quarta-feira, 25 de junho de 2014

odeio esse tipo de pensamento que subverte toda uma linha de raciocínio construída em semanas, e que acaba por me fazer um idiota por elaborar isso tudo.

eu odeio toda essa parada que ta acontecendo comigo, todo esse sentimento de estar preso, nao poder sentir, falar, correr, conhecer, viver.

acontece que, mais do que isso, mais do que meus problemas em até mesmo puxar um assunto com alguém que eu conheça há décadas, mais do que estar sempre sem dinheiro, mais do que traçar planos que eu já sei que serão barrados e impedidos, mais do que tentar dar o passo além do meu tênis de 50 reais.

mais do que tudo isso, eu sinto medo. sinto anseio, e asco. sempre ele, o asco, de cada vez mais, pensar e concluir concluir tudo isso, faz de mim um adolescente tão chato, repulsivo, repugnante, ignorante e babaca quanto qualquer outro que usa tênis da moda e assiste coisas pelo hype.

porra, será que eu sou só mais um? mais do mesmo? será que no dia que eu conseguir exprimir todo esse sentimento de aprisionamento, sufocamento que ta rolando há um bom tempo, será o ultimato de que eu sou um jovenzinho como qualquer outro que aparece na televisão falando "meu" e outros dialetos babacas, enquanto mascam chiclete e vão à matinês?

eu tenho medo de que eu simplesmente seja um bosta maior que já me considero. tenho medo de que eu volte a ser um bebê? uma criança, indo pra escola no seu primeiro dia em escola pública na oitava série.

talvez o tênis colorido venha ser calçado por meus pés, após o desabafo com meus pais repressores, e, sei lá, quem sabe até um nariz de palhaço venha junto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário