terça-feira, 8 de outubro de 2013

Lift off

Ontem eu descobri a minha fraqueza, tratando-se de ir atrás de ti.

O nome dela, é tempo. Ainda assim, passaram-se mais de um mês e meio, e acho que só ontem eu aceitei minha situação. Eu, só ontem, consegui ver que não da mesmo. Não há sentido, não há razão. Só há maldade, tristeza, mágoa, desilusão. Talvez até ontem, era o que eu queria. A dor, a não-reciprocidade. Não era mais amor, o amor tinha ido embora talvez quando você assumiu que queria outros. outras pessoas. Quando me viu chorar e não fez nada. Quando não se importou. (Cá entre nós, o amor nunca vai embora. O amor fica. O amor é uma vela de 100 anos, que é o tempo que leva para morrermos. Logo, caso queira reacender o meu amor, traga o seu, [terá o trabalho que puxa o barbante pra cima] que a vela volta a queimar).

Ontem, fui no show daquela banda que você mesma me apresentou e hoje não gosta mais. Fizemos daquelas canções, nossas canções. Construímos uma história ao redor destas músicas. As que falavam de algo póstumo, bom. Você tratou de fazer sozinha, trazendo o pós à nós. Tinham acabado de lançar o segundo álbum deles, quando nos conhecemos. Quando acabou, eles lançaram o terceiro. Foi o tempo de um álbum. Umzinho só.

Procuro afogar no álcool suas lembranças, que hoje, infeliz ou felizmente, são só lembranças. E, nossa, olhei coisas suas e, você preferiu mesmo jogar tudo no lixo. Mas eu estou num estado que fico num completo "foda-se".

Acho que aquela ideia toda de "o mundo é maior que você" ou "tem vida além de você" ainda não cola. Nunca colou. Bom, é até uma ideia meio que idiota pensar assim, como se estivesse preso há um ano e meio. Fiz porque quis. Porque era o que eu gostava de fazer. O problema foi transformarmos em bolhas. Vivem na imensidão do mar ali, simplesmente boiando. Voando sobre a terra.

Foi um grande amor, sim, procurando imagens e lembranças, achei alguns momentos de amor pleno. Chororôs no pós-cópula, ou de puro amor. Foi companheira minha. Fui companheiro seu. Mas assim, seguinte, não consigo encontrar muitos momentos de felicidade plena. Estava feliz por estar contigo, em ti. Mas, você me fazer feliz, difícil. Risadas, muitas. Mas sorrisos, ocorreram, mas em quantidade muito inferior.

Não deu pra manter esse companheirismo e amor até o fim da vida, você não deve ter entendido o que pedi e lhe disse quando te beijei pela primeira vez. Você tá toda zuada. Quem sabe um dia quebre a cara por aí e venha correndo. To esperando. Pra rir, lhe abraçar e poder finalmente, dizer na sua cara, um belo adeus.

Querendo ou não, minha linda, você foi minha. Por bastante tempo até. Acho que quando paramos de sair, por você não querer e por eu me privar da minha vida por você, meio que transformou a intensidade em calmaria. Mas ok, posso dizer que foi bacana. Nota 8. Eu fiz 9, você fez 7. E você ainda dizia que tinha medo de não ser suficiente pra mim, lembra? Bom, parece que era suficiente até um certo ponto, depois, não era mais. Agora por exemplo, não me agradaria ter sua companhia aqui. Tornaram-se lembranças. Sentimentos mortos e enterrados. Situações terminadas. Ainda me culpo por não fazer escândalo.  Queria, hein.

E mesmo assim, mesmo após tudo, eu ainda acredito na possibilidade de você aparecer aqui qualquer dia desses, deitar comigo nua e chorar ao meu lado. Você tem a chave da minha casa.

(Vale salientar que penso isso na preocupação de um dia você chegar aqui e eu estar transando com outra)

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