domingo, 13 de abril de 2014

14.04

eu lembro muito de nós dois andando pelas ruas à noite depois de algum show que assistimos. as ruas da vila mariana, as ruas do ipiranga. talvez ouvir vanguart me proporcione isso, a banda q a gente viu mais vezes ao vivo. que eu vi mais vezes ao vivo.

eu lembro taaanto de andarmos juntos pelas ruas. das mãos dadas. de parar por nada no meio da rua, na calçada, só pra nos beijarmos. eu lembro da nossa completa e rica comunicação através do apertar as mãos um do outro enquanto estávamos de mãos dadas.

eu lembro de cada vezinha em que voce acordava chorando à noite. eu lembro de cada vez que lhe acudi. mal lembro das vezes que eu acordava na sua casa sem saber o que fazer e chorava. e muito. e implorava. por amor. mais. mais. mas sei que foram taaantas, tantas vezes.

lembro de te xingar, te empurrar, de cada tapa que você me deu. de cada vez que me chamou de monstro. que me xingou. que me sangrou. ainda sinto esse gosto amargo as vezes enquanto ando pela cultura da paulista ou qualquer outro lugar que fosse "nosso"

lembro de cada padaria, esquina, lugarzinho de diadema. a nossa cidade. queria tanto montar uma casinha pra gente aí. sermos felizes até o fim. até tudo evaporar. até virarmos pó; cremados e finalmente subirmos aos ares pelas mãos de nossos filhos. filhas.

eu lembro de cada vez que quis te abandonar. lembro de me arrepender profundamente alguns minutos depois. lembro de toda vez que voce sentia sono. como parecíamos e agiamos como criancinhas que se cuidavam, e transavam.

nao me lembro das nossas transas. nao me lembro de nossos beijos. nao me lembro de seu riso. nao me lembro de seu sorriso. eu não me lembro dos seus pais.

eu sinto cada vez que me amou. sinto cada vez que me rejeitou. sinto ainda você me vestir às cinco da manhã para passearmos. Sinto perfeitamente o meu querer viver bêbado enquanto você me punha um cinto de castidade. incrível. sinto cada tapa. cada xingo. cada. cada vez que discutíamos quão estávamos longe da realidade da minha casa. da minha família. como eu errei, meu deus.

não sei muito bem onde ir ainda. quantos dias não nos vemos? como foi mesmo o nosso término? estou perdido. não sei onde ir. se eu voltar até onde sabia ir, voce me ajuda a seguir?

tem fotos suas aqui. nossas fotos. De nós. tento entender o q é o amor. o porquê de tudo. de cada coisa que senti.

porra, eu não me lembro do amor.
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são palavras atuais sobre sentimentos e fatos passados.
esse é o máximo que consigo. não enxergo mais a tela por causa das lágrimas.
feliz aniversário.

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