segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Eu vou quebrar teus olhos você vai se entregar

Botei as músicas aqui do celular na playlist automática de músicas relaxantes, to lendo e curtindo o livro que meu bro recomendou. Muito maneiro mesmo.

Levantei lá pela página 26 pra fumar qualquer coisa, como não sai de casa hoje, fui pegar cigarro na casa do meu tio. O cara ta fedendo tanto, mas tanto, que não consegui entrar lá dois passos depois da porta. Ele, mais uma vez, sou eu. Podre. Sujo. Bêbado, infeliz. Sozinho. Sem perspectiva. Desisti da ideia do cigarro. Até bom eu nao ter fumado hoje, pra quem não quer, tá ótimo. Ótimo mesmo, brigado à quem me desejar os parabens e força. Ninguem.

Voltei à leitura, lá pela pagina 38 eu levantei pra comer alguma coisa, pra me mexer mesmo. Bolacha salgada me dá sede e tenho que pegar um copo de agua. Bolacha doce me dá sede por causa do sódio. Doce mesmo. Uma que tenha bastante sódio.

Comi uma 4, quando começa a tocar umas músicas que perguntam à alguém quem ela é. Se faz bem mesmo à ela, passar as noites sem amor, sem carinho, sem "eu". Lembrei de você e o que vi ontem, stalkeando você. Será que já foram quantos? Será que já foram quantas?

Lembrei da festa da Alice. Como você me abraçou forte e enfiou a cara no meu peito. Lembrei da sua prima dizendo à voce um belo "para Alice" — que elas costumavam falar, designando ao interlocutor que estava sendo cachorra ou algo do tipo. Vivi no meio delas, sei o significado disso, não compartilho da mesma ideia, não acho que Alice tem algum problema em fazer ou ser o que ela quiser. Deixa, pô. — quando você falava umas merdas, e hoje, você faz merdas e todos parecem bater palma pra essa falta de "limites" sua. Não foi só você quem mudou, já disse antes e repito. Você, as pessoas ao redor e o ambiente em que você vive mudaram. Pra pior. Pra um lixo tão degradante, tão fétido que já to na casa do meu tio fumando o cigarro vagabundo dele.

Onde quero chegar? Bom, é que eu fantasiei te encontrar novamente, em algum show, parque ou seja lá o que for, e você me dar aquele abraço mais uma vez — eu poder finalmente te esfaquear por trás. Puxar a faca, ver que seu sangue não é o mesmo que eu via sair de você e vir embora beber algo, feliz por ter matado o demônio que você se tornou. Ou que te possuiu, sei lá.— e nessa hora, a bolacha que estava mastigando parecia papelão. Intragável. Ingolivel. Insolúvel. Fiquei com ela 3 minutos na boca e tive de cuspir. Não dá nem pra engolir.

O cigarro acabou, meu tio parou de roncar e parece que vai acordar, vou sair da casa dele aqui. Botar nossos sentimentos em corpos separados mais uma vez e pronto. Não quero feder tanto quanto ele.

Nenhum comentário:

Postar um comentário