quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Fantasia masoquista

Hoje eu parei dois minutinhos pra pensar e fantasiar como seria com alguma outra pessoa, que não eu, na sua vida. Vida mesmo, na sua casa e tudo mais, como eu vivi.

Imagino como seriam os jovens sem porra nenhuma na cabeça ouvindo discussões sobre militâncias, MST, partidos de esquerda, comunismo, socialismo, consumismo, manifestações, passeatas e tudo mais na hora do jantar. Engraçado pensar nisso. Engraçado, também, pensar em quem seria capaz de comer aquele macarrão grudento e molho ralo da sua mãe com um sorriso no rosto e vontade de mais. Imagino quem comeria tantos legumes, pães integrais, grãos e tudo o mais. Aposto que beberiam as cervejas que estão na geladeira da sua casa há vários meses. Quando penso nestas situações, rio. Mas rio e muito.

Agora quando penso em qualquer outro no seu quarto, transando contigo em cima das nossas fotos de beijos e abraços, lhe fazendo gozar e molhar todas minhas escritas e lágrimas que estão grudadas naquele colchão, me desespero um pouco. Caíram duas lágrimas no teclado quando pensei nisso. Quando penso em qualquer um te amando, como eu amei, mais ou menos que eu, me sinto fraco. Despreparado.

Imagino várias outras situações em que só eu encaixava. Indo lhe ver antes e depois do trabalho, te buscando e levando pra escola, madrugando com você para sair por aí. Choro aqui. Por dentro. Por fora. Fico louco para ver como você está, ver tudo que não devo ver na internet que é sobre você. Não devo, nunca mais, não vou estragar esse trabalho psicológico que estou fazendo comigo mesmo há uns quatro ou cinco dias. Nunca mais.

Graças à deus, como já disse antes, foram só dois minutinhos.

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