sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Fala cospindo e ronca pra caralho esses bostas

O meu nivel de stress aumenta pra caralho estando em casa. O tédio causa stress, a depressão causa stress. Logicamente, minha familia causa um stress da porra.

Meu vô veio pra cá essa semana, passar o natal. Todos os filhos dele agitaram pra ele vir. Ninguém foi buscá-lo ou levá-lo. Coube ao meu pai realizar essa tarefa, e ele, bom, ficou mais nojento que de costume. Além da transferência de tarefas para os outros, empurrar coisas com a barriga e toda aquela merda das sumidas dele, o cara me inventou de ficar todo meloso e zeloso com o seu papai. Não pude sentar no sofá pequeno quando meu vô estava aqui em casa, porque ele deitaria no mesmo. Não consegui ficar no mesmo cômodo que os dois por muito tempo, era um show de chorume sendo escarrado da boca dos dois. Religião, política, causas sociais e todo esse contexto que é o assunto predileto de leigos em qualquer assunto. Na política, o show de "porque sim" e "porque não" e de xingamentos sem motivo aparente e de chupação de rola à toa é totalmente bem vinda nessa casa. Todos fazem isso. Ninguém sabe dizer, por exemplo, se o dólar interfere ou não nas contas publicas nacionais. Nas crises e afins. É foda. Na religião, o show de contemplação por Cristo é outro negócio além do normal. Meu vô foi alcoólatra por anos, e, bom, encontrou Jesus. O nome do meu vô, é Jesus. De verdade. E ele já tentou ser pastor e tudo mais. É cada uma. E ele é daqueles neuróticos e fanáticos. E rabugento. E louco. Toda refeição, após comer quando quer, o que quer e porquê quer, ele solta um caloroso "graças a deus". Passa aos ouvidos e olhos despercebidos, mas é quase que uma provocação à quem comprou, cozinhou e serviu aquela merda pro velho. Mas como todos acham lindo ele cagar na cara de quem fez a comida, então vamos pra próxima. Ele tem uns 8 livros da bíblia decorados. É estranho pra porra. Pra mim é anormal. É porque eu também sou escrotissimo e detesto esse tipo de gente que idolatra e tal. Sei lá, eu devo tá é incomodado além da conta.

Bom, além de não poder viver uma vida normal dentro da minha própria casa quando meu vô tá aí, tive de ouvir calado e com o dedo na cara "procura Jesus meu filho, quando você precisar, não vem corre pra baixo do chinelo não. Deus não é mole não. Não se brinca com deus." ninguém sabe que eu sou ateu aqui em casa.

Então o velho ta louco.

Chega o fim de semana, passam-se as noites que os leigos letrados em porra nenhuma, né, falam mais, e, bom. Hora de dormir. Os gordos vieram dormir aqui. Serem inconvenientes. Mais ainda. Além de um belo casal de bosta que prova que o casal que segue a igreja, a tendencia é mesmo se afundar em merda, são isolados do resto do grupo e ridiculamente falam cuspindo e falam alto. Adoram reclamar do luxo que tem sob os outros.

Aliás, rapidinho, isso é pro meu irmão que adora reclamar que é incompreendido, não tem direitos e não recebe carinho e blá blá blá, vai se fuder. Ele reclama que não tem espaço para ele, mas a cama com cabeceira, com o melhor colchão, a cômoda cheia de bonecos dele, o hack que é cheio de coisas do mesmo e grande parte do lixo acumulado na sala e quarto, é dele. Palmas à hipocrisia.

Lembrei da vez que eu briguei com ele, porque ele, bom, é o "adolescente problemático que odeia os pais" da casa. Mesmo com 22 anos. Nem eu que to na idade, sou assim. Brigamos porque ele chamou minha mãe de filha da puta na cara dela. Porque ela deixou a marmita dele fora da geladeira. Ele multiplicou tanto isso. Tanto. Essa raiva nada a ver, e descontou nela. Ridiculissimo. Eu comecei a gritar com ele, perdendo a linha. Mas firme. Não tremi a voz. O sangue ferveu, gritei que ele era um bosts comparado a qualquer um nessa casa, quer pagar de adolescentezinho incompreendido, que vá para a casa do caralho ver se alguém compra esse papel de bosta que ele faz. O argumento dele na treta? Que eu não deveria falar nada nessa casa, já que meu pai paga minhas coisas. Minha escola e meu curso. É. Triste. Nada ver o bagulho. Essa é a imagem que ele e todos têm de mim em casa. Lembro que a Renata, e a Luana, pegou no braço de seu respectivo namorado e apertou, pedindo calma, paciência. Pára com isso. Eu peguei minha toalha e da Renata e entrei com ela no banheiro. Meu irmão ficou na cozinha, tomando espaço da mesa na hora do jantar. Mas todos tinham saído de casa com a briga. Minha mãe sumiu por 2 horas, meu pai, por meia hora. Meu outro irmão foi pra casa da namorada. Voltou no outro dia.

Ela me abraçou e eu a abracei forte. Cochichamos no ouvido um do outro que não dava mais, mas tínhamos de aguentar esse bosta. Choramos de ódio. Raiva pra caralho. Mesmo. Entramos no chuveiro, sentamos e damo-nos banho um no outro. Transamos ali no chão, mas não vem ao caso. Saímos do banho e tivemos de ouvir muita indiretinha idiota. Dormimos na sala, deixando o quarto para a corte real. O rei e a rainha da merda.

Palmas aos babacas.

Acho que deu pra transportar um pouco do asco que tenho dessa família no texto. Obrigado à quem leu. Desculpa por lhe fazer sentir esse sentimento tão horrível.

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