domingo, 13 de outubro de 2013

Noone, no end

Eu to numa merda sem fim. Sem fim. Entrei no flickr e ainda seguia você. Tinha foto nova lá. Umas babaquices que você sempre gostou. Odeio você. Bloqueei. Mas o flickr ainda me deixa ver suas fotos.

Isso instigou todo um sentimento de PRECISO VER suas coisas. Sai de casa ainda ouvindo as mesmas músicas que ouvia na sua época pra fumar meu cigarro, quando voltei, minha mãe tava parada na sala perguntando onde eu tava. Disse que tinha ido ver se o meu tio havia saído, tinha ouvido um barulho. Ela engoliu, não viu o tamanho do volume do maço no meu bolso, nem sentiu o cheiro da fumaça, nem viu o tamanho do inchaço do meu coração.

Voltei mais tranquilo, sério mesmo. A vontade tá aqui, mas tô lendo um texto jornalístico aqui sobre mulheres submissas, sem voz e que são constantemente abusadas por quase qualquer homem que elas têm contato, irmãos, primos, tios, pai, amigos. A mensagem dos céus pra mim estava lá mesmo no texto. "Elas diziam para eu simplesmente esquecer, lidar com isso, e não caçar remorso ou afundar-me mais".

E tá aí, a minha dor. Essa tortura que é, querer ver, não poder, não digitar suas urls no browser e dar enter, não procurar nada seu. Esquecer-te. E continuar minha santa vida de merda.

UPDATE:
Descobri o porquê de toda essa vontade de te ver, toda essa loucura no coração. Tá 6ºC aqui na cozinha, e eu estou só de toalha. A morte, o frio e as assombrações vêm me abraçar.

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