quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Passou dia 28, 16 e sei lá o que mais

Eu recomecei a ouvir rap e beber em casa, melhor companhia minha em casa, é um bom copo de whisky vagabundo e um cigarro que desça suave. Tô pensando em compra um cachimbo justamente pra Curtir O Fumo, tá ligado.

......10 grau 5 da manha sem problema se ela nao morasse em diadema.........

Eu tô bêbado, antes de qualquer coisa. Dois copos de whisky me deixam em um estagio complicadíssimo, começo a suar e tudo mais. Sei lá, me da uma vontade de Respirar Ar e com o pulmão mais que fudido, eu não consigo nem ao menos RESPIRAR.

É mais um relato de Como Eu Estou que qualquer coisa isso aqui, ok leitor? Eu to me preparando pra quando voce disser "ta tudo separado, quando eu te entrego?" e finalmente olhar no seu olho e sentir a sua dor, minha glorificação, minha vitoria. Eu to colando em tudo que é lugar, andei dois dias com os aviãozinho e fugueteiros das duas bocas que tem na rua. Firmezas os moleques, mas olhando pra trás, eu vejo o quanto I Broke Bad sabe. Vou à bailes funk pra beber e me acabar, vou aonde tem bebida. Não transei com ninguem ainda, penetração e tal. Quero fuder, e muito.

Mas em São Paulo, deus é uma nota de 100, vida loka.

Vamo Brinda O Dia De Hoje Que O Amanhã Só Pertence À Deus

Semana que vem eu pretendo comer uma mina. Qualquer uma. Pra descarregar mesmo, tá ligado. Não tenho esquema pra nenhum final de semana mais. Nenhum pião. Os moleques das bocas aqui da rua trampam. Os da escola, nao me convidaram, imundos. De resto, nada. Sábado vou ver a Gabi, queria sentar a rola nela. Ah, se você aí tá lendo e se perguntando "cadê o amor a dor", amigão, sou eu, e eu preciso comer buceta. Quantas for. Como for. Quem sabe até a da Renata, mas preciso. Se vou broxar? Sei lá jao, to tão de boa que só como uma buceta enquanto estou louco, e saio. Fumando um maço antes e depois. Aliás, esses dias eu consegui chegar a marca de dois maços em um dia só. Estudando, um cinzeiro do lado, sim, foram 40 cigarros em um dia. Foda.

Desde que voltei a fumar, tudo ficou diferente. Fiquei indiferente quanto a você, mas o mundo me parece muito mais doloroso que antes, do mesmo jeito que dói as feridas do meu pulmão, que não consigo nem respirar direito. Foda. Fudido. Eu.

Eu to bêbado, leitor, me perdoe caso algo esteja extrapolado, mas são só assuntos de umas confissões de bar.

Eu, ouvindo rap, racionais dos anos 90 e o Nada como um dia após o outro, me faz pensar muito aqui na minha região. Pretos, pobres, fudidos. Pegando fruta no cacho, cheirando com 11 anos. Esse era eu, esse é qualquer neguinho que nasça nesse bairro. Nessa rua. Um possível fudido.

Eu tô deitado em cima do notebook, mil reais nessa porra e eu deitado em cima. Eeee cachaça.

O que mais me fode em relação a voce, é que você se permanece Perto, enquanto a sua imagem está longe. Vou explicar. Eu, sentado no sofá aqui, suando, tentando pensar em você, só penso em você como uma lembrança bem distante. É involuntário, juro. No mesmo plano que minha oitava série, ou a lembrança mais antiga que tenho de mim (tentando andar de bicicleta na rua, chegando em casa todo suado, e a minha festa do Tarzan está toda em pé, linda), juro. Você louca e toda chorando na festa, lembro como se fosse 2006. Sei lá. Na mesma qualidade que um vinil. Que tá com você. Caloteira.

Estou acostumando a ficar sozinho. Estou começando a ser assim, sabe. Claro, às vezes, quando estou sem camiseta, bate um vento gelado e o buraco dói, mas nada que devemos nos preocupar. Nada que a fumaça e a nicotina do meu cigarro não possam resolver.

Tô te dando uma semana a mais do prazo que você pediu. Quero ver qual será a hora em que você vai querer me ver. E eu, não sei como me comportaria, e, caso você pedisse pra eu buscar na sua casa, se eu diria sim ou não. Se eu fumaria e jogaria fumaça na sua cara ou se cuspisse nos seus pés.

Eu não consigo olhar pra você, a Reborn, sem sentir um tremendo asco. Eu, pessoalmente, não consigo achar diferença alguma. Sabe. E você também não. É indecisa. Confusa. Mede palavras de um roteiro inteiro que você decorou antes de me receber em casa.

O que eu devia era largar tudo pra gente se casar domingo, na praia, no sol, no mar. Como sempre foi. E fui. Mas o que eu faço é largar tudo, pra jogar uma bomba na sua casa, quando sua mãe e irmão não estiverem em casa, claro, e te matar, nem que seja sufocada, aí.

Que ódio que bateu de você agora, que raiva. Que terror bate à minha cuca. Como não te mato, porque já está morta, mato a sua parte que está em mim. Que está cafona, conservadora ainda. Aqui dentro. E mato. Pedaço a pedaço.

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