quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Aqueles sonhos que dão frio

Hoje, ontem, semana passada, mês passado, no dia do término e outros tantos dias que passei no pós-você, sonho contigo em alguma situação diferente. Não contei isso pra ninguém. Mas te vejo quando choro muito, de soluçar e perder o ar (foram 4 vezes, a última há duas semanas e espero que nunca mais aconteça). Sinto seu toque quando algum vento gelado toca minha pele. Engraçado como pra mim, pro meu coração, ele só entende que é você, quando o frio vem.

Seja um vento no rosto, uma perna descoberta, um suspiro perto do meu rosto ou o que seja. O frio se tornou você. E tento me esquentar cada dia mais.

Enfim, os sonhos. Hoje por exemplo, sonhei que você voltava pra mim. Eu voltava para o amor, e você voltava para o mesmo. Juntos, reconstruímos e vivemos um final de semana inteirinho romântico, caloroso, engraçado, fofo, quentinho e lindo. Um final de semana inteirinho. Transamos, nos beijamos, dançamos, cantamos, choramos de amor, nos abraçamos e caímos mortos de cansaço numa conchinha perfeita, onde até os dedos dos meus pés cobriam os seus. Você estava linda. Você era linda, até a última vez que eu vi. Você me dizia coisas lindas. Eu replicava dizendo que você era tudo que eu queria. Tudo que eu amava e desejei a vida toda. Você chorava incessantemente de amor. Não parava de sorrir e me beijar, dizia que eu estava lindo ali, chorando por você. Não cabia todo aquele amor naquele final de semana com o qual eu sonhei.

Acordei quando entrei no ônibus para vir pra casa. Você pediu para o motorista para cuidar de mim, e pra me levar pra bem longe, enquanto andava de mão dada com outrem sem rosto. Sem expressão, a não ser um sorriso sarcástico, que ria e muito de mim.

Acho que foi isso o que aconteceu na verdade. Um tapa na cara. Um soco na boca do estômago. E eu, vim aqui pra casa. Sozinho. Com toda sua parte dentro de mim. Com aquele amor ainda quente dentro de mim. Com nossos sorrisos, choros e abraços e beijos dentro do meu coração.

Acordei com frio, deviam estar uns 12ºC. E eu tremendo. Sonhei ontem com você, dizendo que estava ruiva no carro de sua mãe, e nos beijamos. Por quê? Porque eu dizia que não importava, que você estava linda até de cabelo desidratado e grande. 

Fomos o casal mais lindo que já habitou essa terra. O casal mais unido, forte e amável e amante nos quatro cantos do paraíso, onde fazíamos nosso ninho de amor.

Hoje, voltamos aos desertos individuais. O amor não foi embora. Quem foi embora, fomos eu e você.

Às vezes volto para visitar aquele monumento lindo e grande que ficou cravado naquele banco no Parque Villa Lobos. Às vezes visito nossas lembranças, com dor no coração, por você ter me enganado. Por você ter me traído. Por não ser. Por não estar.

Me dá muito frio. Tá 14ºC agora e eu estou descoberto. Durmo no chão. Sozinho. No frio. É inevitável que você venha, como a neve, pairar na minha cabeça. Em forma de monstro. Em forma de pesadelo. Em forma de dor.

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