terça-feira, 17 de junho de 2014

meu estomago ta vazio

eu to cada vez mais vazio. é incrível como tudo, tudo que eu penso, acaba virando memória que me faça sentir vontade de chorar. é o máximo que eu consigo. ter vontade. a lágrima só vem, não sai.

eu tenho por mim que tudo que aconteceu após tu, foste um grande laboratório, para aprimorar minha propria existência. minha própria identidade. iara, vania, tudo. festas ao fim de semana, o cativeiro, o cinema. tudo. a arte. a música. o filme. o show. tudo.

eu to com um copo com whisky black label na minha frente há meia hora, já esquentou e eu não consegui beber. o cheiro me embrulha o estômago, os olhos ardem, a boca seca, o nariz contorce. tudo isso, por lembrar da amargura que foi viver todos esses meses. puta que pariu, acho que nunca vou conseguir algo a não ser isso que está acontec endo agora. um filme bobo na tv, um amendoim e uma batata chips na mesa, frutas que ninguém come na fruteira, a tela do notebook me encarando, a cadeira ao lado vazia, as lágrimas nos olhos, o copo meio cheio, com bebida, amargura, gelo e completado por ar, sopro, suspiro.

pausas de 30 segundos olhando para o nada, sentindo uma leve brisa nas pernas e um leve embrulho no estomago pelo cheiro do whisky.

a vida é falta de definição. a porra da vida, é falta da porra da definição. a vida, não faz o menor sentido. cabe a nós, aguentar essa tortura. em vão, já que não vem nada depois disso tudo. puta que pariu, como eu sou temeroso, indesejável, até por mim mesmo.

sinta a brisa no corpo nu. sinta que cada um de nós está aqui.agora, sinta que nada disso existe. ou existiu. você está parado, no escuro. só. sem barulho algum. sem sintonia alguma. sem luz alguma. é. essa é a minha rotina. à noite, todos os dias. só. sombrio. triste. um lixo.

nem eu estou acostumado à minha vida. eu simplesmente, estou, sei lá, só. fudido.

cansei de escrever.


e o copo continua me encarando.

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