sábado, 17 de maio de 2014

acho que to no limite até mesmo fisicamente falando

sob titulo auto-explicativo, começo a escrever mais um post que talvez possa me aliviar, ou simplesmente, compartilhar contigo, leitor, o que esteja rolando.

há tempos eu acredito que estou no meu limite emocional. acredito que já vivi todos os sentimentos que eu poderia sentir até meus últimos anos de vida (que, bom, não posso assegurar que não sejam estes mesmos), e que isso com toda certeza, me faz um velho rabugento e inexpressivo sentado o dia inteiro numa poltrona reclinada em frente à varanda de sua casa.

acontece que, há semanas que isso já acontece, eu sinto que estou no meu limite físico. o leitor já deve ter lido anteriormente que, parei de fumar aquela vez por, justamente, medo da morte. desde que voltei, foi tudo mil maravilhas. em março, talvez até antes, começaram mais uma vez, as consequências da inalação de nicotina e monóxido de carbono processados. cansaço, frio. abstinência. em abril, do meio pra cá, aconteceram várias coisas mais bizarras. em tópicos, explicarei melhor.

  • falta de ar - eu sinto como se o peso de uma pessoa estivesse sobre meu peito. todo o tempo. 
  • não sei mais respirar - por mais estranho que isso possa soar, eu não sei mais. eu me pego de 5 em 5 minutos, corrigindo minha respiração, que, sei lá, esteja em uma inspiração e uma expiração a cada dez segundos. não, não é profunda. é rala. eu respiro de um jeito muito rápido e inconsciente. eu sei lá. fora que meu nariz nunca está "limpo". limpo num sentido de, sei lá, as duas vias respiratórias funcionando perfeitamente. sem estarem secas, arranhando, congestionadas ou coisa do tipo. 
  • eu me sinto sob pressão o tempo todo - por mais psicológico que pareça, isso reflete em um comportamento completamente insano e estranho. eu posso estar na rua, que vou olhar 500x por uma pessoa que ultrapassei. eu sempre procuro olhar para cada canto de um lugar que vou. isso é mania de quem é um bom observador? bom, pode até ser. mas, eu sempre fico em alerta. e à noite, meus olhos faltam sangrar, de tão secos, cansados e frios que estão. 
  • casos de insônia/sono absurdos vindos do nada - acontece na maior parte do tempo. chego da faculdade, descanso no sofá, sono insano. se eu não dormir, talvez não durma naquele dia. à noite, ou de madrugada (embora isso daí esteja mais controlado hoje), vem a insônia que, nem tentando fazer algum exercício, soar, se exercitar, ou mesmo o oposto, música relaxante, calmaria. nada. nada ajuda. absolutamente nada. e assim são dias, sem horários pré definidos e sono não saudável
  • meu estômago talvez seja o órgão mais louco do meu sistema digestivo - se eu como pouco, ou esteja com fome, isso me dá bad. a fome pode ser um puxãozinho uma única vez e, mesmo que se passe 2 horas sem por uma migalha na boca, meu estômago não vai reivindicar absolutamente nada, além de barulhos. se eu como um pouco depois de "satisfeito", eu posso me deitar 2 horas depois e vou sentir um leve refluxo, alguma coisa querendo voltar. nada preocupante, só que, sei lá, uns arrotos mais fortes que o de costume. fora a vontade  de morrer. eu sinto dor. dor, quando estou de estômago cheio. e se eu ficar pelo meio termo? bom, sinto fome. 
  • choros vindos do nada, que não levam a nada e que param/não param do nada - é. é isso aí. minha mãe pode ter falado comigo "filho, se cuida hoje a tarde, tá? tenta fazer alguma coisa que você goste." que ao desligar, eu vou estar em lágrimas. bom, não precisa nem estar no telefone, agora mesmo estou chorando nesse teclado imundo. insano.
  • cansaço - eu me sinto cansado de qualquer coisa, pra qualquer coisa e para todo o sempre. apesar que, quando estou na rua, o fator "observado" entra em ação e o cansaço só vem quando, sei lá, to no metro. mas de resto, cansaço o tempo todo
  • dores no pulmão e pontadas no coração - acontece mais do que eu queria. quando estou numa daquelas vigilâncias respiratórias citadas mais acima, se inspiro muito fundo, meu pulmão dói. com sorte, só um deles. com sorte, só ele. pontadas no coração vêm mais quando eu estou chorando incólume no chão, no sofá, na cama. por aí. aí dói pra cacete.
  • vontades? zero. - sair? ver filme? jogar alguma coisa? escrever? ouvir alguma musica? ler? assistir? serie? televisao? idealizar? não. nada disso. eu não quero. não sinto vontade. sinto ser o mais horrendo comportamento. não, não quero.
  • libido 1 - apesar de estar melhor que alguns meses atrás (agora consigo me masturbar cerca de 4 preciosas vezes por mês), não é algo que uma pessoa normal, jovem ainda, flor da idade, ou fim, deveria sentir sexualmente falando. porra, eu tenho que agradecer quando sinto tesão por alguma coisa. isso é, sei lá, absurdamente inaceitável vindo de mim, que cerca de um ano atrás, era como um coelho num harém de uma coelha só.
  • lícito ou ilícito me dá bad absurda - eu não consigo mais. nem maconha, nem cigarro. bebida eu fico alegre, já fiz o teste, com amigos, cda e tal, porra, eu fico alegríssimo. eu fico, sabe, incontrolável. grito como sempre gostei e tudo mais. agora, maconha, cigarro. a cada término, é uma tortura. eu quero um buraco. é uma sensação indescritível. sabe o sentimento de culpa, aquele sentimento do mundo querendo te expelir, te espremer, por você ser culpado de algo? aquela aura preta, sabe? pois é. isso que eu sinto. por via das dúvidas, esse é mais um motivo da minha ida e volta no cigarro. mais volta do que ida, claro. 
  • frio - é. ele. o frio. e com o frio, vem você. e com você, tudo o que eu menos preciso pra me recompor, pra me dispor. covardia. tristeza. culpa. saudade. angústia. tudo.
eu to, sabe, no meu limite. nem respirar, porra. eu não consigo nem respirar direito. se eu sento na cabeceira da cama na calada da noite, é como se eu estivesse deitado com uma pessoa de 54 quilos sobre meu peito. pulando. e comigo lá, tentando respirar.

eu, sabe, não consigo.



alguém também me ajuda com essa parada de choro, não tenho mais cara e nem desculpa pra arranjar ao mentir sobre meus motivos íntimos com outrem. 

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