quarta-feira, 18 de junho de 2014

tem muita coisa interna, meta mesmo, não sei se lhe interessa tanto assim, leitor

eu simplesmente nao consigo mais conviver como uma pessoa normal. eu as vezes nao consigo estar no mesmo planeta que as pessoas que estão do meu lado estão. "as vezes".

é. bom, assim, eu não moro mesmo no mesmo planeta que um ser humano comum. um brasileiro eu diria? não sei......... um ser humano. isso. um exemplo rápido que ta no hype, assisti a culpa é das estrelas, numa sala de cinema que a galera ~do bairro ~~ vai pra assistir seus devidos blockbusters dublados, comer seus enormes baldes de pipocas e, bom, é isso. a sala veio abaixo. o filme é bem executado, tudo bonitinho, uma repaginada em uma caralhada de filme em que talvez fosse baseado. eu? não consegui gostar. não fui tocado. nada. não consegui, nada, nada.pra mim é simplesmente mais do mesmo e ponto e acabou, uma colagem, e eu nao consigo sequer explicar isso pra outrem.

eu to na cama agoniado, congelado e ponto e acabou. ainda. mas agora vem a agonia, por estar aqui, corpo presente na minha vida.

eu, há uns dias já até, me dei conta que, eu não posso ter um " alguém" enquanto estiver nesta casa, nesta família, nesse cárcere. pela família ser extremamente repulsiva, ignorante, massa de manobra, escrotos, e, o que mais me pesa, serem exorbitantemente machistas.

eu. não. posso. achar. alguém. sendo. o. Do. Contra. da. casa.

me dei conta que o problema sou eu, que talvez eu tenha ido longe demais e não possa voltar para acompanhá-los, sabe? eles me amam (à maneira deles), e eu os amo (talvez por não me ver sem eles, mas enfim), mas não há uma sintonia, uma química, sabe?

tudo que eu tenho hoje é minha família, que eu hoje dou um pouco mais de valor que antes, e eu nem nela posso me encaixar.

ps: eu andei notando que, eu não consigo mais me relacionar como antes com meus melhores amigos. acho que eu os perdi, por ser menos interessante que qualquer pessoa da minha idade, ou até menos.

eu me tornei um alguém à procura não de um motivo para qual viver, mas sim à procura da própria identidade. é. infelizmente me tornei o tipo de pessoa que mais detestava, o adolescentezinho em crise de identidade por não ~conhecer~ o mundo. a questao é que eu voltei pra este mundo, sendo que eu já o conheço. é um caminho inverso, mas chegamos ao mesmo tempo. um benjamin button menos entediante. enfim, estou mais cerebrado, mas sem identidade. não sei que caminho seguir. estou em pleno conflito armado comigo mesmo, internamente, e engulo cada vez mais e mais informação, arte, prazeres, dores, horrores e anseios. e tudo isso, dentro de uma caixa fria, escura, grande e  vazia, daí sai esse problema mental mesmo. ainda mais que eu sou calado. não falo isso. não consigo.

eu vou explodir de tanta carga interna, tanta coisa se mexendo gigante e brilhantemente, irradiar com meus órgãos voando o mais alto e o longínquo possível.

espero que seja logo, aí estarei livre.

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