sexta-feira, 8 de abril de 2016

era pra

Algumas coisas aconteceram na ultima semana, claro. Não só no Brasil, não só na política, na geopolítica global ou nas ruas. Mas aqui dentro.

Rolou, há uma semana, aconteceram os beijos, a mão dada, os olhares, algumas confidencias, a conversa fluida e gostosa, de riso frouxo e em nível de igualdade. Maravilha. Estasiado. Ansiedade e vontade de seguir. Vontade de mais.

Eis que, bom, domingo(3) você me dá um balde de água fria dizendo que não daria para nos vermos na semana. Fiquei espantado com tamanha diligência, jogando pra escanteio com frieza tanto o que aconteceu quanto meus pedidos para ficarmos outra vez. Um dia depois, bom, começou o apagão. Parou de falar comigo. Simplesmente. Terça, dei bom dia e perguntei como estavam as coisas, ela disse que estavam corridas, me deu bom dia e foi embora, é... Pelo menos pedi para que me chamasse quando as coisas estivessem melhor.

Quinta feira, ontem, ela apareceu. Falou comigo, ficamos ali por um tempo e, bom, chamei-a para almoçar. Ela ofereceu mais. Ela me ofereceu sua casa, sua cama, seu corpo. Ela me ofereceu a porta de entrada, as janelas, as quatro paredes e os lençóis. Eu queria. Fui sedento.

Era pra ser. Era para estarmos namorando. Era para estarmos nos beijando, juras de prazer e amor. Era para estarmos num passo a mais. Mas você não quis me ver, ou simplesmente não deu. Realmente. Okay.

Horas depois, joguei um verde sobre querer ficar contigo. Você?

Era pra querer algo sério.
Mas não quer.
Me quer, mas não como cara sério. Um alguém seu. Me quer aqui, como um, bom, negócio. Brinquedo para as horas que precisarmos. Sei lá, de verdade, não sei como agir. A monogamia me dá a falta de compreensão nisso. Combinamos, somos feitos um para o outro, mas você, bom, não quer assumir. Não quer tentar. A monogamia me faz querer esperar pelos cinco anos da sua faculdade. A paixão te quer agora.

E eu só quero um beijo seu. Que era para eu ter recebido hoje.

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