sábado, 12 de outubro de 2013

Notas do celular - Coisas da semana 05/10 até 12/10/2013

São cinco da manhã, to vendo tv aqui e olha, nem pensar em você eu penso.

Não vou à escola, aos cursos, à leitura, à bebida hoje. Não fui à alegria, à tristeza, à mágoa, à choradeira.

Minha dor, faz parte do samba. Este churrasco de domingo em que sambo, não passa das minhas lágrimas expressadas pelas pernas.

Meus tênis novos apertam meus pés, sempre sangram quando eu os tiro na hora de deitar na cama. Minha ou qualquer outra por aí. Sim, é o presente me rejeitando. Mas ainda tenho que laciá-los. Ou o passado calçarão meus pés mais uma vez.

Moro aqui no mesmo bairro ainda. Nas mesmas escadarias e durmo nas mesmas camas de costume. Só que em outro corpo. Preciso voltar pra casa. Qualquer lugar. Você. (I live in the same neighbourhood. In the same stairways and I sleep at the same beds as usual. But in another body. Ought to go back home. Whatever. You.) (original em inglês)

São Paulo tá um calor do caralho, um sol gigante lá em cima. A pele arde só de tá aqui na varanda. Puta que o pariu e eu entrei em casa e tá um gelo. Você tá aqui dentro, né? Assombração.

Liberdade pra ser quem quer, sendo que se sente mal por ser assim. Palmas gênio. Palmas liberdade.

"Monogamia é coisa do passado" e assuntos do coração também, me disse aquela garota. Fingi não ver, fingi não ouvir. Isso é coisa de criança, querida. A monogamia, sim, é coisa para pessoas que, sei lá, querem ver um futuro em suas vidas. Uma luz. Quer uma vida em que se trabalha, quer uma vida em que se tem filhos e coisas para os seus filhos, algo para suas próximas gerações. Sei lá, coisa que jovem em geral não pensa muito. Coisa que essa galera do "futuro" não precisa se preocupar. Desculpem, do fundo do coração, mas não me encaixo nessa realidade. Quero um futuro. Pra mim, pros meus filhos, pra minha futura família. Caso contrário, de nada valeram minhas lágrimas aqui.

São seis horas, hora de sair. Chorar. Aproveitar enquanto respiro. A dor é amiga, a dor é vida, a dor acaba um dia. Assim como minha vida. Sua, leitor. Sua, visitante. Nossa.

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