundo, universo. Você decidiu foder com tudo. Você. Estragou a mim e a você. O que mais você quer de mim. Pra que você faz isso.

Você me abraçou forte e chorou nos meus braços. No meu ouvido esquerdo.

— Que foi... Por que isso agora?

— Desculpa, eu não queria fazer isso.Não queria assim. Desculpa.

Me beijou o rosto três vezes forte. Sei lá o que tava acontecendo.

— Desculpa, é que eu estava esperando o Thomas.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

peguei umas fotos suas aqui ora ver se conseguia chorar. Sabe, é foda as vezes ficar sem chorar e tal. E nao sei pq, mas ver coisa sua ou nossa antiga, me deprime. Não é bem deprimir. Depressão. Nao, é só o chororô. De você só vem lagrimas. Como nao tem um sentimento junto à elas, eu nem sei se é por culpa, dó, saudade, tristeza ou QQR coisa do tipo.

Reparei no quanto voce cresceu. Emagreceu. Seu rosto ficou menos seco e mais coradinho. Seu peito cresceu muito. Sua perna deu uma emagrecida. E você passou de bagacinho à princesinha.

E voltou ao bagaço.

É outra parada

Puta que pariu, que vibe gostosa.

A sensação da certeza que você vai ficar com alguém ou que deu uns beijos em alguém é realmente maravilhosa, né.

A auto estima, depressão some. Some o peso. A dor. A solidão. Dá um calor. É outra parada. O rosto até da uma corada a mais.

Deve ser assim como as pessoas normais se sentem.


E são só uns beijinhos gostosos.

Ah, mas que são gostosos, oooooo se são.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O Nicolas ja foi.

Eita semana porreta.

Cara, dormi no Ygor duas vezes, a mãe dele agora não tem um pingo da apreciação que tinha por mim, da confiança. O Nicolas também ficou puto comigo diversas vezes, senti isso. Clarinho como o leite que buscamos.

Moramos juntos, uma espécie de experimento mesmo. 4 dias em que estive junto a eles, 5 que eles ficaram a Sós na casa do Yguinho. Que experimento gostoso. Nossa química é muito boa, e eu gosto pra caralho do Nicolas. Até de conchinha a gente dormiu. Hetero, logico.

Foi engraçado como acabamos conhecendo gente, saindo e tudo o mais. Não gastamos tudo o que tínhamos e nem ficamos tristes ou depressivos no decorrer da semana. Foi maneiro, bem maneiro mesmo. Espero que aconteça o mesmo quando formos morar juntos.

Semana foi acabando e fomos saindo mais. Ali foi show, bebemos pra porra e eu acabei fumando pra caralho. 3 maços de cigarro em 2 dias e meio, sendo que o terceiro maço acabou era meio dia.

Em compensação, nao fumei mais. Desde domingo não fumo. Não sei se é bom ou ruim, mas eu to com muita vontade de fumar, e desconto tudo bebendo agua. Melhor do que comprar. Cigarro. Embora a vontade não passe nem um pouco quando dou goles e mais goles na agua.

Enfim. Acabou a semana já. E eu acabei na frente de pessoas que eu curto pra caralho e quero fazer bonito, revs e a mina dele, gorfando batata e cerveja naquela mesa de bar.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Hoje o Nicolas vem.

Hoje o Nicolas vem.
É a primeira vez que ele vem e você não ta comigo.

É pra fins estatísticos essa curiosity aí.

Mas ta tão diferente que ele vai até ficar na casa do Ygor. Mesmo nem sabendo o nome da mãe dele.

Tão diferente que em um ano e uns meses eu tô indo morar com ele.

E matar esse :<~~~ que tá foda.

Um textinho no celulari novl

Eu resolvi me da um presente. Uma repaginada nas coisas, nas contas, no cabelo. Novo corte, novas fotos, novos áudios, novos tweets, novas músicas, novos filmes, novo celular, novo estilo de vida, eu acho.

Mudei a foto de perfil pra quase todas minhas contas. Como o celular é novo e fiz um backup do outro, vieram umas coisas. Antigas, mas vieram. Daí resolvi dar uma editadazinha em algumas e botar como de perfil.

O problema, é que, agora que eu fui reparar, todas essas fotos, quem tirou foi você.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Eu me odeio

A Gente quando ta melancólico, fica muito mais reflexivo. Fechado. Metafisico mesmo. Deitado aqui na cama, rolando e rolando, percebi que não existe a felicidade plena. Felicidade é coisa de momento. Coisa de pessoas, em grupo, dividida. Ser só, auto suficiente e feliz, é o mais difícil que consigo imaginar.

Ah, os textos de hoje, não necessariamente foram à Renata. Qualquer um pega e usa com quem quiser.

E me dói pra caralho perceber que grande parte da minha vida, a que eu conto. Não existiu.

A minha vida, é uma mentira.
E eu, sou um bosta.

Hoje eu finalmente consegui chorar, de desespero, mas consegui.

Acendi o cigarro e consegui ver quantas veias estão no meu braço. Puxei a manga e consegui ver o osso do meu cotovelo. Eu entrei em desespero. Levantei a camiseta e vi minhas costelas ali, desenhadinhas. Meus ossos do cóccix todos ali. Vi meu próprio esqueleto. Ótimo. Vidão.

Joguei o cigarro fora, corri pro banheiro me olhar no espelho. Era tudo de verdade mesmo. Incrível como eu tô um bagaço.

Não preciso de ninguém, sérissimo. Eu tô naquela parte da conformação. Naquela de receber um sorriso, sorrir com os lábios e voltar ao normal. Receber um elogio e só conseguir dizer obrigado. Não ter sentimento na palavra, sabe qual que é? Então.

Fudidos, eu, você e nós todos estamos. Não consigo nem mais escrever. Não vem as idéias, não consigo organizar direitinho. Deu pra entender, é só ler aí que verá a merda. Tá maluco.

Lost Luster In The Dark

À noite, no escuro
Penso naquele teu jeito
ainda, querendo ou não
Tenho na cabeça o teu cheiro

Precisei tanto de ti
Cuspo tanto aqui
Onde um dia você me fez dormir
E agora fico aqui só a chorar

As músicas românticas que eram nossas
Você já transferiu de pessoa
Tomou autoria de toda minha coleção
De discos e fotos que tirei à toa

Eu fumo esse cigarro contra indicado
Para que possa me dar aquela angustia
O preço que pagarei será ser velado
Quem sabe um dia você possa chorar por mim
Como você chorava antes. Mas de verdade.

O barulho que eu ouvi vindo do seu peito

Eu passo dias
Noites e madrugadas
Em claro, vendo lembrancinhas
Momentinhos e gargalhadas

Dia pós dia procuro descobrir
Ao menos desvendar
O mistério que tornastes

O que é felicidade, se não a vivemos
Ou será que vivemos e esquecemos 
logo após o big bang e os ventos

É difícil ainda mais na minha cabeça encucada
Lembrar de algum sinal de perda ou caída
O barulho que ouvi vindo do seu peito
Era só o relinchar da sua barriga

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Lázaro e eu.

O Lázaro, é a benção e a maldição da minha vida. Todo mundo deveria saber isso.

Eu devo ter umas doze personalidades na minha cabeça. Não sei se chega a ser uma personalidade mesmo, ou se é uma atuação. Ou se é a internet mesmo. Ou a escola. Alguma coisa.

Eu sou

  • Lázaro, da timeline, 
  • Lazro, das replys, 
  • Lazo, das dm's, 
  • Lazinho, o ombro amigo, 
  • Laz, o amigo dos amigos, 
  • Lazaro, do fb, 
  • Alexandre, eu, o formado pela Renata e para a Renata e família, 
  • Xan, o Lazaro ao vivo, 
  • Alê, o Lázaro da timeline em carne e osso, 
  • Xandão, o da família, 
  • Chan, o filho quieto e ingrato. Enfim.


Acontece que, você, matou todos estes aí que estão na lista. Formou um Alexandre, e o pré-Xan. O xan, jeito que você me chamava, é o pós-você. Enfim, dá pra entender. Você me transformou em um bonequinho manipulável. Um cachorrinho. Manipulado.

Pra resumir tudo e eu tomar logo meu remédio pra deitar, você odiava quando eu jogava a culpa na morte do Lázaro, meu orgulho maior, minha obra inteira, em você. Mas era você, o bloqueio. De tudo.

Agora eu tô descontrolado, sendo pura e absolutamente A B S U R D A M E N T E um doente mental. Louco. Bad ass to the fuckin bone. Cuspindo no meio da sala. Batendo com o pé nos peito de qualquer babaca. Isso é errado.


Essa porra n]ao me traz buceta.

Eu to de boa


Mas o rombo que ta no meu peito e as cicatrizes na minha cara que acumulei nessa guerra de merda que sobrevivi.

Esse sou eu. Não to acabado nem nada. Sou só eu, de boa.



Depois de você, acho que já foram uns 600 cigarros fumados, pra mais. Ou perto disso.
Comecei a ter crise de ansiedade. Emagreço sem esforço nenhum, engordo com todo esforço do mundo. Insônia forte pra caralho. Sério. Durmo coisa de 2, 3 horas normalmente. 6 com remédio. 8 com remédio e imensamente cansado. Olha o tamanho da porra da minha olheira.
Eu tenho paralisia do sono uma vez por semana. Eu tenho pesadelo 3 vezes por semana, são pesadelos seguidos. Tipo, durante todo o sono, eu morro umas 2 vezes, dá alguma merda umas 3 vezes. Sei lá, pesadelo, manja. Depressão, pô, só não tá diagnosticada porque eu nunca fui em alguém licenciado pra diagnosticar. Falta de ar é frequente. Lógico, fumando e meio que não sabendo respirar. E, bom, com isso, eu quero mais é que se foda. É o único jeito que consigo meio que me suicidar. Lentamente, com todo um processo de aceleração de células cancerígenas. Não tô surtado, desde o início, essa era a ideia. Quando dói o pulmão, eu costumo fumar o dobro.

Tô agora com uns surtos meio loucos de raiva. Eu lembro de você, até aí ok. A imagem que criei de você, etc e etc. Aí vai passando toda a porra da nossa cronologia. Advinha. Chega até esse bosta aí. Você, que tanto jurou, tanto prometeu, dando pra outro, e sequer tendo a vergonha na cara de já dizer que ama. Eu já descontei em um monte de areia. Já descontei em paredes. Em mim mesmo. No fim, respiro fundo, me acalmo, e volto ao normal. Aconteceram três vezes só ontem. Não sei se foi o Sol, se foi alguma bosta do tipo, sei lá, sério mesmo. Nem é porra de querer ~me mostrar~. Quem lê essa bosta, sabe que é privilegiado. Que chegou até aqui e não foi à toa. Procurou saber. Se procurou saber, é porque tem coisa pra ler. Eu. Sou eu quem você lê. E eu tô aí. 

É tanto problema que eu tô tendo. Pouca solução. Tenho que me virar sozinho. Só. Tô procurando outra pessoa, mas ao mesmo tempo, vivendo tranquilamente. Aprendendo a viver.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Filha da puta, cuzona, ingrata do caralho

eu to escrevendo de dentro de uma sala de prova de vestibular. penso em voce assim que o sol nasce e eu nao posso, sabe, mais ter a lembrança de voce.

eu continuo num rio de magoa e amargura que tenho na boca desde que nasci, parece. deve ser o cigarro. voce disse que decidiu cuidar das minhas feridas, mas foi voce quem chorou e queria que tudo ficasse bem depois do nosso primeiro beijo. ce deve ta maluca.

eu assisto os filmes que voce gostava com um gostinho de vinganca na boca. eu que devo ta ficando louco.

ainda penso relativamente muito em voce. quase que o tempo todo. eu sinto meio que sua presença me protegendo no decorrer dos dias, quando eu to louco, vem um sentimento de merda que nao posso assumir, mas sei que é um bloqueio que voce deve ter colocado em mim. era pra eu ter dado em cima da marif. voce impediu.

inacreditável. trocamos mesmo de lugar.

e voce ta na melhor, absolutamente na melhor.

puta merda me dói pra caralho te ver ali. filha da puta, como eu ainda gosto de você. é até brincadeira fala uma porra dessas, mas voce ainda mexe comigo.

Todo dia um pesadelo

sonhei hoje que voce vinha na minha casa, deitava sobre meus pés e chorava. me beijava a boca e dizia que gostava muito de mim, mas que nao podia demonstrar por causa do seu facebook. seus amigos e sei lá mais quem iria ver.  voce chorava pra caralho. eu lhe dei carinho e, bom, ouvidos. a gente conversou e conseguiu matar todas as saudades. achei ok tudo aquilo, já que foi uma das nossas melhores transas que viriam a seguir.

pensar que eu nem tava pensando em ti, mas tu insistes em me atormentar.

sábado, 30 de novembro de 2013

Dois anos desde aquele beijo ouvindo Villa Lobos, ta maluco

Eu fui escondido ao nosso banco, onde a gente se beijou, no nosso parque preferido. Olha, eu acho que chorei, senti o ódio, a dor, a pena, sei lá. Aquela porra daquele banco ainda carrega T O D A energia nossa que tínhamos ali.

Não apareceu Autumn nem nada, só lágrimas, bitucas e bitucas de cigarro.

Depois de umas 2 ou 3 horas eu simplesmente levantei, me espreguicei e vi, o quanto aquela realidade tava longe de mim. O quanto tudo tava longe, sabe.

A mãe do Ygor, claro que tinha razão. Eu procuro a dor. Infelizmente. Eu procuro a dor desde datas até na porra daquele banco, que tanto significou pra mim, e que hoje, sei lá, é só energia ruim. Olha, sendo o mais claro possível, o mais fácil de se entender mesmo, eu odiar você é o sentimento mais natural. Uma aversão do próprio coração a você. Eu ser "imprevisível", não ser eu ou quem eu era ou levar a vida que um dia você me ajudou a construir também são mais tecnicas de defesa que qualquer outra coisa.  O que digo, é que tudo o que se vê, é claramente o não compromisso de querer você falando. Existe ainda, óbvio e é inegável que exista, a porra da vontade do ontem. Pessoas que me conhecem sabem que eu tenho isso e é coisa minha com qualquer um. Agora em relação a nós, eu amaldiçoou toda santa lembrança sua. Sério mesmo. De verdade. Por quê? Por tanto ser um babaca, quanto pra não me machucar. Eu mais aprendi nesse meio tempo a não me machucar do que qualquer outra coisa. A evitar a merda. Não mudei em quase nada.
Claro, a minha conta de cigarros não para de aumentar e eu tenho maneira melhor de me matar gradativamente. Odeio fumar, qualquer um sabe, mas é o que eu consigo fazer, sabe. Não consigo passar a faca no pescoço ou atirar na própria cabeça ou tomar algo. Consigo fumar. E sentir, o gosto do caixão descendo pela garganta.

Eu áinda quero ficar por perto de quem eu gosto e que eu acho que seja recíproco. Não consigo. Não sei o que acontece.

Ah, importante ressaltar. To tomando remédio pra dormir. Eu to tendo espasmos e muito choro. Resultado da insonia e do dormir pouco. E porco.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

To prevendo uma onda fortíssima e massiva de tristeza pros próximos 5 dias, alguem me segura

Meu irmão disse que eu encontraria uma pessoa que mudaria minha vida. Aí eu ficaria de boa. Aí eu ficaria bem. Esqueceria.

Acontece que, além dele, dezenas de outras pessoas já mudaram minha vida. Brigado por tudo. Mesmo.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pelozz amor de deus, eu só quero ir

Hoje eu descobri que você já tem uma outra pessoa. Não sei quem. Ela parece nao ter nome. Ela parece não ter identidade, parecer nem nada. Ela parece.



Eu.

Enquanto você ficar me dando essa porra desse calote babaca, eu não vou parar de lembrar de você, tá entendendo, fia?

Puta que pariu essa pagina branca aqui dessa porra desse blog ainda vai me dar um ataque do coração.

Sei lá, é tanta porra ki eu tenho pra bota aqui, eu já nem sei o que é cu, o que é pau, o que é saudade, o que é descarrego, o que é nostalgia, sei mais de porra nenhuma.

Seguinte, hoje eu parei pra, né, depois de alguns dias, dar uma olhada nas tuas coisas. Porra, essa lavagem cerebral foi muito boa pra você, sério. Te revitalizou, te fez se sentir linda, te fez se sentir melhor. Te fez se sentir mais disposta, quem sabe parou de tomar o anticoncepcional (que eu tanto pedi pra você parar com aquela merda que tava te fazendo mal e estragando nosso sexo). Quem sabe dá pra caralho, é feliz na cama, como quando era comigo. Quem sabe, manja, eu não sei mais de porra nenhuma. Nem quero, na moral, não quero. Eu quero as minhas coisas. Com as minhas coisas, MINHAS, não suas, não nossas, eu vou finalmente me recompor. Se você quiser logo essas porras, que fiquem contigo. Que fiquem pra você e que queimem na porra do amor de mentira que você teve comigo.

Ow, sério, as vezes eu me pego pensando assim "caralho, mas eu e ela estávamos ali, manja, eu e ela, interior mesmo, não o exterior, estávamos quase que casados de verdade, sabe, morando ali, juntinhos, sabe, porra, amor pra caralho, sofrimento de verdade, tudo real. E você me vem dizendo que era tudo mentira? Que porra é essa, mano, que PORRA é essa?", mas eu dou graças a deus que é passageiro, sabe,que vai sempre. Na verdade, verdade mesmo, eu, Alexandre falando, Xan falando, de corpo e alma, coração, eu realmente fico inconformado com isso. Sabe, eu gostava tanto de você. Amor, sério. De chorar e ficar puto das vezes que seu irmão ficava "eu não sei se o que esses moleques sentem é amor", sabe. Absurdo ele duvidar de tudo que eu fazia com você. Por você. Porra, cê me usou mina, manja. E não foi pra uma coisa boa. Você brincou comigo, riu da porra da minha cara. Quer ser porra de amiguinha? Não. Eu quero fuder você, sabe. Caso eu chegue perto da sua boca, eu quero lhe beijar, te dar amassos, te esquentar, te fuder, puxar-lhe os cabelos, e chamar de cachorra, como você gostava. Não chega a ser um absurdo isso, visto que você era a coisa que mais me dava tesão na face dessa terra. Sabe. Entende a gravidade que se tornou a porra dessa sua picuinha, desse seu brainwash ridículo? É, me fudeu pra caralho. Te fudeu pra caralho. Manja. E eu quero que você se foda. E que eu, principalmente, te foda.

'Eu não entendo. É um sentimento que me dá e parece que você some. Não que eu te esqueço, isso jamais, é que simplesmente eu não sinto amor, nem ódio, nem rancor, nem saudade, nem pavor, nem medo, nem angústia, nem outros mil sentidos. Me aperta o coração. É  como você estivesse tão longe que eu não te sinto respirar. Vem logo depois do ódio. Parece que eu não tenho alma, que estou vazia. Eu só consigo chorar. O papel do banheiro está acabando. Um gole de água. Eu sinto muito, minha cabeça deu um nó. Mas se não tem nome, pra sentir? Me dá aflição. Muitas coisas são inexplicáveis. Você me parece tão distante do que eu gosto. Eu não entendo. Eu não me entendo. Eu não te entendo.' Isso você disse em setembro do ano passado, há mais de um ano. Sabe. Mudou tanto assim em um ano? Nossa. Tenha dó. Sério.Eu lembro da gente assim, no pós sexo, no sofá deitados, com o rosto bem coladinho, abraçados, chorando de amor, sorrindo de amor, sabe. Eu lembro de tudo isso. Lembro de você me jurando o mundo. Lembro de você dizendo que me amava. E muito. Dizendo que era a melhor coisa do mundo. Eu... Eu não consigo não chorar pensando nessas porras. Olha o que você fez, você me matou. Atirou à queima-roupa.

'E ao te ver desse jeito, iludido por idéias próprias e falsas, meus ouvidos se cegaram. Basta uma música de amor preu lembrar de coisas pequenas, mas que eu senti ali que você me amava. Pra onde você vai com isso que você chama de amor? Não sei, mas eu não irei contigo. Não irei junto a esse seu amor pesado. Molham meus olhos, mas nenhuma lágrima escorre. Eu já não sei mais onde ficou a gente.' Eu lembro dessa vez. Dessa aqui, pouco antes da gente terminar pela primeira vez. Lembra? Eu te amei, pra caralho. Muito mesmo. Queria sabe o que de você? Amor. Meu crime foi amar, caralho. Eu saí do trabalho mais cedo, falando que tinha que ir no cartório e tal, ver meu título, coisas afins, e fui correndo pra porra da sua casa. Lá, você me atendeu, fria. Deitamos juntinhos, eu cantei pra você, disse que te amava, e você ficou contornando meus olhos com os dedos. Minha boca. Meu peito. Quando voltou à boca, me deu um beijo xoxo, quando voltou aos olhos, chorou. Pra caralho. Disse que não sentia nada. Não tava achando o amor. Só vazio. Eu te abracei mais forte ainda e disse "me desculpa, eu te amo, não quero teu mal. Eu só quero, que isso aqui que eu e você sentimos, essas coisas que a gente tá passando, passem e que a gente possa finalmente ser feliz, ter nossa vida simples, mas cheia de amor. Nossos filhos mais lindos. Nossa casinha cheia de nós, fotos, cameras, música e vitrolas por todos os cantos, crianças correndo pra lá e pra cá, enquanto a gete se ama, enquanto a gente só tem tempo pra cultivar ainda mais o nosso amor. Eu quero você, pra passas o resto da vida comigo, eu quero você, pra fazer feliz, quero você, pra me fazer feliz. Eu quero só você, é você. O mundo inteiro sabe que é só você, sabe, não preciso mais de nada. Eu já provei a mim mesmo que é você, já provei ao mundo que é você, sua mãe, seu irmão, seu pai já sabem que sou eu quem ama você. Você..........Quer passar a vida comigo?" e em meio à tanta lágrima, à tanta falta de ar, pressão baixa e dor, você balançou forte a cabeça sem nem pensar duas vezes. Eu perguntei, sério, chorando de felicidade, sorrindo "vamos casar, por favor, vamos casar e fazer um ao outro feliz?????" e você me beijou. E ali, ali, naquele sofá, deitados, abraçados e apaixonados, nós nos encontramos. Encontramos, juntos, o amor. Nos beijamos tanto. Você não estava menstruada, nem iria. Era você, inteira ali. Pra mim. Me beijando. Aquele beijo gostoso. Eu fui teu. Você foi minha. Cuidei de ti. Você não cuidou de mim. Sabe. Filha da puta. Eu odeio você por isso. Sua mãe concordou comigo em vários aspectos quando me ligou. Eu, sério. Não entendo. Você mudou tanto, quem te mudou? Quem mudou suas amigas. Quem mudou. Nossa, você realmente tá ali pra, porra, pra ser assim? Precisa despirocar? Se controla, caralho. YOLO de cu é rola. Se controla. Onde foi parar essa porra desse amor seu. Onde...

Eu voltei a fumar, muito mais, que antes. Eu fiquei numa merda imensa depois de ti. Crise de ansiedade, paralisia do sono, falta de ar, tristeza. Depressão.

"

no dia em que você não me quiser mais
acorde bem cedinho
me beije de mansinho
tire o meu cobertor
e me cubra de amor
me force a dançar
me balance como o mar

olhe para estante
e veja a foto que você tirou
das minhas pernas entre as tuas

perceba que você se enganou
dai eu vou saber no mesmo instante
que durante muito anos você me amou
e que vai me amar dali em diante"

Você não fez isso pra mim.


Viu? Você é cuzona.


3 meses dessa porra. Um mês de calote. Você é uma filha da puta. 

Queria minha vida de volta, poderia esquecer tudo isso. De verdade. Mas como não vai acontecer nunca, eu quero mais é que você se foda.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sonate Nr. 8 c-moll Opus 13, Pathйtique (Pathetique) - Grave

Ouço as músicas do Glenn Gould e é imprescindível que não pense no Pedro.
Pedro, caro leitor, era o namorado da minha sogra. Tanto Renata quanto Wladimir quando D. Edi, diziam que o Pedro era eu com mais de 60 anos. Incrível eles dizerem isso, pensava eu, tem nada a ver. Mas no final, tem tudo a ver.

A coleção que o Pedro tinha de DVD's, CD's, LP's e compactos era gigante. Assim como a minha, só que em formato mp3. O fato de ele morar sozinho e meio que angustiado é muito, mas muito equivalente à minha vida. Ao menos, neste momento. Ouvindo as versões do Glenn Gould das músicas do Beethoven, no qual consta no título deste texto, tenho a vontade infinita de convidá-lo para uma tarde regada a café e uns 3 ou 4 álbuns do Glenn Gould. O Pedro gosta mais das versões em que a orquestra inteira toca. Quanto mais, melhor. Mas me sinto repleto de vontade de apresentar Glenn Gould ao meu amigo.

E aí entra o drama.

Como convidá-lo? Não tenho o número. Trazendo ao mundo real, teria de ligar ou para a D. Edi, ou para a Renata. Lembro que Renata ainda não me deu nenhum retorno quanto as coisa que pedi. Fico puto. Filha da puta, ela não tem o mínimo de consideração. Desvio do foco. Pedro. Bom, penso em ligar para a D. Edi, ela é muito gentil comigo, seria, no caso, caso eu ligasse pra ela. Acredito que não me passaria o número do Pedro, visto que, ele é "próximo" à Renata e ela rapidamente faria a associação errada de que iria ao Pedro para chegar à Renata. Fico putíssimo, não posso nem ao menos mostrar ao Pedro a minha descoberta. Ele, que já ouviu tanta coisa, que já está cansado dos velhos estilos de 60's, 70's e 80's. Ele que só ouve erudita e música que toca nos SESCs do ABC. Por que não posso?

Penso novamente em ligar para a Renata, pedir minhas coisas, praticamente implorar para ela ter o mínimo de senso e me dar um retorno, ser coerente. Assim como Laura fez com o Rob. Penso em como os futuros genros que a D. Edi possam ser. Claro que mais alegres, interativos que eu. Isso é mais que óbvio. Querem entrar para a família. Tiveram outra criação. Querem foder a Renata de 20 em 20 minutos, e ela foderia numa boa. Penso, em como se encaixariam os novos genros que D. Edi teria. Não se encaixariam. Não ouviriam e estariam tão abertos à um mundo tão novo. Exceto que, já estejam inteirados deste universo. Difícil. A pessoa que ouve MPB e vai à SESCs não estaria aberto à música erudita. Tampouco da música francesa. Tampouco dos forrós que D. Nelita, a falecida avó da Renata, gostava de ouvir. Uns baiãos muito bonitos. Olha, tampouco à alimentação. Comer ali se torna complicado se você está acostumado à churrasco e farofa. Olha, é foda comer ali. Ainda mais se ela optou por continuar sua peregrinação no vegetarianismo. Aí o cara tá fudido mesmo. E a relação com o Pedro. Nossa, o cara não pode estar tão aberto à novas coisas e dar de cara com o Pedro. O Pedro é uma entidade, não uma pessoa. Sério. Quem, com 60 e tantos anos, pode correr meia maratona por puro esporte, fazer ioga, ir ao concerto na cidade vizinha e ainda foder por quase uma hora e meia, tudo no mesmo dia? O cara é um mito. Deve ser constantemente exumado e santificado. O admiro, e me pego, ainda hoje, pensando, caralho, ele sou eu. Eu QUERO ser assim. E, sei la, meio zuado. Mas eu aceitaria, sabe. Ele passou pelas mesmas coisas que eu. Sei lá, osso. Onde parei? Ah sim, genros. Futuros genros. Noras talvez. Sei lá onde parou o fio da meada dessa garota. Enfim, acabo de me pagar numa metafísica muito da louca e questiono, caso Renata encontre alguém infinitamente melhor que eu, i n f i n i t a m e n t e  melhor que eu, ela o amaria? Mais? Menos? Equivalente. Igual. Ou pior em tudo. Melhor em tudo. Será a submissa? Será a "dominadora", como foi comigo? Você tinha medo de se apaixonar por não saber como era o amor. Negava-se ao que estava escrito no dicionário e nos livros. Acreditava nas músicas. Nas pessoas. Amantes, sabe. E me vejo revirando o passado para ter, enfim, a pergunta de um bilhão de euros. Você, realmente, aprendeu a amar? Amou? Quem? Eu?

Eu não ligo muito, mas me dá um negócio no peito, imaginar que tudo isso, foi uma completa mentira.

sábado, 2 de novembro de 2013

Lista de Promessas pra 2014

Já? Já.
— Trocar de celular
— Trabalhar e ganhar muito dinheiro nesse trabalho
— Alguém
— Não beber (pouco)
— Não fumar (tanto)
— Começar a dormir antes de amanhecer
— Virar gente
— Estudar pra caralho
— Viver bem pra caralho, mordomia, fartura, dinheiro e buceta
— Viver sem problemas como crise de ansiedade, depressão
— Não chorar tanto
— Um emprego que me dê dinheiro
— Ser melhor, pra mim, pra alguém, pros amigos, pro mundo
— Cueca vermelha não dá certo em ano novo
--Espaço pra mais promessas--

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Poetica do Amor

Nosso amor foi como uma poesia
Que floresceu naqueles versos
Morreu neste inverno
E que durou enquanto era dia

Nosso amor era como poesia
Em que tudo pareceu mais belo
Os beijos eram mais ternos
E que só dormíamos quando raiava dia

Nosso amor foi poesia
Lembro de quando você me amava
De como eu te cuidava
E que hoje, nem ao menos ligaria

Nosso amor foi uma sangria
Morreu quando você recuou ao chorar
Lágrima por lágrima, todos os dias
E que não consegui ao menos lidar

Nosso amor é uma poesia
Começou lindo e sob o luar
Beija-te enquanto dormia
E que até arrepia ao lembrar

Nosso amor, eterna poesia
Onde sozinho, aprendi a nesse mar, remar
Onde sem saída, sempre cedia
E que até hoje, não sei rimar

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Passou dia 28, 16 e sei lá o que mais

Eu recomecei a ouvir rap e beber em casa, melhor companhia minha em casa, é um bom copo de whisky vagabundo e um cigarro que desça suave. Tô pensando em compra um cachimbo justamente pra Curtir O Fumo, tá ligado.

......10 grau 5 da manha sem problema se ela nao morasse em diadema.........

Eu tô bêbado, antes de qualquer coisa. Dois copos de whisky me deixam em um estagio complicadíssimo, começo a suar e tudo mais. Sei lá, me da uma vontade de Respirar Ar e com o pulmão mais que fudido, eu não consigo nem ao menos RESPIRAR.

É mais um relato de Como Eu Estou que qualquer coisa isso aqui, ok leitor? Eu to me preparando pra quando voce disser "ta tudo separado, quando eu te entrego?" e finalmente olhar no seu olho e sentir a sua dor, minha glorificação, minha vitoria. Eu to colando em tudo que é lugar, andei dois dias com os aviãozinho e fugueteiros das duas bocas que tem na rua. Firmezas os moleques, mas olhando pra trás, eu vejo o quanto I Broke Bad sabe. Vou à bailes funk pra beber e me acabar, vou aonde tem bebida. Não transei com ninguem ainda, penetração e tal. Quero fuder, e muito.

Mas em São Paulo, deus é uma nota de 100, vida loka.

Vamo Brinda O Dia De Hoje Que O Amanhã Só Pertence À Deus

Semana que vem eu pretendo comer uma mina. Qualquer uma. Pra descarregar mesmo, tá ligado. Não tenho esquema pra nenhum final de semana mais. Nenhum pião. Os moleques das bocas aqui da rua trampam. Os da escola, nao me convidaram, imundos. De resto, nada. Sábado vou ver a Gabi, queria sentar a rola nela. Ah, se você aí tá lendo e se perguntando "cadê o amor a dor", amigão, sou eu, e eu preciso comer buceta. Quantas for. Como for. Quem sabe até a da Renata, mas preciso. Se vou broxar? Sei lá jao, to tão de boa que só como uma buceta enquanto estou louco, e saio. Fumando um maço antes e depois. Aliás, esses dias eu consegui chegar a marca de dois maços em um dia só. Estudando, um cinzeiro do lado, sim, foram 40 cigarros em um dia. Foda.

Desde que voltei a fumar, tudo ficou diferente. Fiquei indiferente quanto a você, mas o mundo me parece muito mais doloroso que antes, do mesmo jeito que dói as feridas do meu pulmão, que não consigo nem respirar direito. Foda. Fudido. Eu.

Eu to bêbado, leitor, me perdoe caso algo esteja extrapolado, mas são só assuntos de umas confissões de bar.

Eu, ouvindo rap, racionais dos anos 90 e o Nada como um dia após o outro, me faz pensar muito aqui na minha região. Pretos, pobres, fudidos. Pegando fruta no cacho, cheirando com 11 anos. Esse era eu, esse é qualquer neguinho que nasça nesse bairro. Nessa rua. Um possível fudido.

Eu tô deitado em cima do notebook, mil reais nessa porra e eu deitado em cima. Eeee cachaça.

O que mais me fode em relação a voce, é que você se permanece Perto, enquanto a sua imagem está longe. Vou explicar. Eu, sentado no sofá aqui, suando, tentando pensar em você, só penso em você como uma lembrança bem distante. É involuntário, juro. No mesmo plano que minha oitava série, ou a lembrança mais antiga que tenho de mim (tentando andar de bicicleta na rua, chegando em casa todo suado, e a minha festa do Tarzan está toda em pé, linda), juro. Você louca e toda chorando na festa, lembro como se fosse 2006. Sei lá. Na mesma qualidade que um vinil. Que tá com você. Caloteira.

Estou acostumando a ficar sozinho. Estou começando a ser assim, sabe. Claro, às vezes, quando estou sem camiseta, bate um vento gelado e o buraco dói, mas nada que devemos nos preocupar. Nada que a fumaça e a nicotina do meu cigarro não possam resolver.

Tô te dando uma semana a mais do prazo que você pediu. Quero ver qual será a hora em que você vai querer me ver. E eu, não sei como me comportaria, e, caso você pedisse pra eu buscar na sua casa, se eu diria sim ou não. Se eu fumaria e jogaria fumaça na sua cara ou se cuspisse nos seus pés.

Eu não consigo olhar pra você, a Reborn, sem sentir um tremendo asco. Eu, pessoalmente, não consigo achar diferença alguma. Sabe. E você também não. É indecisa. Confusa. Mede palavras de um roteiro inteiro que você decorou antes de me receber em casa.

O que eu devia era largar tudo pra gente se casar domingo, na praia, no sol, no mar. Como sempre foi. E fui. Mas o que eu faço é largar tudo, pra jogar uma bomba na sua casa, quando sua mãe e irmão não estiverem em casa, claro, e te matar, nem que seja sufocada, aí.

Que ódio que bateu de você agora, que raiva. Que terror bate à minha cuca. Como não te mato, porque já está morta, mato a sua parte que está em mim. Que está cafona, conservadora ainda. Aqui dentro. E mato. Pedaço a pedaço.

Feita a limpa nas fotos nos computadores, era bacana

Acabei com a tarefa de fazer uma limpa nas câmeras de casa. São três câmeras fotográficas, sendo uma delas, frequentemente esvaziada (a minha). A do meu pai, tem fotos da suposta amante com quem ele supostamente tem um caso há anos. Ok. A da casa, tem foto das festas. E a familia inteira, e eu, e meus pais, meus irmãos, e você.

"Eita, por que você ta aqui ainda?" Pensei. E fui lá bem tranquilo. Limpei umas coisas, separei em pastas, guardei no HD externo.

Seguinte, o bagulho foi em ordem cronológica, mas invertida. As festas em que estou só, o que é recente. Eu, na verdade, hoje. Aí as festas em que não estava lá. Estava com você. Talvez o meu fim, uma especie de ontem. E as festas em que estávamos juntos. Aí que vem as doideiras.

Na maioria das festas, estamos agarradinhos. Você já estava na sem maquiagem, suada, cansada, com sono. E eu, largado. Ah, o meu normal. O desleixado charmoso. Eu era mais bonito naquela época. Naquela época. Um ano atrás e eu já chamo de época. Enfim, éramos o casal que acreditava que o amor era suficiente. Só. E carregamos esse titulo, juntos. Não vou mais fazer paralelo com hoje, já que tudo do anteontem já foi. Não é mais.

Peraí, vou acender o terceiro cigarro.

Pronto.

Pelas fotos, no seu quarto, com suas roupas e minhas no chão, calcinha do lado do armário, cueca do lado da almofada. Isso aí. Posso até arranhar uma dualidade que tínhamos, o São Paulo e o Diadema. Em Diadema, éramos lascivos. Tarados, um pelo outro. Lembra como você mal transava comigo aqui em casa? E então. Esses éramos nós em São Paulo. Diadema eu posso até expandir para ABC. Porque com seus amigos, éramos mais tranquilos também. Éramos mais Liberais, menos conservadores, fechados. Abertos, essa é a palavra. Falávamos sobre nós, até na cama. Em São Paulo, duas pedras. Você se aquetava. Chata pra caralho aos olhos de outrem e, bom, simplesmente amorosa e cheia de carinho pra mim. Não sei o teu lado, o real. Em nenhum momento. Mas você era um docinho, uma companheira. E é isso. Foi isso.

Caralho, a casa tá empesteada com o cheiro de cigarro. Agora que apaguei o quinto, vi que tá foda.

Você era linda, você era bonita, e linda, linda. Musa mesmo. Minha. Musa. Se vestia como uma princesa, que comigo, você foi. Foi muito do porquê me apaixonei, sabe, você era uma deusazona. E não é coisa da minha cabeça. Tá nas fotos. Nas espontâneas, em que estamos completamente desavisados, e, as montadas, que aí sim, você estrelava.

Lembro exatamente o que você sentia a cada foto que estávamos juntos. Aqui no notebook. Lembro em quais delas você estava menstruada, com sono, entediada, com vontade de sair. As minhas também. Quanto tempo estava sem tomar banho, em quais fotos eu tinha acabado de gozar, em qual foto eu estava puto. Em qual eu tinha acabado de chorar.

É distante, muito. Mas lembro de tudo. Mesmo.

sábado, 26 de outubro de 2013

Acho que é o mais sujo que já escrevi, o mais escroto e expurgante. Don't cross the securite line, sir

Eram 5 da manhã de sábado, tinha vestibular logo menos. Parei de fazer missões no GTA e fui andar nas ruas, achei uma puta negona e ruiva, buzinei e ela entrou. Paguei pelos três serviços. Meu pau latejava vendo aqueles peitos estranhamente colocados no corpo de uma gorda puta de um jogo de video game. Botei no celular naquele site que costumo ver porn. Faz tempo que não batia uma, tenho só o 3g do celular, que tá um lixo até pra imagem, e a escola pra ver porn. Na escola não posso bater punheta, logico, e no 3g não roda nem 15s de video.

Botei no video POV de uma morena de franja, lembra de longe a mina do Daughter, pensei que ia ser louco aquela experiência, já que até hoje a Elena só me causa amor (por ela) e lágrimas. Muitas. O video carregou 33s em 15m, acabei desistindo, né. Dá não. Meu pau já tava caindo, quando pensei no que geralmente me da mais tesão, eu e a Renata transando no box do banheiro, eu puxando o cabelo dela e ela arranhando minhas costas enquanto pede para chamá-la de cachorra, puta, qualquer coisa que ela achasse pesada. Voltou à ficar duro e me foquei naquela cena, e na de quando eu te chupava com a janela aberta e o sol batendo nas minhas costas e aquela sua bucetinha linda me implorava pra ser fudida. Eu sei que não deram nem 2 minutos e veio um bloqueio do tamanho do mundo tirando voce da minha cabeça e me botou aquela mina que vi no metro outro dia, uma gravida, magrinha e novinha, a cara da Babi, linda mesmo, e querendo dar pra mim.

Comecei a fantasiar aquela porra, aquela puta chupando meu pau, eu chupando a buceta inchada dela e, enfim, ela por cima do meu pau com aquela barriga linda e o umbigo escondido encostando na minha barriga. Trocamos de posição e eu te comia num frango assado que o bebê parecia dar oi pro meu pau. Gozei quando voce pedia pra não tirar e gozar tudo que eu tinha dentro de você. Pra vir gêmeos. Loucura.

Eis que quando estou me limpando, vem aquele arrependimento, aquela dor no peito. Por que eu não pedi seu telefone? Juro que te comeria do jeito que você curtisse e batizaria o bebê.

Esse ENEM todo ano me fode de algum jeito

São cinco e meia da porra da madrugada à véspera de vestibular. Não consegui dormir. Só tô na cadeira olhando o vazio, ouvindo For Emma, Forever Ago do Bon Iver  e espero a cinza queimar o cigarro inteiro. Não lembro se fumei ele ou não, eu sei que agora ele ta inteiro em cinzas, que nem joguei fora ainda.

Me mexo pra fazer um café. Enquanto esquento a água, cai um pedação de cinza dentro da caneca. Acendi um logo em seguida daquele outro, sim. Desisti de fazer o café, sim.

O Bon Iver tem um som bem gostoso de se ouvir. O problema é que eu já conheço as músicas dele. E elas já existem em partes grafadas na minha autobiografia. Como assim? Bom, eu transei pela primeira vez com a mulher que achei ser a da minha vida ouvindo Skinny Love em looping. Foram 17 vezes no total. As preliminares, o oral, os amassos, os beijos e o pouco de penetração que teve. Eu tive dó de você aquele dia. Voce tava muito desconfortável, gemia de dor e, nunca te contei, mas vi aquela lágrima sua cair no banho, enquanto você lavava seu ventre. Eu, desisti do coito aquele dia. Preferi pensar em você e no quão cuzao estava sendo, caso continuasse até que eu gozasse. Você, deveria pensar assim hoje.

Não vem bem ao caso, você meio que ta tão distante nas minhas lembranças aqui suas, que eu as vezes tenho os piores pensamentos, e não choro mais. Tranquilo. Tranquilo não, conformado, vai.

Já havia desistido do café quando retomei a leitura do livro recomendado pelo meu irmão. Sensacional e excepcional como sempre. Teve uma frase aqui, que encaixa perfeitamente na minha historia, sabe. "Parece que a gente nunca consegue fazer a coisa certa por uma pessoa depois que não está mais indo pra cama com ela. Não consegue enxergar um caminho de volta, um acesso direto ou um desvio até , não importa o quanto tente." e o interessante é que encaixa em mim, em você. Na Jade, No Ricardo, na Isa, no Ygor, na Mariana, no Nicolas, na Julia, na Tuanny, na Nathaly. É uma frase tão bestinha, mas tem uma profundidade que retrata perfeitamente aquela compaixão pelo ex parceiro, ex amante, mas que pela idiotice e infantilidade de ambos, ou pela barreira que criamos para que pare de espirrar merda em nós, não nos abrimos para o outro e não deixamos o outro ajudar-nos. Ou vir até nós. Sei lá, vendo de fora, é errado, sabe. Tudo deve acabar bem. Vendo de dentro, eu simplesmente quero viver minha vida, e que você me deixe.

Olha que merda, 6h08 e eu aqui, com o Bon Iver, chorando baixinho. Por não conseguir dormir, por não conseguir mais carinho de ninguém ou até mesmo amparo, por querer uma pessoa pra dormir comigo, pelo tempo ter passado.

sábado, 19 de outubro de 2013

Dor não sentimental

Voltei a fumar e depois de 200 cigarros desde que voltei, lembrei do motivo pelo qual parei. Além de pensar nas coisas em longo período e filhos e fase de crescimento e em como você era contra. Lembrei.

A dor no pulmão esquerdo. Bem na parte de cima. Voltou a doer agora. É só eu respirar que dói.

E achavam que eu parei por pura vontade. Por querer. Não, amigos, não leitor, é por medo da morte mesmo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Ainda Sou

Já se fazem mais de dois meses desde o fim e eu parei pra pensar o quanto eu evoluí desde o dia 0 ate hoje, dia 60 e tantos. Sim, 60 e tantos já.

Ainda durmo como se você estivesse aqui. De conchinha com o nada, pra cima em posição de morto (era como eu ficava quando você dormia com um sorriso no rosto). Me reviro quando tô pegando no sono em una posição em que não coubesse você, e esse é um segredo só meu.

Ainda escovo os dentes daquele jeitinho que você me ensinou. Por incrível que pareça, é o jeito que mais deixa os limpos mesmo, e você sempre dizia isso rindo da cara que eu fazia de "ah, é?!".

Ainda tomo banho do jeito que você me ensinou. Primeiro shampoo, depois condicionador, depois o banho com sabonete. Isso também inclui as manias que você tinha no banho, cantar enquanto se depila, pentear o cabelo e tentar outros penteados. É involuntário.

Ainda massageio os pés e as costas do mesmo jeito que você me ensinou. As pessoas preferem o seu jeito. E não dá cócegas.

Ainda me masturbo pensando em você nua e no jeito que transavamos. É mais forte do que eu, o tesão que eu tenho por você. E estar deitado nesse colchão me faz lembrar o quanto eu e você o molhavamos de libido e amor. Ia até metade da espuma.

Ainda acordo na ansiedade de você estar logo ali, em pé, na frente da minha cama, desabotoando a calça e vindo pra cima de mim, pedindo pra que eu te torne minha submissa.

Ainda ouço ecoar pelas paredes do quarto os seus gritos de prazer quando você gozava uma, duas, três vezes. Até me faz arrepiar um negócio desses.

Ainda lembro todas as suas calcinhas, todas as nossas datas (que sempre só eu lembrava) e todos os pêlos do seu corpo. Sei lá pra que isso serve.

Ainda sinto um medo do caralho com o que você pode fazer com a chave da minha casa. Espero que você nao faça nada, caso contrario eu ficaria maluco e sem reação.

Ainda frequento os mesmos lugares que frequentara enquanto te tinha.  Fico louco quando eu os vejo do jeitinho que era quando passava lá todos os dias.

Ainda não tiro a ideia de que você, a reborned, não é você, na esperança besta de que você ainda volte a me amar e tudo voltar ao normal.

Ainda uso as roupas que você gostava que eu vestisse. As suas, que você deu, bom, doei. Era um blazerzinho muito bonito pra ficar mofando em um armário parado. A camiseta, que provava que você se sentia em casa quando estava comigo, minha mãe fez questão de transformar em pano de chão. E ainda resmunga todos os dias "casa é o caralho".

Ainda tenho umas coisas perdidas suas aqui em casa. Uma toalha, fotos, alguns presentes e coisas do tipo. Mas elas vão sumindo. Minha familia esconde.

Ainda como bem pouquinho. Não dá pra comer muito, ou comer pra engordar. Me faz querer vomitar.

Ainda estou emagrecendo, involuntariamente.

Ainda uso os mesmos óculos tortos.

Ainda penso em voltar lá, onde eu morri.

PS: Isso aqui é mais um lamento do que um motivo de orgulho. É meio que imbecil pensar que eu sou muito menos hoje do que eu era com você, sendo que isso não é verdade.

Dia 62 — Dois Meses

Acordei eram 15:40 e tantas. Levantei depois de uma meia horinha e vim pra sala da minha casa. Fumei um cigarro, tomei um café e saí para cortar o cabelo.

Liguei para a mãe do Ygor para tentar combinar alguma coisa referente ao seu aniversario. Acabou que ela disse pra gente ver. Liguei pro próprio Yguinho e conversei rapidinho com ele. O cabeleleiro estava no banheiro, o chamei e ele logo saiu dali. Perguntou como seria o corte e eu o instrui a cortar bem baixinho mesmo, ultima vez que eu cortei o cabelo foi no dia 13 de agosto. Ele foi cortando e não conversou comigo nem nada. Ele é um cara bem legal, lê bastante jornal, se mantém atualizado, é claramente conservador e ama sua esposa feia e filho negro.

Saí de lá tranquilo. Meio bolado por não ter acontecido nenhuma conversa .

Em casa, faço um cafezinho e ligo para o Ricardo, tentando ver o que rolaria no aniversario do Ygor. Acabamos conversando sobre cinema mesmo entre outras várias coisas. Almocei com café, cupcake e cigarro na mão. Tudo junto, já era quase hora de sair de casa pra ir pra escola. Enquanto arrumava as casas fumei mais dois cigarros. Vinha a ideia na minha cabeça de relatar tudo o que havia feito nesse dia 16 de outubro. Depois vejo, pensei. Fui à escola, a Babi conversou comigo a noite toda e isso é maravilhoso. Mesmo.

Chegando em casa, janto e deito cedinho, teria de ir à ETE logo cedo, pra chegar cedo. Aí você veio. Me levou meus sonhos e não dormi. Estava cansado e com sono, mas você não me deixou. Procurei você para saber o que queria me mostrar, e lá estava mais um texto comprovando tudo que eu já concluira. Que você está louca.

(A novidade, é que você veio enquanto sentia muito calor)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Espero que tenha acabado essa historinha de você

Tá frio pra caralho, coisa de 8°C. Você não ta aqui. Acho que consegui finalmente te matar, sepultar e cremar.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eu vou quebrar teus olhos você vai se entregar

Botei as músicas aqui do celular na playlist automática de músicas relaxantes, to lendo e curtindo o livro que meu bro recomendou. Muito maneiro mesmo.

Levantei lá pela página 26 pra fumar qualquer coisa, como não sai de casa hoje, fui pegar cigarro na casa do meu tio. O cara ta fedendo tanto, mas tanto, que não consegui entrar lá dois passos depois da porta. Ele, mais uma vez, sou eu. Podre. Sujo. Bêbado, infeliz. Sozinho. Sem perspectiva. Desisti da ideia do cigarro. Até bom eu nao ter fumado hoje, pra quem não quer, tá ótimo. Ótimo mesmo, brigado à quem me desejar os parabens e força. Ninguem.

Voltei à leitura, lá pela pagina 38 eu levantei pra comer alguma coisa, pra me mexer mesmo. Bolacha salgada me dá sede e tenho que pegar um copo de agua. Bolacha doce me dá sede por causa do sódio. Doce mesmo. Uma que tenha bastante sódio.

Comi uma 4, quando começa a tocar umas músicas que perguntam à alguém quem ela é. Se faz bem mesmo à ela, passar as noites sem amor, sem carinho, sem "eu". Lembrei de você e o que vi ontem, stalkeando você. Será que já foram quantos? Será que já foram quantas?

Lembrei da festa da Alice. Como você me abraçou forte e enfiou a cara no meu peito. Lembrei da sua prima dizendo à voce um belo "para Alice" — que elas costumavam falar, designando ao interlocutor que estava sendo cachorra ou algo do tipo. Vivi no meio delas, sei o significado disso, não compartilho da mesma ideia, não acho que Alice tem algum problema em fazer ou ser o que ela quiser. Deixa, pô. — quando você falava umas merdas, e hoje, você faz merdas e todos parecem bater palma pra essa falta de "limites" sua. Não foi só você quem mudou, já disse antes e repito. Você, as pessoas ao redor e o ambiente em que você vive mudaram. Pra pior. Pra um lixo tão degradante, tão fétido que já to na casa do meu tio fumando o cigarro vagabundo dele.

Onde quero chegar? Bom, é que eu fantasiei te encontrar novamente, em algum show, parque ou seja lá o que for, e você me dar aquele abraço mais uma vez — eu poder finalmente te esfaquear por trás. Puxar a faca, ver que seu sangue não é o mesmo que eu via sair de você e vir embora beber algo, feliz por ter matado o demônio que você se tornou. Ou que te possuiu, sei lá.— e nessa hora, a bolacha que estava mastigando parecia papelão. Intragável. Ingolivel. Insolúvel. Fiquei com ela 3 minutos na boca e tive de cuspir. Não dá nem pra engolir.

O cigarro acabou, meu tio parou de roncar e parece que vai acordar, vou sair da casa dele aqui. Botar nossos sentimentos em corpos separados mais uma vez e pronto. Não quero feder tanto quanto ele.

Bota lenha nessa porra ja que é pra se fude mermo

O complicado de stalkear e ver que existe ainda um elo entre nós dois, uma parte do passado em nós, é que reacende toda aquela discussão mental que já tive milhões de vezes comigo, em que eu finjo conversar com você e propor algumas coisas para restar, ou pra decidir o melhor, pra nos explicarmos, pra agirmos como gente, seres humanos, e não orangotangos raivosos.

Fora as pistaiadas que você deixa. Pegadas prum caminho que só eu vejo, só eu consigo ver. Porque eu quero ver. Porque eu devo gostar mesmo de me fuder.

Olha as loucuras que tenho na cabeça. Você vem construindo tudo. Até o fim. Você disse que a culpa não foi minha, foi você. A partir do primeiro momento, você não parou de mentir. Quem sabe você não me traiu. Quis me trair. Pegou alguma DST, alguma bosta. Tá fazendo alguma pesquisa de campo. Tá sob segredo de estado. Sei lá, a culpa foi sua, sabe.

Não devo, nao posso, por motivos de dar mwrda como essa que ta dando agora. Você mente, omite  e esconde tudo, desde o fim. Desde que você se tornou a vilã, você foi vilã. Deve ser bom, sei lá.

Eu sei que eu ainda quero e muito voltar no tempo em que você era minha. "Voce não fala que voce era dela, que machistaaa" é porque eu não era mesmo. Eu sou. Da falecida.

Eu sei que ta escroto pra caralho, ninguem bem, todos fingindo que estão bem, se enganando e enganando a todos, mas bem que podia ter acabado bem. Mas você não quis.

domingo, 13 de outubro de 2013

Noone, no end

Eu to numa merda sem fim. Sem fim. Entrei no flickr e ainda seguia você. Tinha foto nova lá. Umas babaquices que você sempre gostou. Odeio você. Bloqueei. Mas o flickr ainda me deixa ver suas fotos.

Isso instigou todo um sentimento de PRECISO VER suas coisas. Sai de casa ainda ouvindo as mesmas músicas que ouvia na sua época pra fumar meu cigarro, quando voltei, minha mãe tava parada na sala perguntando onde eu tava. Disse que tinha ido ver se o meu tio havia saído, tinha ouvido um barulho. Ela engoliu, não viu o tamanho do volume do maço no meu bolso, nem sentiu o cheiro da fumaça, nem viu o tamanho do inchaço do meu coração.

Voltei mais tranquilo, sério mesmo. A vontade tá aqui, mas tô lendo um texto jornalístico aqui sobre mulheres submissas, sem voz e que são constantemente abusadas por quase qualquer homem que elas têm contato, irmãos, primos, tios, pai, amigos. A mensagem dos céus pra mim estava lá mesmo no texto. "Elas diziam para eu simplesmente esquecer, lidar com isso, e não caçar remorso ou afundar-me mais".

E tá aí, a minha dor. Essa tortura que é, querer ver, não poder, não digitar suas urls no browser e dar enter, não procurar nada seu. Esquecer-te. E continuar minha santa vida de merda.

UPDATE:
Descobri o porquê de toda essa vontade de te ver, toda essa loucura no coração. Tá 6ºC aqui na cozinha, e eu estou só de toalha. A morte, o frio e as assombrações vêm me abraçar.

Essa dualidade que não para de transbordar pelos olhos

Eu te odeio, e muito por ter me quebrado, por ter me destruído. E sorrir depois de tudo.

Eu te amo pela minha vida.

sábado, 12 de outubro de 2013

Encasular, enclausular

1- Não consigo manter uma conversa sem estar bêbado ou sem ser eu

2- Nenhum de meus amigos mantem uma certa curiosidade ou preocupam-se comigo, meu bem estar ou qualquer coisa do tipo

3- Não consigo conhecer alguem novo e manter contato por mais de dois dias sem que este alguem me ignore

4- Sempre lembram de mim com nostalgia, ou dó. Ou raiva. Tem a opção, que mais acontece, que é a de eu lembrar das pessoas e ninguém lembrar de mim.

5- Todos meus amigos só aparecem quando eu nao sou eu.

6- Não posso ser eu nem pra manter uma amizade.

7- Só me dão atenção ou aparecem quando eu não sou eu. Devo muito à bebida. Sou a bebida. Não sou eu. O eu não interessa.

8- Ela me segue e meu destino é estar ao lado dela pelo resto da minha vida. Não é humano, humana. É melancolia.

9- Tomo meu café e fumo meu cigarro dentro de casa mesmo. Choro revendo aquele filme que assistimos enquanto você gozava nos meus dedos e sorria dizendo que me amava, enquanto os velhos da terceira e quarta fileira choravam vendo a atriz morrer.

10- Foram mais de 10 maços de cigarro em cerca de 4 dias. Eu odeio você.

11- O meu mundo mudou e eu não  consegui me adaptar. Não consegui   nem mudar no meio em que eu vivia. Eu sou um merda mesmo.

12- O amor não é mais requerido no mundo. A certeza que tenho é que o mundo desistiu de amar, todos utilizam a felicidade em lata. Todos choram e sentem frio à noite.

13- Me sinto melhor sozinho, quer dizer, sem você. Faço mais, construo mais, produzo mais. Cavei minha cova e montei meu caixão em só 4 dias, não é maravilhoso?

14- Leio o dia todo. Todos os dias. É uma agonia não ter nada para fazer. É uma agonia não ter carinho, sorriso. Amigos. Namorada. Amor. E pensar que um dia eu, sozinho, já construí um mundo ideal só meu.

15- Marcas de dor. Suor. Lagrimas. Amargura. Preciso sair daqui. Vou sumir. Me esconder. De todos e de mim mesmo. Tá foda.

16- Anne Hathaway me faz lembrar da Nathaly

17- Cheguei a conclusão que eu realmente não tenho nada além do que tínhamos construído. Caso eu volte e tente viver a minha vida, sou um att whore.

18- Sou o que tenho ódio e asco.

19- Sou o ódio e o asco.

20- Todos os dias, antes de dormir, choro nesse mesmo travesseiro.

21- Eu vou é pras colinas, sumir. Desaparecer. Completamente.

Notas do celular - Coisas da semana 05/10 até 12/10/2013

São cinco da manhã, to vendo tv aqui e olha, nem pensar em você eu penso.

Não vou à escola, aos cursos, à leitura, à bebida hoje. Não fui à alegria, à tristeza, à mágoa, à choradeira.

Minha dor, faz parte do samba. Este churrasco de domingo em que sambo, não passa das minhas lágrimas expressadas pelas pernas.

Meus tênis novos apertam meus pés, sempre sangram quando eu os tiro na hora de deitar na cama. Minha ou qualquer outra por aí. Sim, é o presente me rejeitando. Mas ainda tenho que laciá-los. Ou o passado calçarão meus pés mais uma vez.

Moro aqui no mesmo bairro ainda. Nas mesmas escadarias e durmo nas mesmas camas de costume. Só que em outro corpo. Preciso voltar pra casa. Qualquer lugar. Você. (I live in the same neighbourhood. In the same stairways and I sleep at the same beds as usual. But in another body. Ought to go back home. Whatever. You.) (original em inglês)

São Paulo tá um calor do caralho, um sol gigante lá em cima. A pele arde só de tá aqui na varanda. Puta que o pariu e eu entrei em casa e tá um gelo. Você tá aqui dentro, né? Assombração.

Liberdade pra ser quem quer, sendo que se sente mal por ser assim. Palmas gênio. Palmas liberdade.

"Monogamia é coisa do passado" e assuntos do coração também, me disse aquela garota. Fingi não ver, fingi não ouvir. Isso é coisa de criança, querida. A monogamia, sim, é coisa para pessoas que, sei lá, querem ver um futuro em suas vidas. Uma luz. Quer uma vida em que se trabalha, quer uma vida em que se tem filhos e coisas para os seus filhos, algo para suas próximas gerações. Sei lá, coisa que jovem em geral não pensa muito. Coisa que essa galera do "futuro" não precisa se preocupar. Desculpem, do fundo do coração, mas não me encaixo nessa realidade. Quero um futuro. Pra mim, pros meus filhos, pra minha futura família. Caso contrário, de nada valeram minhas lágrimas aqui.

São seis horas, hora de sair. Chorar. Aproveitar enquanto respiro. A dor é amiga, a dor é vida, a dor acaba um dia. Assim como minha vida. Sua, leitor. Sua, visitante. Nossa.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Mensagens não enviadas - 22/09

Realmente faz bem a voce ser louca? Pera, assim, me destrói, me mata junto à sua vó e quer que eu ainda seja amiguinho seu?

Sempre deixei claro que acabou, ou é pra namorar comigo/ser minha companheira, ou você não é nada.

Nunca mostrei nada alem. Larga mão de pensar que as coisas vão sempre ser do seu jeito, que sempre é ridículo. Que mania mais escrota, Renata.

Olha, seguinte. Eu quis conversar com você em particular e deixar claro. Não foi o que a marquesa queria. Queria fazer escândalo, foi o que não fiz. Ainda bem. Pelo bem da minha limpa consciência. Agora assim, me destruir, acabar comigo, escrotizar, se destruir, construir uma nova pessoa do jeitinho que nós dois odiávamos, (algo parecido com o que eu era antes de você, lembra?)  e querer que seja seu amigão, continue sendo seu cachorrinho.

Show você, que plano de vida, que maturidade. Show. Parabenzasso.

18 e 19

Bebi, fumei. Zuei, ri. Andei, corri. Suei, gritei. Não chorei, não me senti ou sinto só.

Esse foi o resumo de hoje. Acho que to escrevendo pra nao passar em branco os aniversários de dois chapas meus. Lucas, você é foda. Muito mesmo. Só grita muito. Takita, você é muito foda também. Parabéns. Pros dois.

18 e 19 anos galera, parabéns. Como diria o PM que enquadrou a gente "ow parabéns ai......"

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Felicidade em lata

Hoje eu acordei mais cedo que o normal. Tinha sol, companhia, filme, pipoca, risada. 350ml.

Mas depois de eu prestar um favor, foram todos embora e eu estou sozinho mais uma vez.

Graças a deus hoje tem cachaça, cerveja, whisky e fartura de desgraça.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FeNaH é a química desse dia 9/10

Tá 22ºC lá fora. 12ºC aqui dentro de casa, na mesa da cozinha, acabei de medir. Meu coração, em temperatura ambiente. Achou que estaria abaixo de zero? Também achei. Mas acontece que as pedras não são gelo. São pedras. Vivem na rua. No ambiente. No tudo. E são nada.

O frio tá me deixando maluco. Maluco. Doente. Junto à você. Quer dizer, a saudade de você. A paranoia que você deixou. Tá me subindo muito à cabeça. Estou louco. Não sei o quanto posso aguentar. É o frio, é o peso, é a fraqueza, são os sentimentos, o coração, a paranoia. A desgraça. A solidão me deixa louco. Sobe do coração aos olhos em milésimos de segundo. E não sou eu. Eu ano largado. Louco.

Já te vi quatro vezes. Sonho contigo todos os dias. Sofro todos os dias. Vomitei já de tanto chorar. Já tive ataques, espasmos de tanta dor. É uma dor horrível. Ontem meu irmão sentia o mesmo. Pude ajudá-lo. Hoje sinto o mesmo, não tenho ajuda. Não quero. Quero passar por tudo que puder passar, para depois não passar por isso nunca mais. Aprender com a dor. Acontece que essa dor não tem dono, não tem causa, não é humanizada. Talvez o meu problema seja eu. 

Que dor. Que sufocamento. Que agonia. Que merda de vida. Que bosta. Não tenho ninguém nem que se lembre de mim. Não tenho nada. Repeti de ano na escola, que ano de merda. Já passei por mais choro, mais vazio. Mas agora, não tenho nem em quem me apoiar. Todos pouco se fodem. Quem sou eu. O que eu tô fazendo aqui. Pra que eu estou aqui. É uma crise existencial sem igual. E eu leio sobre Alexander Supertramp e me identifico. Mas eu não posso abandonar tudo. Eu não sei viver sozinho. Não aguentaria. Talvez seja melhor parar de ler e viver. Algo melhor. Livro de auto-ajuda? Não sei. Filosofia existencialista seria ótimo. Lindo. Mas preciso fazer o TCC, que nunca consigo fazer. 

É uma vidinha que olha, cada merda que me acontece.

E a dor, o vazio, o frio. Não vai embora. Tá 8ºC aqui dentro. Meu coração, tá pesado. Tô ofegante. O quarto está escuro, não consegui ligar as luzes até agora. Não consigo. Não paro de chorar. Meu deus, o que está acontecendo. Tá frio. Escuro. É a morte? Me leve. Não aguento mais. Me leve.

Se você ler isso, me ligue. Me salve, me ajude. Não sei pra onde ir. Nem pra onde vou.

Meu tio, que poderia se chamar Alexandre e ter nascido em 1996

Eu tenho um tio, querido, que mora na casa do lado da minha. Ele, diferente de mim, está há anos no alcoolismo. Digamos que, ele está diagnosticado com alcoolismo, eu não. Ele, depois de um ano sem beber nem nada, começou a beber. No dia em que eu trabalharia com ele. Ele dizia que se sentia muito sozinho lá onde estava trabalhando. A culpa é minha.

Acontece que, eu, aqui, trabalhando na mesa, sentindo um frio do caralho, um vazio, uma dor, ouço a porta que ele arrebentou bater no trinco. Abandonada. Largada. Ele, diferente de mim, igual a mim, descontrolou-se. Arrebentou as amarras e foi viver. Sofrer aos olhos dos outros, ao invés dos próprios olhos.  Ao invés de só sofrer na própria cabeça. No próprio coração.

Meu tio, sou eu com 40 anos. Viveu um grande amor, uma esposa que o fazia feliz, o fazia satisfeito (em relação a sexo, alegria, conforto, companheirismo. E o abandonou. Na merda. Ele está há anos sem ver a filha, a ex-esposa. Ela fugiu, virou outra pessoa, um outro alguém. E ele até hoje, não conseguiu ser feliz. Não conseguiu ser confortável com alguém. Sou eu. Eu.

Eu, assim como ele, quero viver só. Quero simplesmente sumiu daqui. Parece que eu estou bem, mas digito esse texto ou transcrevo esses pensamentos com a cabeça abaixada e encostada na mesa e choro. Muito. Digito sem olhar, choro sem pensar, sofro sem ter pra quê. Não consigo viver. Seguir. Tá foda. Eu to realmente maluco. Choro por nada. Sofro. Quero beber, me destruir. Não quero me matar, não quero me cortar, me mutilar. Fisicamente. Sentimentalmente sim. Não quero voltar, não quero você. Não quero mais essa dor. Não quero MAIS dor. Chega. Já escrevo 'choro' ao invés de 'chega'. É o meu momento de dor. Não sofro por amor, sofro por, sei lá, perdi um braço. Não volta mais. Perdi uma perna, não ando mais, sabe? Só que ao invés disso, perdi o coração. 

Choro muito. Fui ali ver meu tio (tenho que vigiá-lo para ele não sair. Caso ele sair, ele não volta pra casa. Assim como eu) e ele está roncando, tem um balde que ele pode vomitar (e vomitou), e o travesseiro tá muito molhado. Na altura dos olhos. Ele tá bem magro. Muito. O cobri, tá frio pra caralho. Eu, mais que ninguém, sei disso.

Sou eu, com 40 anos.

Sou eu, hoje.

Aqueles sonhos que dão frio

Hoje, ontem, semana passada, mês passado, no dia do término e outros tantos dias que passei no pós-você, sonho contigo em alguma situação diferente. Não contei isso pra ninguém. Mas te vejo quando choro muito, de soluçar e perder o ar (foram 4 vezes, a última há duas semanas e espero que nunca mais aconteça). Sinto seu toque quando algum vento gelado toca minha pele. Engraçado como pra mim, pro meu coração, ele só entende que é você, quando o frio vem.

Seja um vento no rosto, uma perna descoberta, um suspiro perto do meu rosto ou o que seja. O frio se tornou você. E tento me esquentar cada dia mais.

Enfim, os sonhos. Hoje por exemplo, sonhei que você voltava pra mim. Eu voltava para o amor, e você voltava para o mesmo. Juntos, reconstruímos e vivemos um final de semana inteirinho romântico, caloroso, engraçado, fofo, quentinho e lindo. Um final de semana inteirinho. Transamos, nos beijamos, dançamos, cantamos, choramos de amor, nos abraçamos e caímos mortos de cansaço numa conchinha perfeita, onde até os dedos dos meus pés cobriam os seus. Você estava linda. Você era linda, até a última vez que eu vi. Você me dizia coisas lindas. Eu replicava dizendo que você era tudo que eu queria. Tudo que eu amava e desejei a vida toda. Você chorava incessantemente de amor. Não parava de sorrir e me beijar, dizia que eu estava lindo ali, chorando por você. Não cabia todo aquele amor naquele final de semana com o qual eu sonhei.

Acordei quando entrei no ônibus para vir pra casa. Você pediu para o motorista para cuidar de mim, e pra me levar pra bem longe, enquanto andava de mão dada com outrem sem rosto. Sem expressão, a não ser um sorriso sarcástico, que ria e muito de mim.

Acho que foi isso o que aconteceu na verdade. Um tapa na cara. Um soco na boca do estômago. E eu, vim aqui pra casa. Sozinho. Com toda sua parte dentro de mim. Com aquele amor ainda quente dentro de mim. Com nossos sorrisos, choros e abraços e beijos dentro do meu coração.

Acordei com frio, deviam estar uns 12ºC. E eu tremendo. Sonhei ontem com você, dizendo que estava ruiva no carro de sua mãe, e nos beijamos. Por quê? Porque eu dizia que não importava, que você estava linda até de cabelo desidratado e grande. 

Fomos o casal mais lindo que já habitou essa terra. O casal mais unido, forte e amável e amante nos quatro cantos do paraíso, onde fazíamos nosso ninho de amor.

Hoje, voltamos aos desertos individuais. O amor não foi embora. Quem foi embora, fomos eu e você.

Às vezes volto para visitar aquele monumento lindo e grande que ficou cravado naquele banco no Parque Villa Lobos. Às vezes visito nossas lembranças, com dor no coração, por você ter me enganado. Por você ter me traído. Por não ser. Por não estar.

Me dá muito frio. Tá 14ºC agora e eu estou descoberto. Durmo no chão. Sozinho. No frio. É inevitável que você venha, como a neve, pairar na minha cabeça. Em forma de monstro. Em forma de pesadelo. Em forma de dor.

Fantasia masoquista

Hoje eu parei dois minutinhos pra pensar e fantasiar como seria com alguma outra pessoa, que não eu, na sua vida. Vida mesmo, na sua casa e tudo mais, como eu vivi.

Imagino como seriam os jovens sem porra nenhuma na cabeça ouvindo discussões sobre militâncias, MST, partidos de esquerda, comunismo, socialismo, consumismo, manifestações, passeatas e tudo mais na hora do jantar. Engraçado pensar nisso. Engraçado, também, pensar em quem seria capaz de comer aquele macarrão grudento e molho ralo da sua mãe com um sorriso no rosto e vontade de mais. Imagino quem comeria tantos legumes, pães integrais, grãos e tudo o mais. Aposto que beberiam as cervejas que estão na geladeira da sua casa há vários meses. Quando penso nestas situações, rio. Mas rio e muito.

Agora quando penso em qualquer outro no seu quarto, transando contigo em cima das nossas fotos de beijos e abraços, lhe fazendo gozar e molhar todas minhas escritas e lágrimas que estão grudadas naquele colchão, me desespero um pouco. Caíram duas lágrimas no teclado quando pensei nisso. Quando penso em qualquer um te amando, como eu amei, mais ou menos que eu, me sinto fraco. Despreparado.

Imagino várias outras situações em que só eu encaixava. Indo lhe ver antes e depois do trabalho, te buscando e levando pra escola, madrugando com você para sair por aí. Choro aqui. Por dentro. Por fora. Fico louco para ver como você está, ver tudo que não devo ver na internet que é sobre você. Não devo, nunca mais, não vou estragar esse trabalho psicológico que estou fazendo comigo mesmo há uns quatro ou cinco dias. Nunca mais.

Graças à deus, como já disse antes, foram só dois minutinhos.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Revirando umas caixas aqui


Cartas de suicídio, cartas de amor, declarações de amor, declarações de pudor. Palavras de dó, pena. Perdão pra lá e pra cá, regresso, progresso, lágrimas de alegria, de amor, de tristeza e dor. Registros de festas, transas, beijos, abraços, carícias, companheirismo e bençãos.

De que vale tudo isso, se eu quero que você se foda?

Lift off

Ontem eu descobri a minha fraqueza, tratando-se de ir atrás de ti.

O nome dela, é tempo. Ainda assim, passaram-se mais de um mês e meio, e acho que só ontem eu aceitei minha situação. Eu, só ontem, consegui ver que não da mesmo. Não há sentido, não há razão. Só há maldade, tristeza, mágoa, desilusão. Talvez até ontem, era o que eu queria. A dor, a não-reciprocidade. Não era mais amor, o amor tinha ido embora talvez quando você assumiu que queria outros. outras pessoas. Quando me viu chorar e não fez nada. Quando não se importou. (Cá entre nós, o amor nunca vai embora. O amor fica. O amor é uma vela de 100 anos, que é o tempo que leva para morrermos. Logo, caso queira reacender o meu amor, traga o seu, [terá o trabalho que puxa o barbante pra cima] que a vela volta a queimar).

Ontem, fui no show daquela banda que você mesma me apresentou e hoje não gosta mais. Fizemos daquelas canções, nossas canções. Construímos uma história ao redor destas músicas. As que falavam de algo póstumo, bom. Você tratou de fazer sozinha, trazendo o pós à nós. Tinham acabado de lançar o segundo álbum deles, quando nos conhecemos. Quando acabou, eles lançaram o terceiro. Foi o tempo de um álbum. Umzinho só.

Procuro afogar no álcool suas lembranças, que hoje, infeliz ou felizmente, são só lembranças. E, nossa, olhei coisas suas e, você preferiu mesmo jogar tudo no lixo. Mas eu estou num estado que fico num completo "foda-se".

Acho que aquela ideia toda de "o mundo é maior que você" ou "tem vida além de você" ainda não cola. Nunca colou. Bom, é até uma ideia meio que idiota pensar assim, como se estivesse preso há um ano e meio. Fiz porque quis. Porque era o que eu gostava de fazer. O problema foi transformarmos em bolhas. Vivem na imensidão do mar ali, simplesmente boiando. Voando sobre a terra.

Foi um grande amor, sim, procurando imagens e lembranças, achei alguns momentos de amor pleno. Chororôs no pós-cópula, ou de puro amor. Foi companheira minha. Fui companheiro seu. Mas assim, seguinte, não consigo encontrar muitos momentos de felicidade plena. Estava feliz por estar contigo, em ti. Mas, você me fazer feliz, difícil. Risadas, muitas. Mas sorrisos, ocorreram, mas em quantidade muito inferior.

Não deu pra manter esse companheirismo e amor até o fim da vida, você não deve ter entendido o que pedi e lhe disse quando te beijei pela primeira vez. Você tá toda zuada. Quem sabe um dia quebre a cara por aí e venha correndo. To esperando. Pra rir, lhe abraçar e poder finalmente, dizer na sua cara, um belo adeus.

Querendo ou não, minha linda, você foi minha. Por bastante tempo até. Acho que quando paramos de sair, por você não querer e por eu me privar da minha vida por você, meio que transformou a intensidade em calmaria. Mas ok, posso dizer que foi bacana. Nota 8. Eu fiz 9, você fez 7. E você ainda dizia que tinha medo de não ser suficiente pra mim, lembra? Bom, parece que era suficiente até um certo ponto, depois, não era mais. Agora por exemplo, não me agradaria ter sua companhia aqui. Tornaram-se lembranças. Sentimentos mortos e enterrados. Situações terminadas. Ainda me culpo por não fazer escândalo.  Queria, hein.

E mesmo assim, mesmo após tudo, eu ainda acredito na possibilidade de você aparecer aqui qualquer dia desses, deitar comigo nua e chorar ao meu lado. Você tem a chave da minha casa.

(Vale salientar que penso isso na preocupação de um dia você chegar aqui e eu estar transando com outra)
Ontem peguei umas fotos suas e cuspi. To pegando algumas fotos suas e excluindo. Amanhã pego umas fotos suas e queimo.

sábado, 5 de outubro de 2013

Dor aqui, sabe?

Ainda me dói, e muito, falar e lembrar de ti. A cada vez que eue canso, ou me entedio, ou sinto, eu lembro de você. É você e só você. Minha tormenta.

Você me assombra. Eu quero que você suma, que a dor pare e que eu consiga viver sem te dar a mínima.

To tentando, esse final de semana, estou dormindo em casa e tá sendo ok. Não chorei, não senti culpa ou algo que me doesse fortemente. Mas há, a saudade. Fortíssima.

Ficar em casa é sofrer. Dormir no que já foi nosso ninho também é sofrer. Ficar nessa casa é sofrer. Continuar ligado a ti, é sofrer. Você virou a mesa, e agora você pode ver? O vórtice de merda que voce causou rodando essa bosta?

Bom, chega. São cinco da manhã, preciso dormir.

Chega de você.