quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FeNaH é a química desse dia 9/10

Tá 22ºC lá fora. 12ºC aqui dentro de casa, na mesa da cozinha, acabei de medir. Meu coração, em temperatura ambiente. Achou que estaria abaixo de zero? Também achei. Mas acontece que as pedras não são gelo. São pedras. Vivem na rua. No ambiente. No tudo. E são nada.

O frio tá me deixando maluco. Maluco. Doente. Junto à você. Quer dizer, a saudade de você. A paranoia que você deixou. Tá me subindo muito à cabeça. Estou louco. Não sei o quanto posso aguentar. É o frio, é o peso, é a fraqueza, são os sentimentos, o coração, a paranoia. A desgraça. A solidão me deixa louco. Sobe do coração aos olhos em milésimos de segundo. E não sou eu. Eu ano largado. Louco.

Já te vi quatro vezes. Sonho contigo todos os dias. Sofro todos os dias. Vomitei já de tanto chorar. Já tive ataques, espasmos de tanta dor. É uma dor horrível. Ontem meu irmão sentia o mesmo. Pude ajudá-lo. Hoje sinto o mesmo, não tenho ajuda. Não quero. Quero passar por tudo que puder passar, para depois não passar por isso nunca mais. Aprender com a dor. Acontece que essa dor não tem dono, não tem causa, não é humanizada. Talvez o meu problema seja eu. 

Que dor. Que sufocamento. Que agonia. Que merda de vida. Que bosta. Não tenho ninguém nem que se lembre de mim. Não tenho nada. Repeti de ano na escola, que ano de merda. Já passei por mais choro, mais vazio. Mas agora, não tenho nem em quem me apoiar. Todos pouco se fodem. Quem sou eu. O que eu tô fazendo aqui. Pra que eu estou aqui. É uma crise existencial sem igual. E eu leio sobre Alexander Supertramp e me identifico. Mas eu não posso abandonar tudo. Eu não sei viver sozinho. Não aguentaria. Talvez seja melhor parar de ler e viver. Algo melhor. Livro de auto-ajuda? Não sei. Filosofia existencialista seria ótimo. Lindo. Mas preciso fazer o TCC, que nunca consigo fazer. 

É uma vidinha que olha, cada merda que me acontece.

E a dor, o vazio, o frio. Não vai embora. Tá 8ºC aqui dentro. Meu coração, tá pesado. Tô ofegante. O quarto está escuro, não consegui ligar as luzes até agora. Não consigo. Não paro de chorar. Meu deus, o que está acontecendo. Tá frio. Escuro. É a morte? Me leve. Não aguento mais. Me leve.

Se você ler isso, me ligue. Me salve, me ajude. Não sei pra onde ir. Nem pra onde vou.

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